JORNADA NAS ESTRELAS: GENERATIONS (Star Trek: Generations)

 

Com Patrick Stewart, William Shatner, Jonathan Frakes, Malcolm Mcdowell, James Doohan, Walter Koenig

 

Diretor

Duração

Produção

David Carson

117 minutos

1994, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Ficção Científica

Paramount

11/11/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1, DTS 5.1)
Inglês, Português, Espanhol

Sinopse

No século 23, o aposentado Capitão James T. Kirk (William Shatner) e dois de seus antigos oficiais, Scotty e Chekov (James Doohan e Walter Koenig, respectivamente), são convidados para a viagem inaugural da Enterprise NCC-1701-B, a primeira nave estelar da classe Excelsior a levar este nome. Inconformado com a aposentadoria, a presença da imprensa e a inexperiência do novo Capitão, Kirk novamente entra em ação quando a Enterprise recebe um pedido de socorro de duas naves El Aurianas, aprisionadas por um poderoso feixe de energia. Alguns dos passageiros das naves, incluindo um cientista chamado Soran (Malcom McDowell) , são resgatados antes que elas sejam destruídas. No entanto, Kirk aparentemente morre durante o salvamento. Setenta e oito anos depois um outro Capitão da Enterprise, Jean-Luc Picard (Patrick Stewart), recebe notícias perturbadoras. Enquanto lida com graves perdas pessoais, Picard e a Enterprise-D rumam para um observatório no sistema Amargosa, sob ataque de forças desconhecidas. Lá chegando descobrem que o único sobrevivente é Soran, que pretende levar a cabo experiências relativas ao feixe de energia (o Nexus), ocasionando a morte de milhões de pessoas. Com a ajuda das irmãs klingon Lursa e B’Tor, Soran consegue fugir, e na tentativa de impedi-lo Picard recebe a inesperada ajuda de James Kirk, que havia sobrevivido no interior do Nexus.

Comentários

Jornada nas Estrelas: Generations foi a esperada estréia no cinema dos personagens da Nova Geração, e havia uma justificada expectativa de que o filme seria um sucesso. Foi dirigido por um veterano da série de TV, o competente inglês David Carson, e teve como diretor de fotografia o lendário John Alonzo, que possui no currículo filmes como Chinatown. O filme contou com um orçamento superior aos da maioria dos longas anteriores da série, possibilitando a construção de grandes cenários e filmagens em locações ambiciosas. Mesmo os conhecidos cenários, naves e figurinos da série foram filmados por Alonzo de uma forma mais sofisticada, fazendo com que o filme fosse ao mesmo tempo familiar aos fãs, porém com a grandeza cinematográfica desejada. Alguma coisa, porém, deu errado... num nível estritamente pessoal (há quem goste), não gostei de Malcolm McDowell como o vilão Soran, pior do que ele como vilão só mesmo as duas chatas irmãs klingon peitudas, que funcionam apenas quando há algum humor em suas falas. E o roteiro de Ronald Moore e Brannon Braga, apesar de possuir tons emotivos e sofisticados ao tratar de perdas, escolhas pessoais e do envelhecimento, derrapa feio em alguns aspectos importantes (Atenção: SPOILERS à frente!). Primeiramente, acho que haveria personagens recorrentes da série mais interessantes para levar ao cinema do que as duas klingons, e fazer delas e sua Ave de Rapina as responsáveis pela destruição da Enterprise-D acaba sendo um ultraje. Muito melhor se em seu lugar tivéssemos tido os romulanos, uma raça pouquíssimo (e mal) explorada no cinema. Também, as tentativas de fazer humor, com o andróide Data (Brent Spiner) aprendendo a lidar com seu chip de emoções, rende no máximo algumas piadas constrangedoras. Mas o pior vem depois: a morte de James T. Kirk é simplesmente imbecil. Seria de esperar que o bravo Capitão fosse morrer comandando a Enterprise em batalha, ou até mesmo fazendo sexo com três escravas verdes de Orion (qualquer das duas mortes faria justiça à sua fama), mas não. O produtor Rick Berman, que se sabe, não morre de amores pela Série Original de Jornada nas Estrelas, tinha que arranjar um jeito de humilhar este personagem icônico. Após um "confronto da meia-idade" com Soran no planetinha inóspito, ele cai de uma ponte... ou melhor dizendo, a ponte cai e leva ele junto. E isso que o final original, incluído nos extras, era ainda mais indigno (fim dos SPOILERS). Como resultado, muita gente torceu o nariz para o filme, e o fez com justiça. A impressão que fica é que Berman, receoso que os personagens da Nova Geração não segurassem sozinhos o filme, deu um jeito de colocar Kirk no filme só para, ao final, descartá-lo apressadamente.

Extras

Em termos de extras, este é mais um DVD da Paramount que mantém a distribuidora como um exemplo a ser seguido, em material bônus. São muitos extras, e todos eles legendados – inclusive os comentários. Vejamos:

Disco 1

Comentário de áudio com os roteiristas Ronald Moore e Brannon Braga – ambos escreveram vários episódios da série Jornada nas Estrelas – A Nova Geração, e contam como desenvolveram o roteiro deste filme, além de lembrarem fatos sobre sua produção;

Comentários em texto de Michael e Denise Okuda – os co-autores da Enciclopédia de Jornada nas Estrelas fornecem, durante o filme, muitas informações e curiosidades.

Disco 2

Este disco concentra o mesmo tipo de featurettes de bastidores disponíveis nas edições especiais anteriores de Jornada nas Estrelas, produzidos sob a supervisão de Donald Beck. A vantagem é que, desta vez, temos muitas cenas de bastidores e entrevistas gravadas durante as filmagens, que via de regra contém informações de fato úteis sobre a produção. Todos os extras são em fullframe (exceto quando informado em contrário), com áudio Dolby 2.0 e estão divididos nas seguintes seções:

Análise das Cenas – são três featurettes onde damos uma olhada na criação de três seqüências específicas, a da abertura (3 min.), a faixa de energia Nexus (7 min.), e a queda da seção-disco da Enterprise-D (5 min,);

Efeitos Visuais – dois featurettes, o primeiro mostra principalmente como o modelo da Enterprise-D foi restaurado e filmado (10 min.), e o outro detalha a logística por trás da filmagem da queda do modelo da seção-disco em um cenário miniatura (11 min.);

O Universo de Jornada nas Estrelas – esta seção contém os melhores featurettes do pacote: um merecido tributo ao desenhista de produção da Série Original de Jornada nas Estrelas, Matt Jeffries (20 min.), a história do design das várias naves Enterprise (13 min.), uma interessante olhada no álbum de fotos de família de Picard (7 minutos), e uma entrevista com Gil Hibben, o criador oficial das armas klingon (14 minutos);

Arquivos – esta seção inclui uma galeria com fotos de produção e publicitárias, e outra com storyboards para três cenas do filme, todas estas imagens em widescreen anamórfico;

Produção – outros três featurettes : Unindo Duas Lendas (26 min.), Cartografia Estelar: Criando a Ilusão (9 min.) e Mundos Novos e Estranhos: O Vale do Fogo (23 min.), centrados nas filmagens em cenários e locações, e incluem muitas entrevistas com membros do elenco e equipe (incluindo William Shatner e Patrick Stewart);

Cenas Inéditas – são quatro cenas que ficaram fora da montagem final, incluindo a do famoso orbital skydiving de Kirk na abertura do filme, e o clímax original com Kirk, Picard e Soran. São elas Mergulhando na Órbita (6 min.), Andando na Prancha (2 min.), Natal com a Família Picard (11 min.) e Final Alternativo (14 min.), que podem ser assistidas em conjunto ou isoladamente. Rick Berman tece alguns comentários sobre cada uma delas. Infelizmente, a qualidade do vídeo destas cenas é irregular.

Estranhamente, no meio de tantos extras não encontramos os mais básicos deles, os trailers de cinema.

Críticas ao DVD

Esta edição especial dupla está no nível das anteriores de Jornada nas Estrelas, e indiscutivelmente é superior ao DVD simples anteriormente lançado, com o filme em letterbox. Pela primeira vez Generations surge em DVD no seu formato original widescreen anamórfico 2.35:1, com cores vivas e acuradas, ótimo contraste e níveis de preto sólidos. No entanto, assistida em uma televisão de grande porte, esta nova transferência parece artificial, digitalizada, com sinais de edge-enhancement. Já no quesito áudio, o único idioma disponível é o inglês, porém em Dolby Digital 5.1 e DTS 5.1. Ambas as faixas, com alguma vantagem para o som DTS, são ótimas. Nos momentos lentos o áudio é sutil e ambiente, já nas seqüências de ação os efeitos surround são direcionais e imersivos, com um expressivo reforço dos sons graves vindos do subwoofer. As legendas estão disponíveis em português, inglês e espanhol. Os menus animados, como sempre em computação gráfica, reproduzem momentos do filme. No disco 1, temos a Enterprise-B aproximando-se do Nexus, no disco 2 somos colocados dentro da sala de Cartografia Estelar da Enterprise-D.

Resenha publicada em 10/01/2005
Por Jorge Saldanha

Seu comentário
 

Nome:

Autorizo a publicação.
  Email: Não autorizo.