MULHERES PERFEITAS (The Stepford Wifes)

 

Com Nicole Kidman, Matthew Broderick, Bete Midler, Christopher Walken, Faith Hill, Glenn Close

 

Diretor

Duração

Produção

Frank Oz

93 minutos

2004, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia

Universal

17/01/2005

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1), Português (DD 5.1), Espanhol (DD 5.1)
Inglês, Português, Espanhol

Sinopse

"Joanna Eberhart é uma bem-sucedida executiva de um canal de TV, até o dia em que um de seus reality shows dá errado. Ela é demitida e entra em depressão. Tentando ajudá-la, seu marido Walter resolve levar toda a família para morar em Stepford, uma pequena cidade no interior que parece o paraíso na Terra. Tudo lá é perfeito: as casas são computadorizadas, a vizinhança nunca dá problemas, as crianças são alegres, as mulheres são excelentes donas de casa Joanna acha o lugar esquisito. Seria possível toda esta perfeição? Ou Stepford estaria escondendo um terrível segredo?"

Comentários

É muito fácil explicar o relativo fracasso de Mulheres Perfeitas (The Stepford Wives) nos Estados Unidos e nada tem a ver com brigas entre o elenco ou mudanças na versão final. É simplesmente porque o filme é uma sátira, uma grande farsa. E todo mundo sabe que é o gênero mais difícil, menos comercial. Simplesmente porque exige uma platéia inteligente e informada. O que é sempre difícil de conseguir (há uma frase clássica do povo do teatro que afirma: "A sátira sempre fecha no sábado à noite". Refere-se ao público sem compromisso que não está muito disposto a raciocinar. O que atualmente piorou muito. A platéia todo mundo percebe, está cada vez mais burra, mais preguiçosa e menos informada.) Portanto, o filme é para poucos; Por outro lado, com sua metragem muito curta (93 minutos) e um final que tem cara de refeito, o filme certamente teve seus problemas de realização. E tem um problema grave de que não consegue se recuperar: Nicole Kidman não combina nada com seu parceiro aqui Matthew Broderick, que é mais baixo do que ela. Não há a menor química entre eles. E isso atrapalha a fita que é uma refilmagem muito modificada de um famoso livro de Ira Levin, o mesmo autor de O Bebe de Rosemary (com quem tem semelhanças de estrutura).

Houve uma versão anterior que nunca passou em nossos cinemas e apenas na televisão como Esposas em Conflito (1975, com Katharine Ross) do qual vi apenas trechos e que levava a história a sério, como suspense, culminando com a descoberta de que as esposas eram robôs (aqui já assumem que o público imagina isso, dando a dica até no trailer). Essa versão sai mês que vem em DVD pela Paramount. Depois disso, a história foi refeita para a teve americana, diversas vezes (A Vingança das Esposas de Stepford, 80; As Crianças de Stepford, 87; Os Maridos de Stepford, 96 e A vida de Stepford, 2001). Dirigido pelo especialista em comédia Frank Oz (que fez parte dos Muppets e dirigiu Os Safados e Será que Ele é?), o filme assume que o espectador já vem disposto a se divertir com a idéia de que os homens no fundo são tão machistas que adorariam a idéia que as mulheres lhes fizessem suas vontades, lhe tratassem como mestres e senhores. Ou seja, que fossem robôs. Aqui, o ponto de partida é mais ou menos esse (claro que a intenção é mostrar que muitas mulheres mesmo não sendo realmente robôs, se comportam como tal na vida real). Isso numa comunidade rica de subúrbio chamada Stepford para onde se muda o casal Nicole e Matthew.

O roteiro de Paul Rudnick, faz questão de colocar logo de cara a figura de super executiva de Nicole que é a diretora de uma grande rede de teve especializada em reality shows. E que sofre um atentado. (Reparem como Nicole é também excelente comediante, logo na primeira entrada dela, por seu andar, já dá para sacar que ela esta fazendo humor). Perde tudo e magoada muda-se para o interior. E assim conhece aquela estranha comunidade de loiras burras controlada pela matriarca Glenn Close (uma pena como ela continua caricata e fazendo Cruela de Vil) e o marido dela cientista (o sempre sinistro e competente Christophen Walken). Não demora para Broderick ser absorvido pelos colegas e ser seduzido para também fazer uma operação na cabeça de Nicole (o filme é muito rápido e no DVD deve ter muita cena cortada) colocando um chip para ela ficar boazinha. Para provocar piadas, o filme dá também a dupla um outro casal de alivio cômico, Bette Midler (que representa as judias) e Jon Lovitz. E o toque moderno, claro que inventado por Rudnick que é gay assumido, há também integrado no grupo um casal gay (e um deles, é o pior, um gay republicano!). Para rir de tudo isso, é preciso estar preparado para se divertir o que não é tão fácil. Ultimamente, tenho visto as pessoas cada vez mais travadas para comédias e, muitas delas nem perceberam, por exemplo, que Mean Girls/Garotas Malvadas é também uma sátira, ainda que menos pretensiosa. Essas se abstenham do filme.

Eu, apesar de alguns defeitos, gostei muito de Nicole e me diverti com a fita. (Rubens Ewald Filho)

Extras

- Comentários do Diretor Frank Oz: devidamente legendado, com boas e interessantes informações, um extra para os apreciadores da direção no cinema.

- Um Mundo Perfeito - O Making Of de Mulheres Perfeitas: um bem realizado e tradicional documentário, com boas informações genéricas e edição. Traz as entrevistas, curiosidades e muitas cenas de bastidores, nos seus quase 20 minutos.

- Stepford - Os Arquitetos: seguindo a linha do anterior, desta vez com 6 minutos, boas curiosidades focadas no roteiro e produção do filme.

- Stepford - A Definição: depoimentos do elenco e equipe técnica do que significa o “lugar perfeito” para os homens. Bem bacana. Com quase 4 minutos.

- As Mulheres Perfeitas: mais um pequeno documentário bem produzido, desta vez com o tema “mulheres perfeitas”. Com 10 minutos, segue o padrão dos demais documentários curtos (featurettes).

- Os Maridos de Stepford: para finalizar a série de featurettes, o tema da vez é um bem humorado confronto sobre os homens que desejam, no filme, a mulher perfeita. Com 8 minutos.

- Stepford - Cenas Cortadas/Ampliadas: são 6 cenas, algumas bem interessantes que até mereceriam entrar na edição final do filme. Podem ser vistas individualmente ou de uma vez só, em seqüência.

- Stepford - Erros de Gravação: um clipe de 4 minutos e meio repleto de “falhas nossas”. Divertido.

- Trailers: Teaser e Trailer de Cinema.

Todos os extras estão legendados em Português, Espanhol e Inglês.

Críticas ao DVD

Dá gosto de ver o capricho de alguns DVDs lançados pela Universal, com o selo da DreamWorks. Tecnicamente impecável, idêntica à versão americana, sob todos os principais aspetos: excelente imagem no formato de cinema, com boa taxa de compressão sem desgastes ou compressões muito aparentes, áudio em 5.1 canais nos três idiomas, bem distribuídos e abrangentes. Os menus são simpáticos, na sua maioria animados. Os extras são de ótimo tamanho para quem aprecia os detalhes de uma produção de cinema. E todos legendados. A embalagem não tem erros, fica apenas faltando um encarte com informações sobre a divisão dos capítulos. Há um pequeno erro de grafia ("arquitectos") no menu de extras, mas nada relevante. Ah se todos os lançamentos da distribuidora (e, porque não, das demais) fossem assim. Um filme que não é fácil para todo o tipo de público, bem irônico, merece ser ao menos locado. Para os fãs e colecionadores de filmes interessantes (e da ótima Nicole Kidman), um produto imperdível.

Menus
Resenha publicada em 03/06/2005
Por REF (filme) e Edinho Pasquale

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