Com: Kevin Costner, Robert De Niro, Sean Connery, Andy Garcia, Charles Martin Smith.

Na Chicago dos anos 30, o jovem agente Eliot Ness (Kevin Costner) tenta acabar com o reinado de terror e corrupção instaurado pelo gângster Al Capone (Robert De Niro). Para isso, ele recruta um pequeno time de corajosos e incorruptíveis homens, dispostos a levar a tarefa a cabo.
Ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Sean Connery), além de ter sido indicado em outras 3 categorias: Melhor Trilha Sonora, Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante (Sean Connery), além de ter sido indicado na categoria de Melhor Trilha Sonora. Ganhou 2 Grammy: Melhor Álbum Composto para o Cinema e Melhor Canção Composta para o Cinema ("Somewhere out there").

1930. A Lei Seca transformara Chicago em uma cidade em guerra. Quadrilhas rivais lutavam pelo domínio do bilionário império de bebida ilegal, impondo sua vontade com granadas e escopetas. Essa é a época dos poderosos chefões. Essa é a época de Al Capone.

Depois do clássico da família Corleone, 'O Poderoso Chefão', 'Os Intocáveis' é o segundo melhor filme sobre gângster, e dependendo do momento, chega a ser o primeiro. Vários fatores fazem desse filme um quase épico e não estou exagerando.
Logo no início do filme, quando você sente a trilha sonora, encanta-se com o filme. Logo de cara, temos Robert De Niro que dá um show como Al Capone e não é só ele quem realiza uma fantástica performance: Sean Connery é perfeito, passa seriedade; Andy Garcia transmite arrogância e carisma no decorrer do filme; Kevin Coster como Eliot Ness, faz com que o ator tenha em mãos um dos seus raros papéis, e o único que parece fora do contexto é o personagem vivido pelo ator Charles Martin Smith.
Um elenco fabuloso, uma trilha sonora perfeita de Ennio Morriconee e um roteiro bem trabalhado, graças à David Mamet, baseado em livro de Oscar Fraley, Eliot Ness e Paul Robsky, e um diretor de altos e baixos: Brian De Palma.
Ele conduz a direção de forma primorosa, com ajuda do elenco e do roteirista. De Palma transforma grandes cenas em cenas espetaculares, é comparado ao tiroteio na escadaria da estação de trem entre Elliot Ness e os pistoleiros de Al Capone, enquanto um carrinho com um bebê a bordo desce escada abaixo. Inspirada em uma cena do filme O Encouraçado Potemkim (1925), de Eisenstein. É incrível a utilização da câmera lenta e da adequação da trilha nesta cena. Em outras, De Palma usa tomadas longas para prender a atenção e criar um ótimo clima de suspense.

Além de 'Os Intocáveis', 'O Poderoso Chefão' e 'Os Bons Companheiros' são a tríade de que se tem de melhor em filmes de máfia. De Palma acertou tão bem na utilização da câmera que até os quatros 'intocáveis' atravessando a rua é marcante, que não teria tanto impacto sem a perfeita trilha sonora. Ela passa tanta energia ao filme, que cenas simples como essa, se tornam memoráveis. O figurino e a re-criação da Chicago dos anos 30 fazem de 'Os Intocáveis' um filme imperdível.
"É assim que se pega Capone: ele puxa uma faca; você, uma arma. Ele manda um dos seus pro hospital, você, um dos deles pra cova!" - Malone ensinado como pegar Al Capone para Eliot Ness.

O único extra que o DVD possui é o trailer de cinema. Sem legendas.

Vergonhoso, chega a ser nojento esse DVD. É o típico DVD no qual se não fosse pelo filme, seria jogado no lixo. Bem, temos uma imagem perfeita, sem defeito algum, o formato Widescreen é lindo de se ver.

O som: podreira total. Em linguagem leiga, o som tá super abafado, em todos os aspectos, seja nos tiros ou nas explosões. Faltou uma remasterização melhorada (leia-se bem melhorada) do som, pois chega a não 'sentir' os tiroteios. Cadê o aúdio em português?????? O som precário para os padrões do DVD não afeta em maneira alguma a trilha sonora do filme.

E os extras? Precisa ser dito mais alguma coisa de um DVD que só tem o trailer? Obviamente que não. Em se comparado com a versão da região 1, é igual. Isso mesmo, o DVD dos gringos só tem o trailer de extra. Enfim, é um tremendo pecado esse grande filme não ter um DVD a sua altura.

Acredito que o resenhista Carlos Cauás tenha exagerado um pouco quanto a ser 'nojento' esse DVD. Ocorre que realmente é uma tristeza de dar dó a ausência de extras, da mesma forma que foi lançado nos EUA. Também acredito que teremos uma edição de colecionador, principalmente, para justificar mais extras e uma remasterização do áudio, que mesmo em Dolby Digital 5.1, os diálogos estão prejudicados. A boa qualidade da imagem me conduziu a creditar uma melhor cotação ao DVD, principalmente, por ter mantido o formato do master original. (Marcelo H. da Rocha)