Com Eric Bana, Jennifer Connelly, Sam Elliott, Josh Lucas, Nick Nolte

O cientista Bruce Banner (Eric Bana - Falcão Negro em perigo) tem dificuldade em lidar com sua ira.Sua vida tranquila de brilhante cientista que trabalha com a ex namorada Betty Ross (A vencedora do Oscar Jennifer Connelly - Uma Mente Brilhante), esconde um passado doloroso. Um acidente de laboratório revela os heróicos impulsos de Bruce mas também liberta seus demônios. E ele se torna o mais poderoso ser na face da Terra. Um super-herói e um monstro. O diretor indicado ao Oscar Ang Lee (O Tigre e o Dragão) combina sua mágica com os extraordinários efeitos especiais de hollywood para trazer à vida este clássico herói da Marvel. Em todos os sentidos, fenomenal.

“Dificilmente uma fita, por pior que seja, não me interessa e repousa.” escrevia o poeta brasileiro Vinicius de Moraes em seu tempo de crítico de cinema (O cinema de meus olhos, coletânea de textos de cinema de Vinicius editada pela Companhia das Letras originalmente em 1991 e organizada por Carlos Augusto Calil). É que Vinicius, falecido em 1980, não teve a oportunidade de assistir a realizações tão primárias e sem função quanto Hulk (The Hulk; 2003), de Ang Lee.

O mais constrangedor, o mais perturbador é que o taiwanês Lee é um autêntico “autor cinematográfico”, capaz de obras tão pessoais quanto Tempestade de gelo (1997) e O tigre e o dragão (2001). Quando alguém com a consciência fílmica de Lee assina Hulk, um projeto embrutecedor do cérebro do assistente, a miscelânea incapaz de distinguir a arte da indústria no cinema se embaralha. Foi-se o tempo em que o autor, mesmo que pudesse errar a mão (Federico Fellini, o grande cineasta de Roma de Fellini, 1971, dirigiu pouco antes o discutível Satyricon, 1969, que poderia ser acusado de muitas coisas, menos de algo não felliniano), se preservava de mergulhar nas películas só caça-níqueis.

Fica difícil para o observador enxergar nas filmagens de Hulk a beleza do estilo narrativo de Lee, que em sua filmografia chegou até a enveredar pela refinada literatura da inglesa Jane Austen em Razão e sensibilidade (1995). As tiradas psicológicas do roteiro, buscando dar um sentido mais profundo a esta aventurazinha que nasceu em desenhos no começo dos anos 60, são necessariamente superficiais; o que atrai o público cativo é a brutalidade da personagem quando se enraivece contrastando com a doçura de seus sentimentos pela mulher amada. Que é que leva um diretor de cinema sensível a entrar numa produção deste tipo?

De estrago em estrago – o pior de todos os estragos é aquele feito na cabeça de quem vê o filme -, Hulk vai deixar em seu fim uma terrível semente: Hulk não morreu e talvez venha aí, mais furioso do que nunca, em um novo estouro de bilheteria. Um dos piores filmes contemporâneos, mas um dos mais rentáveis. (Eron Fagundes)

O filme Hulk chega em DVD em três versões diferentes: a simples, para locação, a dupla, para venda direta e uma edição especial (veja os detalhes) onde há um 3º DVD. Veja aqui os comentários sobre estes discos suplementares, caso você esteja pensando em comprar o DVD:

DISCO 2

- "Hulkificação": quatro desenhistas de quadrinhos fazem a sua própria versão de uma mesma cena do filme, em desenho: Adam Kupert, Salvador Larroca, Tommy Ohtsuda e Katsuya Terada. As cenas podem ser vistas na sua versão inicial, sem coloração, em arte final colorida ou ainda sendo mostrada em multi-ângulos, as duas artes e a cena do filme na mesma tela. Há ainda a opção de se assistir a cena acompanhada dos storyboards originais do filme. Para quem curte quadrinhos, uma bela oportunidade de comparar os estilos destes renomados artistas.

- A Evolução do Hulk: Documentário com aproximadamente 16 minutos mostrando desde a criação do personagem nos quadrinhos (e da editora que o lançou, a Marvel) até esta filmagem, falando um pouco sobre a série de TV e com entrevistas interessantes, com Stan Lee, seu criador nos quadrinhos e as pessoas envolvidas nas filmagens, dentre elas, o diretor Ang Lee.

- O Incrível Ang Lee: através de depoimentos e muitas cenas de bastidores, ficamos sabendo como é o trabalho do diretor e seu total envolvimento com o filme, em cada detalhe, num documentário de 16m25s muito bem editado e curioso.

- A Cena da Luta Entre os Cachorros: neste documentário de cerca de 10 minutos, há o detalhamento de uma das cenas do filme, desde a sua idealização até a sua filmagem e, em seguida, uma verdadeira aula de computação gráfica.
- O Estilo Exclusivo da Edição do Filme: em 10m30s ficamos sabendo os detalhes de como foi o processo de edição, bastante meticuloso e um dos pontos fortes do filme.

- O Bastidores do Filme: dividido em Elenco e Equipe (6m20s, sobre o processo de escolha e, principalmente, muitas cenas de bastidores, com depoimentos dos atores e da equipe técnica), Proezas e Efeitos Especiais (para quem gosta de saber como são feitos os efeitos, achará, em 5m35s, um bom – e rápido – exemplo de “como se faz”, com muita explosão e luta...), ILM (em 6m10s ficamos sabendo todo o processo de criação em computação gráfica do personagem) e Música (5m30s, onde o compositor da trilha, Danny Elfman, mostra como foi o seu processo de criação e gravação), podendo ser assistido também de uma só vez.

- Cenas Cortadas: 6 cenas eliminadas da edição final, num total de 5m50s, uma delas com Lou Ferrigno, que interpretou o personagem na TV.

- DVD Rom: protetor de tela e papéis de fundo para o seu computador.

- A Revelação do Super Herói - Anatomia do Hulk: uma forma interativa de se saber estatísticas e características (como, por exemplo, qual o número do sapato...) do personagem, em inglês.

DISCO 3 (disponível apenas para quem comprar o Box com uma edição especial do filme)

- Tudo Sobre Hulk: documentário, com aproximadamente 43 minutos, explorando ainda mais os bastidores do filme, a criação do personagem, o envolvimento dos atores, os efeitos especiais, a direção e, é claro, a computação gráfica, mais uma conversa com Stan Lee. Um documentário bem completo e interessante, um complemento aos extras da edição normal

O filme não é o melhor do cineasta Ang Lee. A história até que está interessante, mas o grandalhão feito por computador não convenceu no cinema. Aqui, em tela menor, funciona melhor. Acaba sendo um boa diversão.

A imagem está, por óbvio para um filme recente, perfeita. Idem com relação ao áudio, com dublagem em português com 5.1 canais, importante para este filme de filme. A trilha em DTS está excelente.

As edições "Dupla" e "Especial Limitada" contém ótimos extras, mas a segunda contém material para os fãs dos quadrinhos se deliciarem.

Em resumo: um DVD para diversão, se não levado a sério como obra cinematográfica. Item de colecionador para quem gosta deste tipo de entretenimento.

Esse é um filme que realmente valeu a pena ter alugado, tem bastante sentimento na historia e acho que ele é muito, mas muito superior aos seus amigos Spider Man e X-men da vida....HULK é obrigatório.
Não sei porque não agradou a muitos, mas eu achei esse filme excelente, tanto em seu roteiro quanto na atuação desse elenco de primeirissima qualidade. Jennifer Connely esta linda nesse filme, ja vale a aquisição do DVD. Vamos la, o que esta esperando? Alugue ou compre!!! (William Faria)

Olha, com todo o respeito a esse site excelente eu nunca vi uma resenha tão desprovida de propósito a não ser o de detonar um filme. Honestamente eu acho que "The Hulk" deveria ter sido resenhado por quem gosta de quadrinhos de super-heróis, que é o público-alvo do filme. Vi o filme no cinema, comprei o DVD e meu cérebro não apresentou nenhum estrago. De repente a avaria encefálica pode ser mais facilmente verificada em pessoas um pouco raivosas, vai saber... O que, afinal, faltou no filme? Onde está - ou estão - os problemas? Não são apresentados, apenas discorre-se da primeira a última linha desqualificando a obra e somente há um detalhamento de problema quando se fala que o Hulk é pouco crível, mas desde quando uma criatura gigante e verde pareceria real? Constrangedor é ver nessa mesma resenha comparações com Fellini, quando se sabe que "Hulk" é uma obra destinada à garotada e aos eternos amantes da Marvel Comics, um cinema-entretenimento. Não sei, mas entendo que às vezes há um certo preconceito quanto a esse tipo de produção por parte de críticos de cinema. (Fábio Emerim)

Putz. Pensei que a laia de críticos de cinema cricris, pedantes, chatos e metidos a besta tinha se encerrado com o fim da Cahiers Du Cinema. Estava enganado. A praga vive na forma de Eron Fagundes. Temos que extirpá-la do seio dos amantes do cinema! MORTE!!!! (Sergio Martorelli)