Com
Jason Biggs, Christina Ricci, Woody Allen, Danny DeVito,
Diana Krall, Jimmy Falcon, Stockard Chenning
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109
minutos
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2003,
Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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½
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 2.0) e Português (DD 2.0)
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Inglês, Português
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Sinopse
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Falk (Jason Biggs), um promissor escritor em Nova
York, se apaixona à primeira vista pela jovem
Amanda (Christina Ricci). Jerry havia escutado a
frase que a vida é como "qualquer coisa",
mas ele logo descobre que com a imprevisível
Amanda, a vida não é definitivamente
como qualquer coisa.
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Comentários
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Esta comédia havia ficado notória porque
a Dreamworks editou o trailer de tal maneira que
Woody não aparece, dando a impressão
de que o filme é totalmente dos jovens Christina
Ricci e Jason Biggs (American Pie). Mas Woody tem
um papel importante, como um veterano humorista (mais
escritor que ator) que fica amigo do jovem Biggs
(que tenta imitar Woody e parece ter perdido todo
seu timing de comédia, não acerta uma).
Lhe dá conselhos sobre sua garota que é complicada.
Mas do meio para o fim começa a pirar, ficando
paranóico, insistindo em comprar armas de
fogo (no que parece ser uma tentativa mal-sucedida
de criticar essa mania americana. A conclusão
de seu personagem também é mal resolvida).
Tudo isso é contado em um longo flash-back,
mostrando como Christina lhe impõe a presença
da mãe (Stockard Channing, desperdiçada),
recusa transar com ele (demonstrando que está com
outro) e assim por diante. Na verdade, as boas piadas
estão todas no trailer. Fora disso, o filme
tem um lado bom. Não parece feito às
pressas como os anteriores. Allen deixa a câmera
com freqüência parada e faz os atores
entrarem e saírem. Esta é apenas a
segunda vez que ele roda em widescreen (a primeira
foi Manhattan). Continua usando músicas standards
antigas (com pontinha de Diana Krall). O problema é que
a história é fraca, com poucas piadas
e situações mal-aproveitadas. Outro
passo na decadência dele. Que pena. Para um
orçamento de 18 milhões (baixo) o filme
teve 3 milhões e duzentos mil de bilheteria!
Assim nem o mercado exterior compensa. (Rubens
Ewald Filho. Leia mais críticas e artigos
de REF na coluna Clássicos)
IGUAL
A ERIC ROHMER - O título deste texto é um exagero:
ninguém pode ser igual ao francês Eric
Rohmer, cineasta único em sua capacidade de
dialogação e na utilização
da fala e dos gestos do ator. Mas a função
deste exagero é provocativa: chamar a atenção
para um novo exercício rohmeriano de filmar
a que o realizador norte-americano Woody Allen se
entrega em Igual a tudo na vida (Anything else; 2003).
Antes de mais nada, a exposição cerebral
de conflitos sentimentais é algo que Allen
aprendeu bem com seu mestre francês Rohmer.
Como Rohmer, Allen, já avançado em
anos, gosta de colocar diante de suas câmaras
criaturas jovens: isto dá uma certa vitalidade
a seu cinema.
Os
diálogos não param nunca no novo
Allen, seguindo a receita intelectual de Rohmer;
afeiçoado por piadas e desfilando algumas
tiradas literárias, que ousam referir do romancista
russo Fiódor Dostoievski ao filósofo
existencialista francês Jean-Paul Sartre, Allen é bastante
irregular em Igual a tudo na vida, alternando momentos
de algum êxtase cinematográfico com
passagens francamente aborrecidas.
Nada é muito fácil no relacionamento
dos jovens protagonistas de Allen, o pretendido escritor
Jerry Falk e sua tresloucada namorada Amanda que
lá pelas tantas começa a rejeitá-lo
sexualmente; Allen interpreta David Dobel, confidente
madurão de Jerry, e pode-se dizer que o desempenho
do ator-cineasta volta a ter certos cacoetes que
ele já teria vencido na fase atual de sua
carreira; Danny DeVito, como o agente de Jerry, tem
um elevado momento interpretativo na cena em que é despedido
e sofre um ataque num restaurante. O par vivido por
Jason Biggs e Christina Ricci é muito bem
dirigido por Allen, e suas inquietações
soam convincentes.
Longe
do brilho de Dirigindo no escuro (2002), um incompreendido
Allen perdido numa fase meio opaca
do realizador, Igual a tudo na vida renova a constatação:
Allen não decepciona nunca a quem vai ao cinema
em busca duma narrativa tão abotoada quanto
a de uma obra clássica da literatura do século
XIX. (Eron Fagundes. Leia mais críticas
do colunista em Cinemania)
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Extras
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- Elenco: curtos textos sobre as carreiras de Jason
Biggs, Christina Ricci, Danny DeVito, Jimmy Falcon
e Stockard Chenning.
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Produção: texto biográficos
de 10 pessoas do staff técnico de Allen, incluindo
o próprio.
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Notas de Produção: bom texto com
curiosidades e depoimentos. Poderia ser em vídeo...
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Trailer
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Outros Títulos: trailers de “Meu Novo
Amor”, “Lugares Comuns”, Três
Solteirões e Um Bebê: 18 Anos Depois”
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Críticas
ao DVD
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Não sabemos até quando Woody Allen
será “teimoso” e não disponibilizará aos
seus fãs entras mais consistentes. Isso vale
também para o formato de tela. Neste caso,
mais uma vez é filmado em widescreen (que me permitam
a correção do texto deo Rubens, quase a metade deles
foram exibidos nos cinemas neste formato). Mas nem
isso sensibilizou a distribuidora Europa Filmes,
que o
lançou
no formato “padrão
Allen em DVDs”: fullscreen e áudio em
2 canais apenas. Por isso, neste quesito, a nota
cai.
Mas
sobe, mesmo em relação à edição
americana, pelo “esforço” de ao
menos colocar algumas notas escritas e o trailer,
já que não há outro material
disponível. Mais um DVD de Allen, importante
para os fãs, mas talvez mediano para o público
em geral.
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Menus
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Resenha
publicada em
24/01/2005
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Por
REF e Eron Fagundes
(filme) e Edinho Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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