Com
Victor Sjöstrom, Bibi Andersson, Ingrid Thulin,
Gunnar Björnstrand
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95 minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Sueco (DD 2.0)
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Português
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Sinopse |
Morangos
Silvestres é uma das obras máximas
do mestre Ingmar Bergman, sempre nas listas dos melhores
da história do cinema. Esta Edição
de Colecionador traz a magnífica versão
restaurada e remasterizada do longa-metragem, além
de extras preciosos, como uma galeria de fotos raras
dos bastidores. No caminho da Universidade de Lund,
onde receberá um prêmio pelos 50 anos
de carreira, o professor de medicina Isak Borg (interpretado
pelo cineasta Victor Sjöstrom) relembra os principais
momentos de sua vida, temendo a morte que se aproxima.
Ao lado de Umberto D., de Vittorio de Sica, e Viver,
de Akira Kurosawa, Morangos Silvestres é um
dos mais belos filmes sobre a velhice e a memória.
Essencial. |
Comentários
Sobre o Filme |
O
sueco Ingmar Bergman tem feito filmes para expor a
dor de dente na alma a que ele se referiu num de seus
textos-roteiro editados no Brasil. Pode dizer-se que Morangos
silvestres é um de seus mais belos
olhares cinematográficos para esta questão
que o tem obcecado como um pensador incrustado no cinema:
o saber não ajuda ninguém a ter um comportamento
emocional melhor. Para definir estas personagens eruditas
(profundamente nórdicas) que, todavia, mantêm
relacionamentos humanos precários, Bergman cunhou
outra de suas expressões antológicas:
são os analfabetos sentimentais.
O
professor Isak Borg, protagonista de Morangos
silvestres, é um médico a que
cinqüenta anos de profissão deram prestígio
e conhecimento. Acompanhado de sua nora, ele empreende
uma longa viagem de carro até a cidade universitária
de Lund onde receberá um título honorífico.
Durante este trânsito Bergman encena com suas
câmaras lembranças e pesadelos em que
se evidencia a dificuldade de se relacionar com os
seus que o professor Borg exibiu desde a infância.
Ao longo da viagem, o tema do casamento infernal aparece
no casal a que Borg dá carona e nas alusões à crise
matrimonial de sua nora; um e outro são projeções
daquilo que não é referido em cena, o
casamento sem amor do protagonista e a amada de infância
que lhe foi roubada por seu irmão.
Pode-se
avaliar a influência desta obra-prima de Bergman
pela homenagem que cineastas tão bons quanto
o espanhol Carlos Saura e o norte-americano Woody Allen
lhe fizeram em filmes que estão entre os melhores
das carreiras destes realizadores. Em Morangos
silvestres há uma cena dentro do carro
em que a nora e o filho do professor Borg discutem;
a mulher tenta reaproximar-se do marido, falando da
gravidez, mas o homem permanece duro, quase um ser
de morte destes que Bergman gosta de colocar em seus
filmes. Em Elisa, vida minha (1977)
o espanhol Saura refilma uma discussão de casal
dentro dum carro, semelhando a angulação
e a conduta dos atores bergmanianas, invertendo uma
coisinha, a mulher é que é dura, o mole é o
homem. O americano Allen, bergmaniano até à medula,
faz que sua personagem em Desconstruindo Harry (1997)
receba uma homenagem universitária (como ex-aluno)
exatamente como Borg recebe a sua (como professor)
em Morangos silvestres.
Soberbo,
Bergman era ainda em Morangos silvestres um
doce-amargo, sem a plena crueldade de O mundo
de luz e sombras (1997), sua mais recente
obra-prima, feita para a televisão e sem circulação
nos cinemas. Porém inegavelmente seu filme de
1957 está entre suas investigações
metafísicas mais profundas. (por Eron
Fagundes) |
Extras
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Galeria de Fotos: dividida em "A
Campanha de Divulgação" (2 fotos,
um banner e um pôster em Estocolmo), "O
Elenco" (8 fotos de divulgação
dos atores), "Bastidores" (22 fotos de
cenas raras de Bergman e as filmagens)
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Filmografia Ilustrada de Bergman: todos
os filmes realizados pelo diretor, a sua grande
maioria com pelo menos uma foto do filme.
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Biografias: de Ingmar Bergman (17 páginas
de texto, um ótimo descritivo sobre o diretor,
bem detalhado), Bibi Andersson (10 páginas,
com uma breve história da atriz, com uma
filmografia selecionada), Victor Sjöstrom
(indem, em 13 páginas), Ingrid Thulin (o
mesmo conceito dos anteriores, com 11 páginas) |
Críticas
ao DVD
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Um
belo DVD, em que pese a idade do filme. Por isso,
por se tratar de “cinema europeu”, sem
a grande estrutura “Hollywoodiana”, tem
muitas qualidades. A começar pela imagem,
remasterizada, de ótima qualidade. O áudio,
original em Sueco, também esta muito bom,
talvez uma dublagem em português fosse interessante.
Os
extras, apesar de “parecerem poucos”,
têm a sua importância, pois tem ótimos
textos e imagens em fotos, muito relevantes e importantes.
Um
filme clássico num DVD muito correto. |
Menus
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Resenha
publicada em 21/10/2003 |
Por
Eron Fagundes e Edinho Pasquale
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Seu
comentário
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