Jennifer é uma
jovem de 17 anos cheia de piercings e fissurada em
cemitérios. Randall é um vendedor de
meia-idade, com uma vida organizada e avesso a novidades.
Quando esses dois opostos se encontram, a reação
em cadeia provoca uma explosiva fusão. Desesperada
para fugir de sua irritante mãe e suas avoadas
colegas, a punk rebelde Jennifer impulsivamente se
candidata a um emprego na conservadora butique de
Randall. Logo começa uma amizade muito improvável
e, ao mesmo tempo em que Randall tenta mostrar as
possibilidades futuras de Jennifer, ela descobre
o extraordinário segredo do passado dele.
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Este é um
daqueles pequenos grandes filmes. O infeliz título
(ainda pior em português) nos leva a um filme
banal, cheio de "sexo, drogas e rock n´roll" ou
uma bobagem adolescente "como perdi a minha
virgindade". Na verdade não é nada
disso. Até começa com essa idéia,
ao mostrar a adolescente “J” (Leelee,
a loura de “Casa de Vidro” e “De
Olhos Bem Fechados”), uma gótica bem
radical e seus problemas do dia-a-dia, seu “anti-relacionamento” com
pais e sociedade, com toques de comédia. Até que
ela conhece “Randall” (Albert Brooks,
de “Nos Bastidores da Notícia” e “Mãe É Mãe”,
muito bem no papel), onde o tom de comédia
ainda prevalece, mas vai dando um tom mais sério,
com algumas reviravoltas.
O
que poderia ser um grande lugar-comum (o chamado “clichê”)
acaba se tornando um drama sensível nas mãos
da diretora Lahti (atriz de “Justiça
para Todos” e “Um Golpe no Destino”,
mais conhecida em produções para a
TV), no seu primeiro trabalho como diretora de longa
para o cinema. Ela, aliás, faz uma breve cena
não creditada.
A
trama nos envolve aos poucos, até o seu quase
previsível final. Quando percebemos, lá se
foi o filme, ou seja, o tempo passou e tivemos um
bom entretenimento. Uma produção pequena,
com ótimos atores (note a ponta de John Goodman),
roteiro e direção. A velha história
sobre pessoas que chamamos de "diferentes" que,
na verdade são como todos nós, ressaltando
alguns valores por vezes meio perdidos como a família
e a amizade.
Não
teve grande repercussão, mas vale dar uma
olhada, você poderá se surpreender (no
bom sentido).
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Um
DVD com ótima qualidade de imagem, no formato
original de cinema, com boa fotografia e cores vivas.
O áudio, em 5.1 canais, está bom em
Inglês (embora as caixas traseiras não
sejam muito utilizadas), mas razoável na sempre
desejável dublagem em Português. As
falas estão “emboladas”.
Os
menus são estáticos e simples, os extras
praticamente nenhum, ainda mais se levarmos em conta
que a maioria do público não se interessa
por comentários em áudio. Pelo menos
está com legendas.
Um
DVD que merece ser descoberto, pelo ótimo
filme nele contido.
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