MORANGOS SILVESTRES (Smultronstället)

 

Com Victor Sjöstrom, Bibi Andersson, Ingrid Thulin, Gunnar Björnstrand

 

Diretor

Duração

Produção

Ingmar Bergman

95 minutos

1957, Suécia

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Clássico

Versátil

06/10/2003

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Sueco (DD 2.0)
Português

Sinopse

Morangos Silvestres é uma das obras máximas do mestre Ingmar Bergman, sempre nas listas dos melhores da história do cinema. Esta Edição de Colecionador traz a magnífica versão restaurada e remasterizada do longa-metragem, além de extras preciosos, como uma galeria de fotos raras dos bastidores. No caminho da Universidade de Lund, onde receberá um prêmio pelos 50 anos de carreira, o professor de medicina Isak Borg (interpretado pelo cineasta Victor Sjöstrom) relembra os principais momentos de sua vida, temendo a morte que se aproxima. Ao lado de Umberto D., de Vittorio de Sica, e Viver, de Akira Kurosawa, Morangos Silvestres é um dos mais belos filmes sobre a velhice e a memória. Essencial.

Comentários Sobre o Filme

O sueco Ingmar Bergman tem feito filmes para expor a dor de dente na alma a que ele se referiu num de seus textos-roteiro editados no Brasil. Pode dizer-se que Morangos silvestres é um de seus mais belos olhares cinematográficos para esta questão que o tem obcecado como um pensador incrustado no cinema: o saber não ajuda ninguém a ter um comportamento emocional melhor. Para definir estas personagens eruditas (profundamente nórdicas) que, todavia, mantêm relacionamentos humanos precários, Bergman cunhou outra de suas expressões antológicas: são os analfabetos sentimentais.

O professor Isak Borg, protagonista de Morangos silvestres, é um médico a que cinqüenta anos de profissão deram prestígio e conhecimento. Acompanhado de sua nora, ele empreende uma longa viagem de carro até a cidade universitária de Lund onde receberá um título honorífico. Durante este trânsito Bergman encena com suas câmaras lembranças e pesadelos em que se evidencia a dificuldade de se relacionar com os seus que o professor Borg exibiu desde a infância. Ao longo da viagem, o tema do casamento infernal aparece no casal a que Borg dá carona e nas alusões à crise matrimonial de sua nora; um e outro são projeções daquilo que não é referido em cena, o casamento sem amor do protagonista e a amada de infância que lhe foi roubada por seu irmão.

Pode-se avaliar a influência desta obra-prima de Bergman pela homenagem que cineastas tão bons quanto o espanhol Carlos Saura e o norte-americano Woody Allen lhe fizeram em filmes que estão entre os melhores das carreiras destes realizadores. Em Morangos silvestres há uma cena dentro do carro em que a nora e o filho do professor Borg discutem; a mulher tenta reaproximar-se do marido, falando da gravidez, mas o homem permanece duro, quase um ser de morte destes que Bergman gosta de colocar em seus filmes. Em Elisa, vida minha (1977) o espanhol Saura refilma uma discussão de casal dentro dum carro, semelhando a angulação e a conduta dos atores bergmanianas, invertendo uma coisinha, a mulher é que é dura, o mole é o homem. O americano Allen, bergmaniano até à medula, faz que sua personagem em Desconstruindo Harry (1997) receba uma homenagem universitária (como ex-aluno) exatamente como Borg recebe a sua (como professor) em Morangos silvestres.

Soberbo, Bergman era ainda em Morangos silvestres um doce-amargo, sem a plena crueldade de O mundo de luz e sombras (1997), sua mais recente obra-prima, feita para a televisão e sem circulação nos cinemas. Porém inegavelmente seu filme de 1957 está entre suas investigações metafísicas mais profundas. (por Eron Fagundes)

Extras

- Galeria de Fotos: dividida em "A Campanha de Divulgação" (2 fotos, um banner e um pôster em Estocolmo), "O Elenco" (8 fotos de divulgação dos atores), "Bastidores" (22 fotos de cenas raras de Bergman e as filmagens)

- Filmografia Ilustrada de Bergman: todos os filmes realizados pelo diretor, a sua grande maioria com pelo menos uma foto do filme.

- Biografias: de Ingmar Bergman (17 páginas de texto, um ótimo descritivo sobre o diretor, bem detalhado), Bibi Andersson (10 páginas, com uma breve história da atriz, com uma filmografia selecionada), Victor Sjöstrom (indem, em 13 páginas), Ingrid Thulin (o mesmo conceito dos anteriores, com 11 páginas)

Críticas ao DVD

Um belo DVD, em que pese a idade do filme. Por isso, por se tratar de “cinema europeu”, sem a grande estrutura “Hollywoodiana”, tem muitas qualidades. A começar pela imagem, remasterizada, de ótima qualidade. O áudio, original em Sueco, também esta muito bom, talvez uma dublagem em português fosse interessante.

Os extras, apesar de “parecerem poucos”, têm a sua importância, pois tem ótimos textos e imagens em fotos, muito relevantes e importantes.

Um filme clássico num DVD muito correto.

Menus
Resenha publicada em 21/10/2003
Por Eron Fagundes e Edinho Pasquale

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