“A América - e o mundo - se apaixonaram-se
por Marty, o primeiro filme a ganhar tanto o Oscar® de
Melhor Filme quanto a Palma de Ouro do Festival de
Cannes. Indicado para um total de oito categorias
do Oscar®, esse clássico imortal está repleto
de risos e lágrimas - uma obra prima da arte
de contar histórias” (The Hollywood
Reporter). Tenho procurado uma garota todas as noites
de sábado da minha vida, diz Marty Piletti
(Ernest Borgnini). No entanto,apesar de todos os
seus esforços, este açougueiro do Bronx,
aos 34 anos, continua sendo tímido e sentindo-se
tão sem jeito perto de mulheres quanto no
dia em que nasceu. Então, quando ele conhece
Clara (Betsy Blair), uma solitária professora
que está tão encantada com ele quanto
ele está com ela, Marty se sente nas nuvens,
mas nem todo mundo compartilha da alegria de Marty.
Como seus amigos e família continuamente criticam
Clara, até mesmo Marty começa a duvidar
de seu novo amor... até que ele descobre,
de uma forma extraordinária, a força
e a coragem para seguir o que manda seu coração.
|
Com “Marty”, temos o maior exemplo de
como o século passado foi totalmente diferente
no que diz respeito às relações
interpessoais. Hoje é raro ver os familiares
e amigos insistindo para que um homem case, com medo
do que diriam os vizinhos. Pois é justamente
o enredo deste clássico, com uma história
curta, mas cheia de emoção, daquelas
que não vemos mais nos filmes de hoje.
Marty
Piletti (Ernest Borgnine) se considera feio e sem
muito desprendimento com o sexo oposto, até que
conhece Clara (Betsy Blair), que demonstra ter dificuldades
idênticas. Neste caso, não vale a regra
de que “os opostos que se atraem”, mas
a de que “as espécies se procuram”.
Passado o primeiro encontro, surgem as dispensáveis
opiniões de terceiros, só para atormentar
o pobre protagonista.
Em
verdade, quando pensei que o filme estivesse começando,
ele terminou. É que a sinopse acima, presente
na caixa do DVD, conta exatamente o filme, do início
ao fim. Isso não impede que seja apreciado
pelos admiradores de clássicos, acostumados
com a simplicidade e a inocência, qualidades
que não poderiam faltar em um filme rodado
nos idos de 1950. Ainda mais que, em seu tempo, venceu
quatro das oito categorias do Oscar® a que foi
indicado (filme, ator, diretor, ator coadjuvante,
atriz coadjuvante, roteiro, fotografia em preto e
branco, direção de arte em preto e
branco/decoração de cenário)
o que é difícil de imaginar, já que
nossos olhos não conseguem ver outra coisa
nas telonas além de efeitos especiais.
Um fato curioso é que “Marty” foi o primeiro filme americano
a ser apresentado na União Soviética desde a 2ª Guerra Mundial,
exibido em Moscou, durante um intercâmbio cultural, em 1959.
Se
o Cine Conhecimento da TV Futura ainda não
rodou este filme, aqui fica a sugestão.
|