IGUAL A TUDO NA VIDA (Anything Else)

 

Com Jason Biggs, Christina Ricci, Woody Allen, Danny DeVito, Diana Krall, Jimmy Falcon, Stockard Chenning

 

Diretor

Duração

Produção

Woody Allen

109 minutos

2003, Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia

Europa FIlmes

20/01/2005 (locação)

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
DISPONÍVEL APENAS PARA LOCAÇÃO
½
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 2.0) e Português (DD 2.0)
Inglês, Português
Sinopse

Falk (Jason Biggs), um promissor escritor em Nova York, se apaixona à primeira vista pela jovem Amanda (Christina Ricci). Jerry havia escutado a frase que a vida é como "qualquer coisa", mas ele logo descobre que com a imprevisível Amanda, a vida não é definitivamente como qualquer coisa.

Comentários

Esta comédia havia ficado notória porque a Dreamworks editou o trailer de tal maneira que Woody não aparece, dando a impressão de que o filme é totalmente dos jovens Christina Ricci e Jason Biggs (American Pie). Mas Woody tem um papel importante, como um veterano humorista (mais escritor que ator) que fica amigo do jovem Biggs (que tenta imitar Woody e parece ter perdido todo seu timing de comédia, não acerta uma). Lhe dá conselhos sobre sua garota que é complicada. Mas do meio para o fim começa a pirar, ficando paranóico, insistindo em comprar armas de fogo (no que parece ser uma tentativa mal-sucedida de criticar essa mania americana. A conclusão de seu personagem também é mal resolvida). Tudo isso é contado em um longo flash-back, mostrando como Christina lhe impõe a presença da mãe (Stockard Channing, desperdiçada), recusa transar com ele (demonstrando que está com outro) e assim por diante. Na verdade, as boas piadas estão todas no trailer. Fora disso, o filme tem um lado bom. Não parece feito às pressas como os anteriores. Allen deixa a câmera com freqüência parada e faz os atores entrarem e saírem. Esta é apenas a segunda vez que ele roda em widescreen (a primeira foi Manhattan). Continua usando músicas standards antigas (com pontinha de Diana Krall). O problema é que a história é fraca, com poucas piadas e situações mal-aproveitadas. Outro passo na decadência dele. Que pena. Para um orçamento de 18 milhões (baixo) o filme teve 3 milhões e duzentos mil de bilheteria! Assim nem o mercado exterior compensa. (Rubens Ewald Filho. Leia mais críticas e artigos de REF na coluna Clássicos)

 

IGUAL A ERIC ROHMER - O título deste texto é um exagero: ninguém pode ser igual ao francês Eric Rohmer, cineasta único em sua capacidade de dialogação e na utilização da fala e dos gestos do ator. Mas a função deste exagero é provocativa: chamar a atenção para um novo exercício rohmeriano de filmar a que o realizador norte-americano Woody Allen se entrega em Igual a tudo na vida (Anything else; 2003). Antes de mais nada, a exposição cerebral de conflitos sentimentais é algo que Allen aprendeu bem com seu mestre francês Rohmer. Como Rohmer, Allen, já avançado em anos, gosta de colocar diante de suas câmaras criaturas jovens: isto dá uma certa vitalidade a seu cinema.

Os diálogos não param nunca no novo Allen, seguindo a receita intelectual de Rohmer; afeiçoado por piadas e desfilando algumas tiradas literárias, que ousam referir do romancista russo Fiódor Dostoievski ao filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre, Allen é bastante irregular em Igual a tudo na vida, alternando momentos de algum êxtase cinematográfico com passagens francamente aborrecidas.

Nada é muito fácil no relacionamento dos jovens protagonistas de Allen, o pretendido escritor Jerry Falk e sua tresloucada namorada Amanda que lá pelas tantas começa a rejeitá-lo sexualmente; Allen interpreta David Dobel, confidente madurão de Jerry, e pode-se dizer que o desempenho do ator-cineasta volta a ter certos cacoetes que ele já teria vencido na fase atual de sua carreira; Danny DeVito, como o agente de Jerry, tem um elevado momento interpretativo na cena em que é despedido e sofre um ataque num restaurante. O par vivido por Jason Biggs e Christina Ricci é muito bem dirigido por Allen, e suas inquietações soam convincentes.

Longe do brilho de Dirigindo no escuro (2002), um incompreendido Allen perdido numa fase meio opaca do realizador, Igual a tudo na vida renova a constatação: Allen não decepciona nunca a quem vai ao cinema em busca duma narrativa tão abotoada quanto a de uma obra clássica da literatura do século XIX. (Eron Fagundes. Leia mais críticas do colunista em Cinemania)

Extras

- Elenco: curtos textos sobre as carreiras de Jason Biggs, Christina Ricci, Danny DeVito, Jimmy Falcon e Stockard Chenning.

- Produção: texto biográficos de 10 pessoas do staff técnico de Allen, incluindo o próprio.

- Notas de Produção: bom texto com curiosidades e depoimentos. Poderia ser em vídeo...

- Trailer

- Outros Títulos: trailers de “Meu Novo Amor”, “Lugares Comuns”, Três Solteirões e Um Bebê: 18 Anos Depois”

Críticas ao DVD

Não sabemos até quando Woody Allen será “teimoso” e não disponibilizará aos seus fãs entras mais consistentes. Isso vale também para o formato de tela. Neste caso, mais uma vez é filmado em widescreen (que me permitam a correção do texto deo Rubens, quase a metade deles foram exibidos nos cinemas neste formato). Mas nem isso sensibilizou a distribuidora Europa Filmes, que o lançou no formato “padrão Allen em DVDs”: fullscreen e áudio em 2 canais apenas. Por isso, neste quesito, a nota cai. Mas sobe, mesmo em relação à edição americana, pelo “esforço” de ao menos colocar algumas notas escritas e o trailer, já que não há outro material disponível. Mais um DVD de Allen, importante para os fãs, mas talvez mediano para o público em geral.

Menus
Resenha publicada em 24/01/2005
Por REF e Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

Seu comentário
 

Nome:

Autorizo a publicação.
  Email: Não autorizo.