Com: Ron Perlman, John Hurt, Selma Blair, Rupert Evans,
Karel Roden, Jeffrey Tambor, Doug Jones, Brian Steele,
Ladislav
Beran, Biddy Hodson
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132
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 5.1) e Português (DD 5.1)
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Inglês, Português, Espanhol
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Sinopse
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HELLBOY inicia em 1944, quando os nazistas utilizam
o monge louco Rasputin (Karel Roden) para abrir um
portal tridimensional, a fim de trazer para o mundo
sete demônios com poderes suficientes para
destruir o mundo. Os aliados atacam o local onde
está sendo realizada a cerimônia e destroem
o portal, porém não evitam que um bebê-demônio
com uma grande mão de pedra, Hellboy, seja
invocado. O pequeno demônio é criado
pelo Prof. Bloom (John Hurt), fundador do Bureau
Federal de Pesquisa e Defesa Paranormal, braço
do FBI dedicado a combater as forças do mal
que ameaçam o mundo. Já adulto, Hellboy
(Ron Perlman, acostumado a interpretar sob pesada
maquiagem desde os tempos da série de TV A
BELA E A FERA), um gigante vermelho com os chifres
serrados e que não dispensa um bom charuto, é um
dos principais combatentes do Bureau. O nosso demônio
do bem tem coração, e além de
gostar de gatos nutre uma grande paixão pela
sua incendiária colega Liz (Selma Blair).
No entanto, Rasputin e seus seguidores retornam para
finalizar o trabalho iniciado há 60 anos.
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Comentários
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Confesso que só descobri a existência
dos quadrinhos de Mike Mignola quando soube da produção
deste filme, nunca os li e portanto não tenho
como fazer uma comparação. Dito isto,
achei este HELLBOY um híbrido que lembra em
alguns momentos X-MEN (uma equipe de mutantes combatendo
os vilões), porém com um senso de humor
muito próprio. O filme se beneficia da atuação
esplêndida de Perlman, que faz de seu bizarro
Hellboy um super-herói não apenas poderoso,
mas principalmente simpático e bem-humorado
- aliás, como o filme em si. Mesmo com cenas
de ação que não fogem à rotina
das produções atuais, nas quais o protagonista
passa a maior parte do tempo combatendo monstrengos
digitais, HELLBOY conta com os talentos do diretor
Guillermo Del Toro (que busca não se render
aos excessos da computação gráfica,
deixando espaço para os personagens se desenvolverem),
Perlman, do especialista em maquiagens Rob Bottin
e do compositor Marco Beltrami, todos em seu ponto
máximo. É uma grande diversão,
e já com uma continuação prevista
para 2006. Esta Edição do Diretor possui
10 minutos a mais de duração que a
versão exibida nos cinemas. Apesar de tornar
o filme um pouco mais lento (foram acrescidos, essencialmente,
apenas diálogos) as cenas adicionais desenvolvem
melhor alguns personagens, como os vilões
e Liz.
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Extras
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Os extras começam já no disco 1, com
duas faixas de Comentários de Áudio legendadas em português: a primeira com o diretor
Guillermo del Toro, gravada especialmente para esta
Edição do Diretor, na qual ele fala
sobre quadrinhos, as influências de Jack Kirby
e H.P. Lovecraft em Hellboy, as diferenças
do gibi e sua adaptação cinematográfica,
como ele contratou Ron Perlman para seu primeiro
filme, CRONOS, as cenas que foram reinseridas ou
estendidas, etc.; a segunda traz a trilha
sonora original isolada em 5.1 canais, com comentários
do compositor Marco Beltrami. Há Storyboards de certas cenas que podem ser assistidos com o filme,
no canto inferior direito da tela. O extra Quadrinhos
do DVD é composto por alguns textos (apenas
em inglês) de Del Toro ilustrados por Mike
Mignola, que podem ser assistidos juntamente com
o filme ou em separado. Visita ao Set "A Mão
Direita de Hellboy" são cenas de bastidores
de determinadas seqüências, em widescreen
anamórfico, que podem ser acessadas isoladamente
ou quando um ícone surgir durante o filme.
Completando os extras deste disco, temos uma Seção
para DVD-Rom (em inglês), que inclui Comparação
entre o script e o filme, Roteiro
Original (que pode
ser impresso) e Anotações do supervisor
de script.
Os
extras do disco 2, todos legendados em português
e em widescreen anamórfico (exceto quando
dito o contrário), iniciam com uma pequena
Introdução de Ron Perlman (que no entanto
nos diz ser este o disco 3 – a prova fotográfica
está aqui ao lado, falaremos mais sobre isso
adiante), e seguem com:
Comentários
do Elenco em Vídeo – Com
mais de duas horas de duração, este é o
mesmo comentário de áudio presente
na Special Edition norte-americana de dois discos,
com a participação de Ron Perlman,
Selma Blair, Jeffrey Tambor e Rupert Evans, porém
em vídeo e com a versão de cinema do
filme sendo exibida em uma pequena janela. É o
melhor e mais divertido extra do disco;
Workshops
de Produção – este
extra apresenta os seguintes segmentos:
Maquiagem
e Testes de Luz - Del Toro comenta
sobre a iluminação e a maquiagem de Hellboy,
enquanto alguns vídeos exemplificativos são
exibidos. Aqui ele aponta algumas falhas
de maquiagem que ele quer corrigir em HELLBOY
2;
Efeitos
Visuais – Cenas de bastidores
e entrevistas com técnicos, relativas a algumas seqüências
do filme, envolvendo trabalho com miniaturas e computação
gráfica;
Arquivo
de Perguntas e Respostas (com Guillermo del Toro,
Ron Perlman e Mike Mignola)- Vídeo de
23 minutos fullscreen, gravado pela equipe de pré-produção
na convenção de quadrinhos Comic-Con
2002. Entre outras coisas, del Toro fala sobre a
transposição de Hellboy dos quadrinhos
para a tela, o trabalho de pré-produção à época
sendo feito, e porque alguns filmes baseados em gibis
são ruins - tudo isso temperado por muitos
palavrões (bipados). Mike Mignola fala sobre
a sua criação e seu relacionamento
com o filme, del Toro e Perlman, e revela que o filme
passa-se em um universo paralelo do gibi! Ron Perlman é o
que menos fala, mas revela ser fã de Hellboy
e grande amigo de Del Toro, com quem já fez
vários filmes;
Guia
Rápido de Como Entender os Quadrinhos – Extra
de 12 minutos no qual o criador de gibis Scott McCloud
fala sobre a história dos quadrinhos
e elementos da arte de Mike Mignola para
HELLBOY;.
Galerias: Estas são, provavelmente, as mais
extensas e variadas galerias presentes em um DVD
já lançado no Brasil:
Arte
Conceitual e Fotos de Produção – Extenso
material reunido em galerias de rascunhos,
fotos de produção e muito mais, você levará horas
para percorrer todas as páginas desta seção;
Arte
da Pré-Produção de Mike
Mignola – Vários rascunhos que Mignola
fez para o filme. A galeria tem a opção
de ser exibida como um slideshow com comentários
do criador de HELLBOY;
Anotações do Diretor – Muitas
páginas contendo anotações
e rascunhos do diretor del Toro;
Fotos
dos Artistas dos Quadrinhos – Esta última
galeria, apesar do nome, reúne ilustrações
de Hellboy feitas por vários e renomados desenhistas
dos quadrinhos (inclusive pelo próprio
Mignola).
Quanto
aos extras, era isso o que teríamos
a comentar sobre o material presente neste lançamento,
que é de boa quantidade e qualidade. Mas você deve
estar se perguntando, se os extras são tão
bons, porque a cotação de apenas três
estrelas? Calma, voltaremos a falar sobre os extras
logo adiante, e infelizmente não será por
uma boa razão...
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Críticas
ao DVD
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Os DVDs vêm acondicionados na conhecida embalagem
plástica Amaray para dois discos, que por
sua vez é envolta por uma luva de cartolina
com uma ilustração de Hellboy (do próprio
Mignola) nas cores vermelha e preta (a ilustração
da embalagem plástica é a mesma da
versão para locação, exceto
por não apresentar o título do filme
e nem incluir Abe Sapien e Liz). Já havia
assistido à versão de locação
que a Sony lançou por aqui há alguns
meses, e não posso afirmar com toda a certeza,
mas parece-me que a transferência anamórfica
(1.85:1) desta Edição do Diretor é um
pouco superior àquela, que já era muito
boa. Fora um pouco de granulação notada
nas cenas de abertura, a qualidade do vídeo é impecável.
As cores são vivas, as texturas são
variadas e os tons escuros são profundos,
dando ao filme a atmosfera que ele requer. O áudio
Dolby Digital 5.1, em inglês e português, é irrepreensível.
O nível dos diálogos é perfeito,
sem distorção, e a mixagem dos efeitos
sonoros e da trilha musical colabora para criar uma
experiência auditiva imersiva, com os canais
surround e o subwoofer sendo exigidos na medida certa.
As legendas em português, inglês e espanhol,
são amarelas. Os menus animados, com cenas
extraídas do filme, merecem nota dez, e de
modo geral este é um DVD de qualidade técnica
primorosa.
Mas
chega de elogios e vamos às
más notícias, que como você já deve
ter presumido, referem-se aos extras desta edição.
Até o momento, HELLBOY foi lançado
em duas edições na Região 1:
uma Special Edition com a montagem do filme exibida
nos cinemas, com dois discos (o disco 1 desta edição
foi lançado no Brasil somente para locação,
sem qualquer extra - LEIA AQUI A RESENHA), e uma
Director’s
Cut de três discos contendo uma versão
com 10 minutos a mais de duração e
extras adicionais, além dos que já existiam
na Special Edition. Portanto, você já deve
ter notado que esta Edição do Diretor,
se fosse equivalente à Director’s Cut
lançada na Região 1, também
deveria ter três discos, e não apenas
dois. Resumindo: para venda direta, no Brasil, a
Columbia (agora Sony também por aqui) não
lançou a Edição Especial completa
de HELLBOY, mas sim esta Edição do
Diretor – o que seria uma decisão até interessante
(já que a versão de cinema saiu para
locação), não fosse pelo detalhe
de ter sido eliminado um disco de extras. E pior,
perdemos exatamente o disco que continha o melhor
e mais abrangente material adicional, como se pode
ver pela relação do conteúdo
do disco 2 da Director’s Cut da Região
1:
-
Introdução em vídeo de Selma
Blair (ela é bem mais bonita que o Ron Perlman…);
-
Hellboy: Sementes da Criação: documentário
de duas horas e meia sobre a produção
do filme, sem dúvida o melhor extra de todos;
-
Três cenas eliminadas com comentários
opcionais de Guillermo del Toro (detalhe: estas cenas
NÃO estão na Edição do
Diretor);
-
Biografias dos personagens escritas pelo diretor;
-
Cinco comparações de cenas com storyboards
animados;
-
Animatics;
-
Análise de quatro cenas geradas em computador;
-
Galeria de vídeos com esculturas de personagens
em 3-D;
-
Trailers e spots de TV;
-
Filmografias;
-
Posters.
Temos
então, aqui, uma situação
que pode chegar a ser surrealista: você aluga
a versão de HELLBOY nas locadoras, e assiste
já de saída uma propaganda anunciando
o lançamento da Edição Especial
de dois discos para março de 2005, onde vê a
atriz Selma Blair fazendo a introdução
do disco 2 e informando sobre o documentário “Sementes
da Criação” (que, pelo jeito,
permanecerá eternamente inédito no
Brasil). Depois, você compra esta Edição
do Diretor, coloca o disco 2 de extras e, na introdução,
vê, lê e ouve Ron Perlman anunciar “Bem-vindos
ao disco 3 de HELLBOY”... .
Depois
de tudo isso, dizer mais o que? Mesmo que um disco
duplo de HELLBOY
já estivesse mais do que bom para o nosso
mercado (afinal, ele é um personagem que não é muito
conhecido por aqui), não há justificativas
para o desleixo com este lançamento "dos
diabos". E só me resta assinar embaixo
das críticas do Edinho feitas na resenha da
Special Edition (Região 1) de HELLBOY, sobre
a falta de consideração das distribuidoras
para com o mercado brasileiro consumidor de DVDs.
Que começa com essa nefasta política
de diferenciação de lançamentos
para locação e venda direta (afinal,
há justificativa para que o preço de
um DVD de locação simples e às
vezes tecnicamente precário, com um custo
de produção baixíssimo, seja
quase o triplo do de um DVD para venda direta duplo
caprichado, cheio de extras? Seria apenas o fato
de ele chegar às locadoras três meses
antes, pela simples vontade da distribuidora?), e
passa por lançamentos mutilados como este
aqui.
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Menus
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Resenha
publicada em
31/03/205
|
Por
Jorge Saldanha
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Seu comentário
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