MEU NOME É COOGAN (Coogan’s Bluff)

Com: Clint Eastwood, Susan Clark, Don Stroud, Tisha Sterling, Betty Field e Lee J. Cobb.

Direção

Duração

Produção

Don Siegel

94 minutos.

1968. EUA.

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Policial

UNIVERSAL.
set/2002

Cotação:

Sinopse

Este filme do Velho Oeste tendo como cenário a cidade de Nova York dos anos sessenta, conta a história de um xerife do Arizona que acompanha um prisioneiro extraditado e perde-o no denso desfiladeiro de Manhattan. Em MEU NOME É COOGAN utiliza esta estrutura cinematrográfica para proporcionar um toque de humor e desenvolver uma genealogia inspirada no contraste entre o enigmático e perigoso bandido do velho oeste americano, protagonizado por Clint Eastwood, e os cafetões, vigaristas, hippies e policiais que ele acaba conhecendo na grande cidade. Este é, sem dúvida, o filme mais divertido e mais violento de Don Siegel. Um trabalho comparável a Brigada Homicida nos estudos sobre urbanismo e sobre o individualismo das personagens, MEU NOME É COOGAN é mais descontraído do que seu antecessor, usando uma variedade criativa de personagens e locações.

Comentários Sobre o Filme
(por Eron Duarte Fagundes)

Ao vasculhar os lançamentos em DVD, o espectador pode reencontrar suas velhas questões cinematográficas, o melhor do cinema do norte-americano Donald Siegel, dando com Meu nome é Coogan (Coogan’s bluff; 1968).
Siegel é um destes raros realizadores americanos que atingiu um padrão clássico de filmar muito pessoal. A linguagem cinematográfica de Meu nome é Coogan é única e revela como um cineasta-autor é capaz de utilizar os clichês da indústria (a perseguição de moto do final do filme é, como aquele tiroteio num bar em O último pistoleiro, 1976, igualmente de Siegel, um exemplo de invenção fílmica em cima do trivial) de maneira plasticamente sedutora e com uma profundidade que se não é a européia, ao menos se coloca muito à frente da mesmice da Hollywood de hoje.

Siegel é um diretor hollywoodiano clássico, afeiçoado aos filmes de gênero, como o western e o policial. Em Meu nome é Coogan ele envereda pelos mitos do faroeste; a execução cinematográfica vai dar num neo-faroeste, capaz de sobreviver aos anos, pois a análise do xerife caipira de Arizona que chega a Nova Iorque em busca dum prisioneiro perigoso permite confrontar um assunto sempre atual –o ruralismo e o urbanismo segundo a ótica ianque. Clint Eastwood, jovem e ainda sem os trejeitos de estrela que os anos lhe deram, está bem adequado ao papel do protagonista, em torno do qual desfila o universo da lei (policiais, incluindo uma bela mulher com quem ele se envolve) e da marginalidade (vai aí a louca fêmea do bandido, que acaba por seduzir a personagem de Eastwood). (por Eron Duarte Fagundes)

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Italiano em MONO.
Português, Inglês e Espanhol
Extras

Não sei onde li, mas a frase não é minha: “vazio como o sertão brasileiro”.

Críticas ao DVD

O fato é que este DVD ainda não foi lançado nos EUA ao tempo desta resenha, o que me deixou intrigado, por não ser um filme ‘menor’ muito menos independente. Ainda, consta no DVD que o disco é apto à região 1 (EUA). Fora este mistério, o DVD peca por não ter um extra sequer, a imagem não é boa, a transferência não foi adequada e som não foi remasterizado, ou seja, ficamos apenas com o áudio da época do lançamento do filme. Bem, o que esperar se não uma edição especial deste DVD?

Resenha publicada em 1/5/2003  

Por Marcelo Hugo da Rocha 

 



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