MAMMA ROMA (Mamma Roma)

 

Com Anna Magnani, Ettore Garofalo, Franco Citti, Silvana Corsini, Luisa Loiano

 

Diretor

Duração

Produção

Pier Paolo Pasolini

106 minutos

1962, Itália

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Clássico, Drama

Vesrsátil

12/03/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Italiano (DD 2.0)
Português

Sinopse

Pela primeira vez no Brasil, Mamma Roma é apresentado em belíssima versão restaurada e remasterizada no formato widescreen. A grande Anna Magnani (Belíssima) vive Mamma Roma, uma prostituta que sonha em mudar de vida e de classe social, o que a permitiria voltar a viver com o filho Ettore. Para tanto, decide se casar com Carmine, seu ex-gigôlo. Infelizmente, ela encontrará muitas dificuldades para realizar seu sonho. Com direção precisa de Pier Paolo Pasolini (Teorema), Mamma Roma é uma obra-prima contundente que não pode faltar em sua coleção.

Comentários Sobre o Filme

Pasolini conta a história de uma prostituta romana, que com o casamento do amante decide recomeçar uma vida honesta, em benefício do único filho,criado por camponeses e que mal a conhece. O filme segue-se na sua filmografia, a Accattone (61). Muitos de seus elementos – marginalismo, prostuição, miséria - retornam neste segundo filme. As ruas escampados, ruínas, fundos de edifícios, as feiras e o lixo são o cenário preciso onde se desenrola um banal e tocante drama, com o sentimento (ou a crueldade ou a amargura), nunca excluído da obra dos grandes diretores do cinema italiano - vide o extraordinário Rocco e Seus Irmãos, de Visconti) do após II Guerra até o fim da década de 50.

O filme de Pasolini se enriquece na medida que o espectador se dá conta de que é também a fantástica contribuição de uma criatura extraordinária, fora de série: Anna Magnani. Uma seqüência é inesquecível. Numa explosão de alegria, as luzes da cidade ao fundo, ela se despede da prostituição, por causa do filho. E vai andando, a câmara avançando para a frente, sem parar. Começa então um verdadeiro desfile de pessoas da periferia romana, que entram e saem de cena, para quem ela vai contando o motivo de sua felicidade. Um quase clímax nesse filme concebidos nos cânones clássicos, diretamente inspirado na seiva popular, sem utilizar nenhum dos padrões estéticos vigentes.

O comentário acima é redução de crítica minha publicada em abril de 1971 em "O Estado de SP". O filme foi lançado no Brasil quase dez anos depois da Itália. Agora reaparece em DVD pela Versátil.

(Carlos M. Motta)

Mamma Roma (1962) é um dos filmes mais bem comportados do controvertido cineasta italiano Píer Paolo Pasolini. Dentro de sua uniformidade clássica, a realização de Pasolini segue as influências de um neo-realismo tardio, numa época em que há muito alguns mestres da escola (Roberto Rossellini, Vittorio de Sica, Federico Fellini) já tinham virado a página. Mesmo assim, anacronicamente belo, o trabalho do realizador de uma obra tão perversa quanto Salò, ou os 120 dias de Sodoma (1975), seu derradeiro e cruel olhar pousado sobre o mundo que assassinaria o cineasta em novembro de 1975, toca-nos por sua intensa ternura na contemplação da relação entre uma mãe (Anna Magnani em sua mais característica interpretação) e seu filho. Estribado na capacidade de interpretação do elenco, Mamma Roma, lenta fluidamente, acaba por apaixonar imperceptivelmente o espectador.

(Eron Fagundes)

Extras

- Vida e Obra de Pasolini: bom texto com 17 páginas mostrando a biografia do Diretor, com sua Filmografia completa.

- Biografias: de Anna Magnani (em 15 paginas de textos contendo sua filmografia selecionada) e de Franco Citti (idem, com 10 páginas)

Críticas ao DVD

Mais um grande filme, considerado pela maioria como uma obra-prima, tecnicamente muito bem transposto para o DVD, com a imagem no formato original de cinema (só não pude ter certeza se está adaptado às TVs em widescreen, ou seja, anamórfico). Com boa definição, mantendo o diálogo no idioma original (me perdoem os que gostam de dublagens em Português, mas Anna Mangani é muito difícil de ser dublada, prefira o original).

Os menus achei demasiadamente simples, os extras, quase que nulos, com textos razoáveis e só. Este é o tipo de filme que mereceria ao menos um documentário e trailers (e sei que há alguns bons documentários sobre Pasolini, se não me engano já encartado em outro DVD da distribuidora).

Mais um dos expoentes do cinema europeu, obrigatório para quem quer conhecer a história do cinema. Pra ver e se rever, vale a pena tê-lo em casa.

Menus
Resenha publicada em 26/03/2004
Por Carlos M. Motta (filme), Eron Fagundes (filme)
e Edinho Pasquale (DVD)


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