Com
Anna Magnani, Ettore Garofalo, Franco Citti, Silvana
Corsini, Luisa Loiano
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106 minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Italiano (DD 2.0)
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Português
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Sinopse
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Pela
primeira vez no Brasil, Mamma Roma é apresentado
em belíssima versão restaurada e remasterizada
no formato widescreen. A grande Anna Magnani (Belíssima)
vive Mamma Roma, uma prostituta que sonha em mudar
de vida e de classe social, o que a permitiria voltar
a viver com o filho Ettore. Para tanto, decide se
casar com Carmine, seu ex-gigôlo. Infelizmente,
ela encontrará muitas dificuldades para realizar
seu sonho. Com direção precisa de Pier
Paolo Pasolini (Teorema), Mamma Roma é uma
obra-prima contundente que não pode faltar
em sua coleção. |
Comentários
Sobre o Filme
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Pasolini
conta a história de uma prostituta romana,
que com o casamento do amante decide recomeçar
uma vida honesta, em benefício do único
filho,criado por camponeses e que mal a conhece.
O filme segue-se na sua filmografia, a Accattone (61).
Muitos de seus elementos – marginalismo, prostuição,
miséria - retornam neste segundo filme. As
ruas escampados, ruínas, fundos de edifícios,
as feiras e o lixo são o cenário preciso
onde se desenrola um banal e tocante drama, com o
sentimento (ou a crueldade ou a amargura), nunca
excluído da obra dos grandes diretores do
cinema italiano - vide o extraordinário Rocco
e Seus Irmãos, de Visconti) do após
II Guerra até o fim da década de 50.
O
filme de Pasolini se enriquece na medida que o espectador
se dá conta de que é também
a fantástica contribuição de
uma criatura extraordinária, fora de série:
Anna Magnani. Uma seqüência é inesquecível.
Numa explosão de alegria, as luzes da cidade
ao fundo, ela se despede da prostituição,
por causa do filho. E vai andando, a câmara
avançando para a frente, sem parar. Começa
então um verdadeiro desfile de pessoas da
periferia romana, que entram e saem de cena, para
quem ela vai contando o motivo de sua felicidade.
Um quase clímax nesse filme concebidos nos
cânones clássicos, diretamente inspirado
na seiva popular, sem utilizar nenhum dos padrões
estéticos vigentes.
O
comentário acima é redução
de crítica minha publicada em abril de 1971
em "O Estado de SP". O filme foi lançado
no Brasil quase dez anos depois da Itália.
Agora reaparece em DVD pela Versátil.
(Carlos
M. Motta)
Mamma
Roma (1962) é um dos filmes mais
bem comportados do controvertido cineasta italiano
Píer Paolo Pasolini. Dentro de sua uniformidade
clássica, a realização de
Pasolini segue as influências de um neo-realismo
tardio, numa época em que há muito
alguns mestres da escola (Roberto Rossellini, Vittorio
de Sica, Federico Fellini) já tinham virado
a página. Mesmo assim, anacronicamente belo,
o trabalho do realizador de uma obra tão
perversa quanto Salò, ou
os 120 dias de Sodoma (1975),
seu derradeiro e cruel olhar pousado sobre o mundo
que assassinaria o cineasta em novembro de 1975,
toca-nos por sua intensa ternura na contemplação
da relação entre uma mãe (Anna
Magnani em sua mais característica interpretação)
e seu filho. Estribado na capacidade de interpretação
do elenco, Mamma Roma, lenta fluidamente,
acaba por apaixonar imperceptivelmente o espectador.
(Eron
Fagundes)
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Extras
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Vida e Obra de Pasolini: bom texto com
17 páginas mostrando a biografia do Diretor,
com sua Filmografia completa.
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Biografias: de Anna Magnani (em 15 paginas
de textos contendo sua filmografia selecionada)
e de Franco Citti (idem, com 10 páginas)
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Críticas
ao DVD
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Mais
um grande filme, considerado pela maioria como uma
obra-prima, tecnicamente muito bem transposto para
o DVD, com a imagem no formato original de cinema
(só não pude ter certeza se está adaptado às
TVs em widescreen, ou seja, anamórfico). Com
boa definição, mantendo o diálogo
no idioma original (me perdoem os que gostam de dublagens
em Português, mas Anna Mangani é muito
difícil de ser dublada, prefira o original).
Os
menus achei demasiadamente simples, os extras, quase
que nulos, com textos razoáveis e só.
Este é o tipo de filme que mereceria ao menos
um documentário e trailers (e sei que há alguns
bons documentários sobre Pasolini, se não
me engano já encartado em outro DVD da distribuidora).
Mais
um dos expoentes do cinema europeu, obrigatório
para quem quer conhecer a história do cinema.
Pra ver e se rever, vale a pena tê-lo em casa.
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Menus
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Resenha
publicada em 26/03/2004 |
Por
Carlos M. Motta (filme), Eron Fagundes
(filme)
e Edinho Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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