Com
Scott Bakula, Jolene Blalock, Connor Trinneer, Dominic
Keating, John Billingsley, A.T. Montgomery, Linda Park
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1148
minutos
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SOM & IMAGEM |
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EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 5.1)
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Inglês, Português
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Sinopse
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O ano é 2151, quase noventa anos após
o contato inicial da humanidade com a raça
dos Vulcanos. A primeira nave da Frota Estelar capaz
de atingir a velocidade de dobra 5 é lançada,
e finalmente a Terra poderá explorar o espaço
profundo. Antes de iniciar sua missão de exploração,
a Enterprise deverá levar um alienígena
Klingon, único sobrevivente de uma nave que
caiu na Terra, para o seu mundo natal. Contrários
ao lançamento da Enterprise NX-01, sob o comando
do Capitão Jonathan Archer (Scott Bakula),
os Vulcanos relutantemente cedem, porém designam
a Subcomandante T’Pol (Jolene Blalock) como
Oficial de Ciências da nave. O que Archer não
sabe é que os Sulibans, alienígenas
geneticamente alterados que seguem as ordens de um
misterioso visitante do futuro e que abateram a nave
Klingon, tentarão a todo custo raptar seu
passageiro.
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Comentários
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Jornada nas Estrelas: Enterprise, ainda exibida no
Brasil pelo canal pago AXN mas recentemente cancelada
nos EUA, surgiu com a intenção de injetar
sangue novo na popular franquia da Paramount, porém
tomando o caminho inverso daquele que seria o esperado.
Com a ação ambientada no século
XXII, antes portanto das aventuras clássicas
de Kirk, Spock e McCoy, a série daria ênfase às
explorações de um capitão no
comando de uma nave com poder de fogo limitado e
tecnologia antiquada. Seria uma Jornada nas
Estrelas retrô, mais realista, já que se passaria
em um período de tempo menos distante no futuro
do que as demais produções da franquia.
As diferenças com as outras séries,
aliás, iniciam já na abertura, onde é utilizada
uma canção no lugar dos majestosos
temas orquestrais habituais. Até mesmo a marca
Star Trek estava ausente do título da série
em suas duas primeiras temporadas, o que demonstrava
a intenção de atrair também
aqueles que não eram fãs da criação
de Gene Roddenberry. Mas a proposta de inovação
foi tímida, tendo predominado episódios
que pareciam uma mistura da Série Clássica com A Nova Geração, utilizando elementos
presentes em todas as séries da franquia:
teletransporte, naves com dispositivos de camuflagem,
torpedos fotônicos, viagens no tempo (muitas),
etc. Além disso, ao invés de destacar
aspectos relevantes para a cronologia futura do universo
de Jornada nas Estrelas, foi introduzida uma tal
Guerra Fria Temporal e novos vilões, os Sulibans.
Adicionalmente, muitos episódios com tramas “descartáveis” ou
que contrariavam cânones estabelecidos nas
outras séries começaram a dar a impressão
de que uma grande oportunidade estava sendo perdida:
a de efetivamente mostrar as bases da fundação
da Federação dos Planetas Unidos, ou
os fatos que levariam à guerra Terra/Romulus.
No lugar disso, a dupla de produtores/roteiristas
Rick Berman/Brennon Braga preferiu mostrar entre
outras coisas Borgs e Ferengis, para o horror dos
fãs mais radicais. Em seu terceiro ano a série
deu uma guinada: após um ataque à Terra
por parte de uma raça alienígena desconhecida,
os Xindis, a Enterprise é enviada a uma zona
do espaço chamada Expansão Délfica,
a fim de impedir que os Xindis terminem de construir
a arma que poderia destruir de vez nosso planeta – como
se vê, um evento de grandes proporções
mas que nunca fora mencionado na história
de Jornada nas Estrelas.
Com ênfase nos combates
espaciais e efeitos visuais, os produtores fizeram
uma temporada mais voltada à ação
e que, no final das contas, acabou sendo melhor que
as duas que a precederam. Mesmo assim, os índices
de audiência declinantes, e boatos sobre o
cancelamento da série mostravam que era hora
de novas mudanças. Entrou em cena Manny Coto,
da finada série de TV Odissey 5: após
ter escrito vários roteiros da terceira temporada,
ele recebeu de Berman e Braga carta branca para conduzir
a série no seu quarto ano (que estréia
no AXN em setembro). E ele já começou
dando um jeito de acabar com a Guerra Fria Temporal
e os Sulibans, e a partir daí criou mini-arcos
de episódios relacionados, finalmente, a eventos
de importância na cronologia de Jornada
nas Estrelas. Infelizmente este esforço chegou
tarde demais. Com a saturação do público
pela franquia, que já levara o filme Nêmesis
a naufragar nas bilheterias em 2002, os índices
de audiência da quarta temporada não
se recuperaram a ponto de salvar a série do
cancelamento.
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Extras
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Para começar, mais uma vez parabéns à Paramount
por legendar em português todos os extras.
Cada disco traz, junto dos episódios, suas
respectivas cenas eliminadas (que não possuem
finalização de áudio e efeitos),
em formato wide anamórfico. O episódio
piloto, "Broken Bow", possui uma faixa
de comentário de áudio com Berman e
Braga. Os habituais comentários de texto de
Michael e Denise Okuda surgem nos episódios "Broken
Bow", "O Incidente Andoriano" e "Vox
Sola". Mas o principal do material bônus
ficou para o sétimo disco, que contém
vários featurettes relativos à produção
da primeira temporada da série, elenco e a
franquia Jornada nas Estrelas. Estes extras são
todos em fullscreen ou letterbox, com áudio
em inglês Dolby 2.0. São eles:
-
Criando Enterprise – Segmento de 12 minutos
que, após uma introdução na
qual o ator Scott Bakula (Jonathan Archer) apresenta
a tripulação / elenco da Enterprise, é dedicado
ao processo de criação e à concepção
visual da série;
-
Oh Capitão! Meu Capitão! Um perfil
de Scott Bakula – Um perfil de 10 minutos do
ator Scott Bakula, infelizmente um tanto omisso quanto
aos seus trabalhos anteriores. A outra série
de ficção científica que ele
protagonizou, a cult Quantum Leap (Contra Tempos
no Brasil), é citada brevemente;
-
Impressões
do Elenco: Primeira Temporada – Segmento
de 12 minutos no qual os integrantes do elenco principal
comentam a primeira temporada, enquanto são
exibidos os melhores momentos dos seus personagens;
-
Dentro da Nave Auxiliar Um – Segmento de 8
minutos específico sobre a produção
do episódio de baixo orçamento "Shuttlepod
One", que se passa praticamente todo no interior
de uma nave auxiliar, com ênfase nos diálogos
dos personagens Reed e Tucker;
-
Viagem no Tempo em Jornada nas Estrelas: Guerras
Frias Temporais
e Além – Neste featurette
de 8 minutos, Brannon Braga fala sobre a origem da
Guerra Fria Temporal introduzida na série,
e são listados os principais episódios
de Jornada nas Estrelas que apresentam viagens no
tempo;
-
Segredos de Enterprise – Curto segmento de
2 minutos que revela, com cenas de bastidores, como
o reator de dobra e o replicador de alimentos da
nave funcionam de modo low tech;
-
Almirante Forrest no Centro do Palco – Featurette
de 5 minutos com Vaughn Armstrong, que além
do Almirante Forrest em Enterprise, interpretou vários
outros papéis na franquia;
-
Erros de Gravação – Uma seleção
bem engraçada de nove minutos de erros de
gravação (e outras brincadeiras do
elenco), os melhores cortesia de Jolene Blalock (T’Pol).
Graças a ela, a palavra “caca” nunca
mais será a mesma;
-
Celebrando Jornada nas Estrelas - Segmento que mostra as convenções
de Jornada nas Estrelas e a devoção
(exagerada) de alguns fãs.
Se você ainda não viu os dois documentários
Trekker – Vida de Fã, esta é uma
boa amostra.
Encerrando
os extras, temos três Easter Eggs
nos menus do sétimo disco, sobre alguns episódios
da primeira temporada, e dois trailers - um da nova
atração do Star Trek Experience em
Las Vegas, Borg Invasion, e outro da Série
Clássica em DVD.
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Críticas
ao DVD
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Se no exterior Jornada nas Estrelas já saturou,
aqui no Brasil ainda há todo um mercado a
ser explorado. Na TV paga a franquia ainda possui
episódios inéditos, e as séries
recém estão começando a sair
em DVD. Menos de um mês após lançar
a primeira temporada da Série Clássica,
a Paramount lançou esta primeira temporada
de Enterprise no Brasil, e mais: pretende lançar
todas as temporadas de ambas as séries por
aqui até o final de 2005 (as segundas temporadas
chegam já no próximo dia 16 de agosto).
Apesar de muitos preferirem ter em DVD A
Nova Geração ou Deep
Space Nine, a estratégia de lançamento
da distribuidora parece acertada: começou
os lançamentos no Brasil com a Série
Clássica, de longe a mais conhecida aqui,
e com a mais recente, um produto que utiliza tecnologia
de ponta em sua produção, o que poderá atrair
novos espectadores. No entanto, resta saber se uma
série nunca exibida na nossa TV aberta, e
que inclusive é contestada até por
parte dos fãs de Jornada nas Estrelas, venderá bem
por aqui.
De
qualquer modo, além de contar
com efeitos especiais em CGI de padrão cinematográfico,
Enterprise é uma série perfeita para
ser vista em DVD: ela foi totalmente gravada em vídeo
de alta definição e com som digital
multicanal. O box nacional possui uma embalagem diferente
da original da Região 1 (onde, a exemplo dos
demais boxes de Jornada nas Estrelas lançados
por lá, e do próprio box da primeira
temporada da Série Clássica lançado
aqui, os discos estão dentro de uma embalagem
plástica especial), mas ainda assim de ótima
qualidade. Os discos estão em suportes plásticos
que se abrem como as folhas de um livro, envoltos
em uma luva de cartolina. Seus sete DVDs contém
os 26 episódios de 44 minutos da primeira
temporada, e extras em boa quantidade.
Mantendo
a tradição dos lançamentos de
Jornada nas Estrelas, os menus animados são
um show à parte. Ao carregar o disco, vemos
uma cena em CGI da Enterprise NX-01 deixando a doca
espacial, após o que entra o menu de seleção
de conteúdo com o mesmo estilo de gráficos
da ponte de comando. Como seria de esperar, por ter
sido a série rodada em formato digital de
alta resolução, a qualidade da imagem é excelente,
com vídeo em formato wide anamórfico
1.78:1. Quanto ao som, temos somente o áudio
original em inglês Dolby Digital 5.1, uma vez
que a série, até agora, somente foi
exibida no Brasil pela TV paga e com legendas, e
a Paramount infelizmente não encomendou uma
dublagem em português especial para os DVDs.
As legendas disponíveis são português
e inglês.
O
box inclui um encarte de 12 páginas,
contendo a relação de episódios
e os textos “A História até o
Momento” (posicionando os eventos da série
na História) e “Moldando o Futuro” (sobre
a origem da Primeira Diretriz da Frota Estelar).
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Menus
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Resenha
publicada em
05/07/2005
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Por
Jorge Saldanha
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Seu comentário
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