MEPHISTO (Mephisto)

 

Com Klaus Maria Brandauer, Krystyna Janda, Ildikó Bánsági

 

Diretor

Duração

Produção

István Szabó

166 minutos

1981, Alemanha

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama

New Line

18/11/2002

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Alemão (DD 2.0)
Português
E
Sinopse

lemanha, 1930. Hendrik Höfgen (Klaus Maria Brandauer), é um ambicioso ator que não se interessa por política, se dedicando somente à sua carreira. Porém, quando os nazistas começam a tomar o poder, ele aproveita a oportunidade para interpretar peças de propaganda nazista para o Reich, e logo acaba se transformando no mais popular ator da Alemanha. Consumido pela fama, Handrik agora precisa sobreviver em um mundo onde a ideologia do mal é seu pior pesadelo e o verdadeiro preço da alma de um homem, se transforma na medida mais desprezível de todas.

Comentários Sobre o Filme

Na última seqüência de Mephisto (1981), filme húngaro de Istvan Szabo, ambientado na Alemanha nazista e cujos incidentes foram retirados da biografia que Klaus Mann (filho do grande romancista Thomas Mann) fez sobre a vida do ator Gustav Grundgens, um forte e insuportável facho de luz, manipulado pelos oficiais nazistas, incomoda um indivíduo e ofusca sua visão. Este indivíduo é o famoso ator Heindrick Hofgens, conhecido por sua caracterização como Mefistófeles na peça Fausto; após mais uma bem-sucedida noitada no Teatro Municipal, cuja presidência o ator deve a uma série de concessões que fez ao sistema, o primeiro-ministro nazista o submete a este simbólico jogo de luz. Heindrick pergunta-se, na última imagem da fita: “Eu sou apenas um ator; que querem eles de mim?” Nesta seqüência final Szabo alterna grandes planos abertos e luz com primeiros da face desesperada e embranquecida de sua personagem central.

Mephisto é uma angustiada reflexão sobre a manipulação que os sistemas de força impõem aos indivíduos. O ator Heindrick (numa extraordinária interpretação do austríaco Klaus Maria Brandauer), que, no passado, em Hamburgo, esteve ligado a um teatro bolchevique, revolucionário e antiburguês, torna-se em Berlim mais uma força do nazismo, que acaba por manipular sua criatividade.

A linguagem de Mephisto é sóbria e sombria; há sempre uma objetividade muito forte, apesar dos símbolos goethianos de que se vale o cineasta húngaro. Buscando em Mefistófeles um equivalente da alma alemã (vendida ao nazismo), Mephisto não chega a ser uma obra-prima, mas é um trabalho de extrema sinceridade sobre a manipulação que o poder totalitário exerce sobre a personalidade das pessoas.

Se o nazismo se vale do facho de luz para atordoar os indivíduos e melhor dominá-los, o cinema, nas mãos de autores como István Szabó, dele se utiliza para aclarar a cabeça dos espectadores e alertá-los do perigo de ver estancadas suas aspirações mais pessoais graças à ingestão, em seu interior, dum simples facho de luz. (Eron Fagundes)

Extras

- Biografia: de István Szabó (3 páginas de texto) e Klaus Maria Brandauer (2)

- Sinopse: 2 páginas de texto

- Entrevista com o Diretor e Ator Principal: depoimentos do diretor Szabó e do ator Klaus Maria Brandauer onde eles falam do seus inícios de carreira, suas influências, como foi realizar o filme, o processo de atuar, o nazismo e política feita em 2001, com quase 22 minutos.

Críticas ao DVD

Um exemplo a ser seguido pelas grandes distribuidoras: este DVD tem a opção de formato de tela, a ser definido Widescreen, Standard ou Pan & Scan. Pena que o áudio não tem a opção da dublagem, é importante para alguns.

Os menus são bem realizados, animados, os extras se resumem a alguns textos e uma ótima entrevista. Poderia ter ao menos o trailer original.

Um ótimo filme, num DVD igual à versão americana, com a excelente surpresa do formato de tela. Vale à pena.

Menus
Resenha publicada em 13/11/2003
Por Eron Fagundes e Edinho Pasquale

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