Com Tom Jane, John Travolta, Will Patton, Laura Harring, Ben Foster, Eduardo Yáñez, Roy Scheider, Rebecca Romijn-Stamos, Samantha Mathis, Marcus Johns, Bonnie Johnson

O agente especial Frank Castle (Tom Jane) tem uma boa vida ao lado de uma família carinhosa e um emprego que ama. Mas, seu mundo desmorona quando o seu último trabalho o coloca contra o cruel homem de negócios Howard Saint (John Travolta). Atrás de vingança pelo assassinato de sua família, Castle se torna um cruel vigilante, cuja missão é destruir Saint e toda a sua corja de assassinos. "O JUSTICEIRO" só poderá se livrar de sua dor através de algo que a lei não pode lhe dar: vingança!

Há dois momentos bem distintos nas adaptações de histórias em HQ para as telas de cinema: o fracasso retumbante de Batman & Robin (1997) e o mega sucesso de Homem-Aranha (2002). Os cinco anos que separam estas produções marcaram a incerteza deste tipo de adaptação, mesmo que X-Men (2000) tenha feito bonito nas bilheterias. Os investidores de Hollywood também acabaram encontrando nos vídeos-games um caminho para fortuna. Mas a retomada das adaptações das histórias em quadrinhos trouxe muitos outros heróis mesmo pouco conhecidos ao público em geral. O Justiceiro é um destes.

Apesar do ator Dolph “Drago” Lundgren ter vestido a camiseta do justiceiro numa produção chinfrinha de 1989, a MARVEL nunca deixou de lado a idéia de contar com mais recursos para trazer novamente às telas a saga deste herói urbano e sem poderes. Talvez o encanto esteja justamente na simplicidade da história de Frank Castle, aqui interpretado pelo razoável Thomas Jane. A vingança é o mote de sua saga, pois não há muitos detalhes ou características peculiares a respeito. O sujeito perdeu seus entes queridos assassinados e procura aniquilar com aqueles que o fizeram.

Mas tudo poderia ser mais fácil, se os responsáveis não colocassem seqüências estúpidas de tão bobas, como um assassino contratado para matar Castle entra num bar em que a vítima se encontra e toca uma música, fala uma ou outra frase, e vai embora... Ou dos vizinhos tão estereotipados do nosso herói, incluindo a maravilhosa Rebecca Romjin-Stamos. Exceto pelas cenas pirotécnicas bem elaboradas, seria fácil estar na programação da Sessão da Tarde. Na Tela Quente seria mais digno... Aguardem para a continuação prometida para 2006.

- Cenas Excluídas: duas com opção de comentários do diretor. Nada de mais.

- Dublês: documentário bacana sobre a atuação dos dublês nas cenas mais difíceis. 26 min de programação.

- Diário de Guerra: Nos Cenários de O Justiceiro – uma ampla visão de como é trabalhoso realizar um filme. Desde a pré-produção, ensaios, primeiro dia de filmagem, como foram realizados os efeitos especiais, depoimentos, a música do filme até a premiere com os astros da produção. 28min.30. Bastante didático, como saber que a média dos custos de filmes de ação é de 64 milhões de dólares.

- Comentários em áudio do diretor: ficamos sabendo que a edição final do filme tinha 2 horas e 40 minutos e foi completamente aniquilada uma história paralela de um colega do protagonista do FBI, além da abertura do filme que seria no Kuwait.

- Videoclipe com Drowning Pool em “Set Up”. (único extra sem legendas em português)

Apesar da boa programação dos extras, nos EUA saiu com uma edição bem mais digna para os fãs de O Justiceiro. Num primeiro momento, por aqui, saiu em formato tela cheia para as locadoras. Nas lojas tem em widescreen anamórfico. Mas como não saiu nos cinemas brasileiros, a primeira impressão foi ruim. A qualidade do áudio e imagem não há reparos a fazer, inclusive a dublagem em 5.1 EX. Qualquer sala vira um cinemão de primeira! Pena que o filme não ajuda. Por fim, o menu principal é lindão!