O Império dos Sentidos (Ai no Bore)

 

Com: Tatsuya Fuji, Kazuko Yoshiyuki, Takahiro Tamura, Takuzo Kawatani.

 

Diretor

Duração

Produção

Nagisa Oshima

97 minutos

1978, Japão.

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama Erótico

NBO
2002

Cotação:

Sinopse

O Império dos Sentidos é a história de uma ex-prostituta que envolve-se em um caso de amor obsessivo com o senhorio de uma propriedade onde ela é contratada como criada. O que começa como uma diversão inconseqüente transforma-se em uma paixão que ultrapassa quaisquer limites. É o mais belo filme erótico do cinema contemporâneo. Inspirado em um caso real, mostra a história de um amor absoluto, onde dois amantes vivem uma paixão total, uma intensa obsessão pelo prazer. Seus desejos se confundem enquanto uma delicada e sensual atmosfera os envolve. Para os amantes não há fronteiras na busca do êxtase ilimitado e puro.

Comentários Sobre o Filme

A EPOPÉIA DO SEXO

Passados mais de vinte anos, O império dos sentidos (1976), um dos títulos básicos assinados pelo japonês Nagisa Oshima, apresenta-se hoje como um filme que está além de seu tema. Exibido no Brasil no começo dos anos 80, época em que o fim da ditadura militar trouxe a liberação tanto de filmes políticos considerados perigosos quanto a enxurrada de realizações de sexo explícito (os atores já não simulavam como nas pornochanchadas brasileiras, mas mantinham de fato relações sexuais; a câmara mostrava descaradamente a penetração), o trabalho de Oshima, a despeito da projeção artística do diretor, foi visto então com uma certa desconfiança pelos espectadores tidos por sérios. Ficava mesmo difícil amar isentamente a fita de Oshima; se o rigor ritualístico da encenação era exemplar e fugia ao mau gosto corriqueiro, as provocações críticas em cena perturbavam uma análise serena. Pode uma obra de arte erotizar o observador?

Revisto agora, O império dos sentidos mostra que permaneceu para além da curiosidade de seu tempo. Se em 1980 o impacto erótico acabava por ocultar uma parte da beleza da narrativa, na visão atual erotismo e plasticidade cinematográfica (muito pessoal, aliás) se unem em alguns dos momentos mais elevados do cinema. A seqüência que antecede a do estrangulamento e castração do protagonista é um bom exemplo da maneira rigorosa e contida com que Oshima se vale dos elementos dramáticos em cena: num primeiro plano a mulher, debruçada sobre o amante, aperta-lhe o pescoço simulando estrangulá-lo; ao fundo do plano a câmara fixa o entra-e-sai do pênis na vagina. A beleza e a erotização da cena são evidentes e, hoje em dia, não se perturbam uma à outra.

Extraído duma crônica policial japonesa dos anos 30, O império dos sentidos é pura poesia cinematográfica. E uma demonstração da criatividade dum artista ao recriar a realidade com as lentes de sua arte. (por Eron Duarte Fagundes)

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Japonês (DD 5.1 e 2.0)
Português, Inglês e Espanhol
Extras


Notas da SINOPSE, ELENCO e DIRETOR.

Não tem TRAILER como indicado na contracapa.

Críticas ao DVD

A qualidade da imagem é muito duvidosa, lembra uma fita VHS bem usada. Sei que o filme é antigo, mas por exemplo, o DVD de Ben Hur, produzido em 1959, a imagem é muitas vezes superior. O DVD americano segue as mesmas especificações. O áudio em Dolby Digital 5.1 é louvável, e mesmo que você não tenha toda a aparelhagem para reproduzi-lo, prefira-o ao 2 canais, porque este tem uma ‘chiadeira’ muito acima do desejável. O menu animado é bem feito, com ilustrações japonesas. E dos extras, falha da NBO indicar TRAILER o que não se verifica no DVD como também não informar que FORMATO de vídeo se reproduz o filme.

Menus
Por Eron Fagundes e Marcelo Hugo da Rocha  

 



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