INGA (JAG - EM OSKULD)

 

Com: Marie Liljedahl (Inga Frilund), Monica Strömmerstedt (Greta Johansson), Thomas Ungewitter (Einar Nilsson), Casten Lassen (Karl Nistad), Else-Marie Brandt (Frida Dagheim), Sissi Kaiser (Sigrid Nilsson), Anne-Lise Myhrvold (Dagmar), Curt Ericson (Hallstroem), Lennart Norbäck (Lothar Bjoerkson), Lotta Persson (Uta Dahlberg), Andreas Belind (Birger), Annabel Reis (Olga), Ulf Rönnquist (Tor), Kitty Kurkinen (Helga Lindqvist

 

Diretor

Duração

Produção

Joseph W. Sarno

87 minutos

1967, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Softcore

SEDUCTION CINEMA

 

Cotação:

 

Sinopse

A Seduction Cinema, mais conhecida por vídeos de "softcore trash" como Play-Mate of the Apes e Gladiator Eroticus, resolveu diversificar e botar no mercado esta antiga pérola cult do pornô sueco. O filme segue a trajetória da jovem Inga (a belíssima atriz Marie Liljedahl), uma ingênua menina de 16 anos. Após a traumática morte de sua mãe, nossa protagonista muda-se para a casa de sua atraente tia Greta, uma viúva de 36 anos. Greta sustenta um jovem e oportunista escritor, Karl, com quem tem um caso, mas também envolve-se com Einar, melhor amigo de seu finado marido.

Einar cultiva um interesse bíblico por jovens garotas, e a chegada da tímida e bela Inga desperta seu desejo. Greta decide então "aproximar" Einer de Inga, numa verdadeira relação Lolitesca com apadrinhamento da responsável. Inga, com seu voluptuoso corpo adolescente em um turbilhão hormonal e emocional, passando pelas mudanças físicas e psicológicas trazidas pela maturidade, ainda não sabe como lidar com as novas sensações e desejos que sente (o título original é "Jag - En Oskuld", literalmente "Eu, a virgem"). Inga acaba sentindo-se atraida por Karl, e apesar de a principio ceder aos planos da tia, tomará atitudes que irão surpreender a todos.

Comentários Sobre o Filme

O norte-americano Joseph W. Sarno iniciou sua carreira fazendo pequenos "nudies" em Nova Iorque, no começo dos anos sessenta. Pouco depois relocou-se para Suécia, onde, influênciado pelo clima liberal e intelectualizado dos países escandinavos, passou a realizar filmes eróticos de "arte". Mais tarde ele iria produzir a continuação de Inga ("Seduction of Inga", 1971) e a segunda parte de "Garganta Profunda", com a falecida Linda Lovelace.

Em sintonia com todo o rico panorama do cinema sueco em voga, Sarno certamente inspira-se muito no cinema de Ingmar Bergman, procurando criar filmes com uma atmosfera intimista, de sensualidade discreta, explorando o que não é dito ou expresso de forma declarada, lidando com a natureza interior das personagens.

Marie Liljedahl acabou participando de outras produções softcore, inclusive filmes de horror erótico dirigidos por Jess Franco como "La Isla de la Muerte (1969)", uma adaptação de escritos do Marques de Sade narrada por Christopher Lee, e "Christina, Princesse de lLérotisme" um horror erótico com zumbis. O DVD conta com duas versões do filme, uma dublada em inglês, outra legendada, além de ter excelentes extras como outtakes e entrevistas com a atriz Marie Liljedahl, o diretor Sarno, a assistente de direção Peggy Stephens, o produtor Sam Sherman e o crítico cinematográfico Bruce Hallenbeck.

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Sueco e Inglês (DD 2.0)
Inglês, Potuguês e Espanhol
Extras

· Trailers de Inga e The Seduction of Inga.

· Cenas de bastidores.

· Trilha de comentários com Joseph Sarno, Peggy Stephans, Sam Sherman e Bruce G. Hallenbeck.

· Entrevista em audio com Marie Liljedahl.

Críticas ao DVD

A ética do filme é em muito permeada pela visão liberal tão presente nos anos 60. O próprio posicionamento de Inga, assim como das personagens femininas em geral, é decidido, forte e claro; ela e Greta são mulheres que sabem o que querem, controlam suas escolhas e não se submetem ao universo masculino. Evidente que os movimentos de liberação feminista, muito ativos na época, tiveram influência no trabalho do diretor Sarno. Apesar de se tratar de um drama erótico com provocantes cenas de sexo, a maior força do filme realmente é a sua história, que, ao contrário da maioria dos softcores feitos a partir dos anos oitenta, tem o sexo inserido de forma contextualizada e coerente com a narrativa.

A narrativa também se desenvolve de forma gradual (com final surpreendente) e relativamente lenta; são longas e freqüentes as tomadas de "apreciação" da misé-en-cene. A fotografia, em preto e branco, é bonita, bem feita e de bom gosto. Chama a atenção em especial a cena em que Inga entra em contato com sua sexualidade pela primeira vez: Sarno privilegia tomadas em primeiro plano do rosto de Liljedahl, captando em detalhe as expressões da bela e jovem atriz. Em alguns momentos o filme chega a lembrar os trabalhos cinematográficos de David Hamilton, fotógrafo inglês celebre por tirar serenos e poéticos retratos de lolitas nuas descobrindo sua sexualidade em inocentes brincadeiras.

Por Sérgio Martorelli

 



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