Com
Sarah Polley, Ving Rhames, Jake Weber, Mekhi Phifer, Ty Burrell, Michael Kelly,
Kevin Zegers, Michael Barry
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109
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 5.1), Português (DD 5.1)
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Inglês, Português
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Sinopse
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A enfermeira Ana (Sarah Poley), após uma noite
tranqüila com o marido, desperta no dia seguinte
e descobre que uma horda de mortos-vivos, que se
alimentam de outros seres humanos, está tomando
conta da cidade. Na sua fuga desesperada ela se une
a um pequeno grupo de sobreviventes, incluindo o
policial Kenneth (Ving Rhames), o vendedor de equipamentos
eletrônicos Michael (Jake Webber), Andre (Mehki
Phifer) e sua mulher grávida. Eles se refugiam
num shopping center abandonado, cercados pelo exército
crescente de zumbis. O único contato dos sobreviventes
com o mundo exterior são os noticiários
da TV e Andy, o dono de uma loja de armas próxima
que, também sitiado, se comunica com eles
através de cartazes e se diverte praticando
tiro ao alvo nos zumbis.
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Comentários
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Filmes de temática semelhante como Resident
Evil (2002, de Paul W. S. Anderson) e Extermínio (2002, de Danny Boyle) prepararam o terreno para
Madrugada dos Mortos, refilmagem do filme cult de
George Romero Zombie - O Despertar dos Mortos (1978).
Sem dúvida, este é o melhor exemplar
desta safra recente e que, surpreendentemente, nada
fica a dever ao original. A surpresa se justifica
por esta ser a estréia na direção
de Zack Snyder que, em um dinâmico prólogo
no qual Ana é jogada no pesadelo em que se
transformou a cidade, garante ao espectador que ele
irá assistir a um filme acima da média.
E a promessa é cumprida já nos excelentes
créditos iniciais que se seguem, onde, através
de uma colagem de imagens ao som de Johnny Cash,
o público tem conhecimento de que o mundo
está sendo tomado pelos mortos-vivos.
A
alegoria à sociedade
de consumo continua lá - os consumidores,
para não serem devorados, encastelam-se em
um shopping, o templo do consumo - mas Snyder faz
algumas alterações importantes no conceito
estabelecido por Romero. Os zumbis não são
mais as criaturas lerdas dos outros filmes, mas sim
velozes e letais como em Extermínio. Também,
diferentemente dos filmes de Romero, eles não
atacam animais, e somente vira zumbi quem é por
eles mordido, o que dá a idéia de que
se trata de uma infecção viral, como
no filme de Danny Boyle e em Resident Evil. O filme é eficazmente
sério, e nos poucos momentos em que sorrimos, é por
causa de um humor amargo e irônico.
Os
efeitos digitais e de maquiagem são excelentes, utilizados
nos momentos certos. Nesta Versão do Diretor temos quase 10 minutos de cenas adicionais, algumas
acrescentando mais sangue e violência ao filme,
mas graças a cortes rápidos e precisos,
elas nunca parecem gratuitas ou exageradas. O elenco
cumpre bem sua missão, principalmente Sarah
Polley e Ving Rhames - o papel do policial durão
caiu como uma luva para a eterna carranca do ator.
Adicionalmente os fãs reconhecerão,
em pequenas pontas, Tom Savini (que criou as maquiagens
de Zombie - O Despertar dos Mortos,
e dirigiu a ótima
refilmagem de A Noite dos Mortos-Vivos de
1990) e Ken Foree (que atuou no filme original).
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Extras
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O filme pode ser assistido com uma breve introdução
(com legendas em português) do diretor Zack
Snyder, que nos fala sobre esta versão estendida,
e com comentário de áudio do diretor
e do produtor Eric Newman (sem legendas). Para mim
o mais interessante são as referências
de Snyder ao Dawn of The Dead original (homenagens
e pontas de atores), além do fato do filme
ter sido filmado em ordem cronológica - o
que é incomum. Segue-se um interessante material
suplementar especialmente criado para o DVD, todo
legendado em português, que certamente agradará aos
fãs dos filmes do gênero:
A
Fita Perdida - vídeo de 15 minutos que
teria sido gravado pelo dono da loja de armas, Andy,
como se fosse um diário. Conforme passam os
dias (o que vemos pela data registrada pela câmera
de Andy), com seu estoque de alimentos esgotado,
ele vai ficando cada vez mais magro e desesperado;
Boletim
Especial - Na linha do extra anterior, que trata
os fatos como verídicos, este vídeo
de 20 minutos é um telejornal apresentado
pelo já falecido Richard Biggs (o Dr. Franklin
da série de TV Babylon 5) que traz novidades
sobre o alastramento da praga, comunicados da Casa
Branca e do Centro de Prevenção e Controle
de Doenças. Interessante, mas acaba ficando
comprido demais;
Cenas
dos Mortos-Vivos - 11 cenas eliminadas ou estendidas,
num total de 12 minutos de duração,
que podem ser assistidas com comentários de
Snyder e Newman;
Dores
de Cabeça de Rachar: Anatomia das Cabeças
Rachadas - featurette de cinco minutos, no qual o
técnico em efeitos de maquiagem David Leroy
Anderson mostra como as cabeças dos zumbis
foram detonadas de forma realista;
O
Ataque dos Mortos-Vivos - "perfil" de
cinco zumbis do filme, mostrando como foram contratados
os dublês que os interpretaram, e detalhes
das maquiagens e suas mortes;
Despertando
os Mortos - uma visão geral do
processo que permitiu a transformação
de centenas de extras em mortos-vivos. Ele nos dá estratégicas
informações sobre a existência
de três classes de zumbis: os recém
infectados, os completamente infectados e os já em
decomposição.
Encerrando
os extras, estranhamente não temos
um trailer de Madrugada dos Mortos, mas sim de Todo
Mundo Quase Morto (Shaun of The Dead), elogiada sátira
britânica aos filmes de zumbis, lançada
no Brasil diretamente em DVD.
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Críticas
ao DVD
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O DVD simples vem acondicionado em nossa conhecida
embalagem Amaray contendo, como já mencionado,
a Versão do Diretor estendida, incluindo cenas
que melhor definem os personagens e, entre outras "amenidades",
mais detalhes de cabeças de zumbi explodindo
(na Região 1 também foi lançada
separadamente a versão exibida nos cinemas).
O filme é apresentado em widescreen anamórfico
2.35:1, e nota-se claramente, em várias tomadas,
que foi utilizada superexposição à luz,
o que diminui a intensidade das cores. Mas trata-se
de uma decisão criativa do diretor, para dar
ao filme um clima único e aumentar a tensão.
Em outros momentos nota-se certa granulação,
mas isto claramente também é deliberado,
para tornar a imagem mais crua. As duas faixas de áudio
disponíveis (inglês e português)
são Dolby Digital 5.1, e proporcionam o inestimável
prazer de ouvir gritos de pessoas e zumbis com extrema
clareza e qualidade. Música e efeitos sonoros
são bem mixados e balanceados, e nos momentos
mais calmos ou de silêncio o som ambiental é perfeito.
Os efeitos surround são envolventes, e o canal
de graves é literalmente explosivo - se duvida,
assista/ouça a cena do tanque de gás
propano. Estão disponíveis legendas
em português e inglês.
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Resenha
publicada em 16/11/2004
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Por
Jorge Saldanha
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