JÚRI, O - VERSÃO PARA LOCAÇÃO (Runaway Jury)

 

Com John Cusack, Dustin Hoffman, Gene Hackman, Bruce Davison, Bruce McGill, Rachel Weisz

 

Diretor

Duração

Produção

Gary Fleder

128 minutos

2003, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama, Suspense

Fox

12/5/2004 (locação)
30/07/2004 (venda direta)

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
DISPONÍVEL APENAS PARA LOCAÇÃO
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD (5.1), Português (DD 2.0 surround), Espanhol (DD 2.0 surround)
Inglês, Português, Espanhol, Chinês, Coreano, Indonésio, Tailandês

Sinopse

Após considerar que uma grande empresa é a culpada pela morte de seu marido, uma viúva decide entrar com um processo na justiça, pedindo uma indenização milionária. Para defendê-la ela contrata o advogado Wendell Fohr (Dustin Hoffman), que usa o consultor de júris Rankin Fitch (Gene Hackman) para selecionar os jurados de forma a garantir de antemão sua vitória no julgamento. Porém o que Fohr e Fitch não contavam é que um dos jurados, Nicholas Easter (John Cusack), tem seus planos para manipular o júri. E, com o apoio de Marlee (Rachel Weisz), passa a chantagear a dupla avisando que o veredicto desejado sairá bastante caro.

Comentários

Apesar do final politicamente correto e moralista, este ''O Júri'' é muito melhor do que se podia esperar. Na verdade, mostra detalhes inéditos de como é possível se manipular um corpo de jurados (através da tecnologia e do poder do dinheiro!) denunciando portanto o perigo do sistema judicial norte-americano (e por extensão, o nosso). Ajudado por seu famoso elenco, dirigido de forma competente, é uma boa pedida, em particular para quem gosta de filme de tribunal e julgamento.

Sua história de produção é meio complicada. É baseada num livro do autor de best-sellers do gênero, John Grisham (''O Cliente'', ''O Dossiê Pelicano''), mas houve um problema. O livro, de 1990, conta uma história que aconteceria com a indústria do tabaco (é um julgamento onde se tentava incriminar a indústria do fumo na morte de uma vítima que exige indenização, abrindo um precedente jurídico), mas quando estava pronto para ser rodado por Joel Schumacher, houve uma decisão parecida que já tratava do assunto, tirando a sua novidade. Houve também ''O Informante''/''The Insider'', que abordava o tema.

Assim ele foi adiado e adaptado, transpondo a ação agora para a indústria de armas (o que acaba sendo até mais atual, depois de Columbine e fatos semelhantes). Ou seja, de Grisham ficou apenas a idéia central do processo, da espionagem e manipulação do júri. O resto é obra dos roteiristas (um deles é Mathew Chapman, marido de Denise Dumont).

O filme mantém a ação de New Orleans, já que é uma das poucas cidades americanas com características próprias (becos, bairro antigo, fama de corrupta). Sob as ordens do diretor Gary Fleder (''Refém do Silêncio'', ''Beijos que Matam''), o filme mantém sempre o clima de tensão e suspense, enquanto vamos tentando montar as peças do quebra-cabeça.

A figura central é John Cusack (sempre confiável), que é indicado para ser jurado num caso de um executivo casado (ponta não creditada de Dylan McDermott. Aliás, o filme tem participações pequenas de atores famosos como Jennifer Beals, Joanna Going, Orlando Jones). Logo no começo, a gente assiste o executivo sendo morto em seu próprio escritório por um maluco. Sua mulher resolve processar a firma que produz as armas e a venda sem maior controle.

É esse o caso que vai a julgamento com Dustin Hoffman, como o advogado da acusação (fazendo um personagem honesto e sincero, que com relutância aceita a ajuda de um jovem advogado especializado em júris, Jeremy Piven, que acaba tendo pouco a fazer).

A indústria de armas tem mais poder de fogo e chama o maior especialista na manipulação de jurados, figura de Gene Hackman (o filme é o primeiro encontro nas telas de Gene e Dustin, que foram colegas de quarto no começo das carreiras. Fora as cenas do tribunal, eles só estão juntos em uma cena longa no banheiro. Naturalmente, Gene está estupendo sem medo de ser vilão, Dustin menos gago e composto do que costume). Aí que vem as revelações, mostrando como eles não são apenas avaliados, mas também espionados e vítimas de chantagem (todo mundo tem um segredo e por isso é passível de chantagem).

Mas fora isso o filme tem ainda outra trama central, já que Cusack esta de conchavo com uma namorada (a inglesa Rachel Weiz), que faz chantagem também com os dois lados, com a certeza de que ele será capaz de manipular os resultados, levando o júri pára onde quiser, o que é demonstrado no transcorrer do filme. Haverá ainda outras revelações e conseqüências (bem intencionadas e atuais, mas não especialmente convincentes, que apesar disso não chegam a estragar o filme).

Como thriller, o filme é de primeira linha, sempre absorvente, curioso, também polêmico e original. Vale assistir. (Rubens Ewald Filho. Leia mais críticas de R.E.F. na seção Clássicos)

 

Apesar das aparências, O júri (Runaway jury; 2003), de Gary Fleder, é um filme falso e enganoso. Investindo contra a liberalidade do uso de armas nos Estados Unidos (uma questão que, após os atentados terroristas árabes de 11 de setembro de 2001, se tornou premência nacional) e a inevitável corrupção da Justiça americana, o realizador Fleder reuniu atores de expressão (os veteranos Dustin Hoffman e Gene Hackman, o mais jovem John Cusack e a bela e enigmática Rachel Weisz) para, à maneira de uma certa Hollywood, desconversar sobre o perigoso tema que aborda.

Feito com as armas formais da indústria de filmar ianque, O júri não aborrece porque contém os ingredientes dentro dos quais o público foi educado. Sem embargo de apresentar alguma confusa ingenuidade ao expor a infiltração dum jurado que, com o auxílio externo de sua namorada, decide vender o veredito do júri a um lado ou a outro (os fabricantes de armas e a viúva de um dos assassinados por um psicopata dentro dum escritório), O júri não deixa de funcionar como espetáculo. Mas o problema surge quando o observador tem de adjetivar este espetáculo, certamente falso e enganoso. (Eron Fagundes. Leia mais críticas do Eron na sua coluna Cinemania)

Extras

Nehnum

Críticas ao DVD

Fica muito difícil analisar, como sempre, uma edição “pelada”, apenas para a locação. Como se existissem dois públicos: os que alugam os filmes e, por isso, não têm o direito de assistir aos extras e os que comprem, aí sim são contemplados com algum material extra, passando de um VHS melhorado para um verdadeiro produto em DVD. Nós sempre discordamos destas condutas, muito comum na Fox.

O filme em si teve reações diferentes, muita gente gostou, outros acharam apenas razoável, Eu gostei. E, tecnicamente ao analisar apenas o filme, já que não há mais nada nesta versão, o DVD está correto, apesar da dublagem nos idiomas Latinos estarem “apenas” em 2 canais. Ao menos houve o respeito em manter o formato original de cinema, em wide, e otimizado para quem tem TVs neste formato.

Não posso dizer se a nova versão para venda compensa, mas está programada para ser lançada em breve. O filme em si, na minha opinião, vale. Pelas informações da capa, também. Mas faremos uma resenha em breve sobre esta edição.

Menus
Resenha publicada em 16/07/2004
Por R.E.F., Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

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