JORNADA NAS ESTRELAS: PRIMEIRO CONTATO (Star Trek: First Contact)

 

Com Patrick Stewart, Brent Spiner, Alice Krige, Jonathan Frakes, Marina Sirtis, Alfre Woodard, James Cromwell, LeVar Burton

 

Diretor

Duração

Produção

Jonathan Frakes

111 minutos

1996, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Ficção Científica

Paramount

22/03/2005

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1 e DD 2.0), Português (DD 2.0), Espanhol (DD 2.0), Inglês (DTS 5.1)
Inglês, Português, Espanhol

Sinopse

No século XXIV, as criaturas biomecânicas conhecidas como Borgs, os mais poderosos inimigos da Federação, lançam um ataque surpresa à Terra. Antes que consiga causar qualquer dano, a gigantesca nave Borg em forma de cubo é destruída pela Frota Estelar, liderada pela nova Enterprise 1701-E do Capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart). Contudo, antes de explodir, o cubo lança uma esfera que abre uma fenda temporal que lhe permite voltar ao século XXI. Seguindo o rastro temporal da esfera, a tripulação da Enterprise deverá evitar que os Borgs mudem a história – o que tornaria a Terra, no futuro, um planeta completamente assimilado por eles.

Comentários

Apesar de não ser uma unanimidade entre os fãs, não resta dúvida que Primeiro Contato é, de longe, o melhor longa de Jornada nas Estrelas protagonizado pela tripulação da Nova Geração. Neste filme de 1996, os roteiristas Brannon Braga e Ronald D. Moore se reabilitaram do fraco Generations com uma trama que envolve os melhores vilões da franquia e um acontecimento histórico na cronologia da série: o primeiro vôo em dobra espacial de Zefram Cochrane (James Cromwell), que levará ao primeiro contato da humanidade com uma raça alienígena – os vulcanos. Apesar de sofrer uma queda de ritmo (o filme já inicia com um eletrizante combate especial da Frota estelar contra os Borgs), a trama na maior parte do tempo se sustenta bem, desdobrada em duas frentes de ação que, ao final, irão convergir: na superfície da Terra, o Comandante Riker (Jonathan Frakes) e equipe tentam garantir que Cochrane faça seu vôo histórico a bordo da nave Phoenix; na Enterprise, invadida pelos alienígenas, Picard e Data (Brent Spiner) enfrentam a Rainha Borg (Alice Krige) e seus zangões. Frakes, que na TV já dirigira alguns episódios da Nova Geração, Deep Space 9 e Voyager, fez aqui uma auspiciosa estréia no comando de um longa-metragem. Pena que seus filmes subseqüentes, Jornada nas Estrelas: Insurreição e Thunderbirds, comprovaram que se tratou apenas da proverbial sorte de iniciante. De qualquer maneira, com uma história bem engendrada, ótimos efeitos especiais da Industrial Light & Magic e uma bela trilha original do maestro Jerry Goldsmith, Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato é um filme recomendável até para aqueles que não são fãs da série.

Extras

Quase nada a reclamar neste departamento. Há extras consideráveis nos dois discos, e a Paramount, como de hábito, legendou em português tudo o que era possível (inclusive os comentários de áudio e texto). Se algum reparo há de ser feito, é quanto a irregularidade das legendas em português, que em alguns extras apresentam erros de grafia e tradução. Mas são poucos casos, que não chegam a comprometer a avaliação final. Vamos lá:

Disco 1

Acompanhando o filme temos três tipos de comentários: o primeiro, de áudio, traz o ator/diretor Jonathan Frakes, que por vezes se preocupa mais em fazer graça do que a dar informações relevantes sobre a produção; no segundo, também de áudio, temos comentários mais satisfatórios dos roteiristas Braga e Moore, repletos de detalhes sobre como o roteiro e a história foram desenvolvidos; o terceiro, somente em texto, traz as habituais curiosidades e informações de Michael e Denise Okuda.

Disco 2

Neste disco temos mais de três horas de material, com legendas em português, inglês e espanhol e áudio Dolby 2.0, e de um modo geral creio que a qualidade destes extras só perde para os de Jornada nas Estrelas: O Filme. Os extras estão divididos em seis categorias principais:

Produção

Fazendo o Primeiro Contato – Featurette de 20 minutos que apresenta entrevistas com o produtor Rick Berman, Jonathan Frakes, Patrick Stewart e outros membros do elenco. Os assuntos incluem a estréia de Frakes na direção de um filme, a interpretação de Alice Krige como a Rainha Borg e Alfre Woodard e James Cromwell falando sobre seus papéis;
A Arte do Primeiro Contato – Segmento de 16 minutos apresentado pelo ilustrador John Eaves, que trata, entre outros assuntos, dos efeitos visuais da Industrial Light and Magic – ILM (o filme marcou a transição entre o uso de modelos em miniatura e gráficos CGI na série), o desenvolvimento do design da nova Enterprise-E, o design da Phoenix (criada a partir de um míssil Titan real), da nave vulcana, etc.;

A História – Featurette de 15 minutos onde os roteiristas Braga e Moore falam sobre como foi escrever Primeiro Contato;

O Míssil - O desenhista de produção Herman Zimmerman fala sobre as filmagens no silo de mísseis nucleares desativado no Arizona, que no filme abriga a nave de Cochrane, a Phoenix;

O Disco Defletor – Neste segmento de 10 minutos temos informações sobre o cenário construído para o confronto com os Borgs que ocorre no casco externo da Enterprise. Nele estão incluídas cenas de bastidores da filmagem;

De “A” a “E” – Ao contrário do que o nome sugere, este featurette de seis minutos não discute a evolução da nave estelar Enterprise, mas concentra-se no design da nova Enterprise-E e seus cenários.

Análise das Cenas

Montagem da Rainha Borg – O Supervisor de Efeitos da ILM, John Knoll, analisa a criação da memorável cena na qual a cabeça e a espinha da Rainha Borg desce e se junta suavemente ao resto do corpo;

Lançamento da Cápsula de Fuga - Alex Jaeger, Diretor de Arte da ILM, mostra como a cena foi criada com o uso de CGI;

A Morte da Rainha Borg – John Knoll explica como a ILM criou os efeitos visuais para esta seqüência, destacando como a pele do rosto da Rainha foi corroída.

O Universo de Jornada nas Estrelas

Um Tributo a Jerry Goldsmith – Muitos não sabem, mas o compositor Jerry Goldsmith, que faleceu em 2004, só veio a trabalhar na franquia quando compôs a trilha original de Jornada nas Estrelas: O Filme (1979). A partir de então, seu trabalho foi ouvido em mais quatro filmes e nas séries de TV A Nova Geração e Voyager. Este featurette de 20 minutos é um merecido e às vezes emocionante tributo ao artista que se transformou no ícone musical da série, e nele vemos várias cenas de bastidores de Jerry e seu filho Joel Goldsmith trabalhando na trilha de Primeiro Contato;

O Legado de Zefram Cochrane - James Cromwell fala sobre a importância do personagem por ele interpretado, Zefram Cochrane, além de sua aparição anterior (como outro personagem) em um episódio da Nova Geração;

Primeiro Contato: Possibilidades – Este segmento discute a possibilidade da existência de vida extraterrestre e de como seria um primeiro contato. Destaca o projeto SETI e a Sociedade Planetária, que conta com o apoio de vários profissionais da franquia Jornada Nas Estrelas.

A Coletividade Borg

Unimatrix Um – este segmento mostra a origem e o desenvolvimento dos Borgs na franquia, a partir de seu surgimento no episódio da Nova Geração “Q Who”. Há depoimentos de Patrick Stewart, Brent Spiner, Jonathan Frakes e de Jeri Ryan, que em Voyager interpreta a Borg Babe Sete de Nove;

A Rainha - Alice Krige nos fala, entre outras coisas, sobre a experiência de ter interpretado a Rainha Borg em Primeiro Contato e no episódio final de Voyager;

Desenhando a Matriz – Featurette dedicado à aparência mais elaborada que os Borgs assumem a partir de Primeiro Contato, além da criação do design da Rainha, do Cubo e da Esfera Borgs.

Arquivos

Storyboards – Ilustrações feitas para a filmagem de quatro cenas do filme;

Galeria de Fotos – Várias fotos de produção.

Trailers

Esta seção contém três trailers: o teaser e o trailer do filme, e um trailer da atração “Invasão Borg”, de Las Vegas.

Críticas ao DVD

Como as demais edições especiais da série lançadas pela Paramount, esta é ótima e justifica a troca do DVD simples lançado há alguns anos. O filme é apresentado no seu formato original widescreen anamórfico 2.35:1, com ótima qualidade de imagem. Os níveis de preto, brilho e contraste são corretos, as cores são vivas e sólidas. Apesar de notarmos em alguns momentos, na película, pequenos danos e granulação, a transferência digital não apresenta qualquer artefato de compressão. O áudio em inglês (há dublagem em português e espanhol Dolby 2.0) está disponível tanto em Dolby Digital 5.1 como em DTS 5.1, ambas as faixas são excelentes e superiores à Dolby 5.1 do DVD anterior. Os diálogos são sempre claros e há uma acentuada separação dos canais, criando uma ambientação perfeita que nos coloca no centro das explosões, e por vezes, cercados pelos ruídos eletrônicos dos Borgs. O áudio DTS, como seria de esperar, disso possui mais profundidade e um canal de graves mais potente. Adicionalmente, parece-me que a trilha sonora de Goldsmith ganha mais destaque e fidelidade no DTS. Temos legendas em português, inglês e espanhol, e os menus animados, como sempre, são excelentes e reproduzem, em CGI, cenas e ambientes do filme.

Resenha publicada em 01/05/2005
Por Jorge Saldanha

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