Com
Nicole Kidman, Matthew Broderick, Bete Midler, Christopher
Walken, Faith Hill, Glenn Close
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93
minutos
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SOM & IMAGEM |
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EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 5.1), Português (DD 5.1), Espanhol (DD 5.1)
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Inglês, Português, Espanhol
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Sinopse
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"Joanna Eberhart é uma bem-sucedida executiva
de um canal de TV, até o dia em que um de
seus reality shows dá errado. Ela é demitida
e entra em depressão. Tentando ajudá-la,
seu marido Walter resolve levar toda a família
para morar em Stepford, uma pequena cidade no interior
que parece o paraíso na Terra. Tudo lá é perfeito:
as casas são computadorizadas, a vizinhança
nunca dá problemas, as crianças são
alegres, as mulheres são excelentes donas
de casa Joanna acha o lugar esquisito. Seria possível
toda esta perfeição? Ou Stepford estaria
escondendo um terrível segredo?"
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Comentários
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É muito
fácil explicar o relativo fracasso de Mulheres
Perfeitas (The Stepford Wives) nos Estados
Unidos e nada tem a ver com brigas entre o elenco
ou mudanças na versão final. É simplesmente
porque o filme é uma sátira, uma grande
farsa. E todo mundo sabe que é o gênero
mais difícil, menos comercial. Simplesmente
porque exige uma platéia inteligente e informada.
O que é sempre difícil de conseguir
(há uma frase clássica do povo do teatro
que afirma: "A sátira sempre fecha no
sábado à noite".
Refere-se ao público sem compromisso que não
está muito disposto a raciocinar. O que atualmente
piorou muito. A platéia todo mundo percebe,
está cada vez mais burra, mais preguiçosa
e menos informada.) Portanto, o filme é para
poucos; Por outro lado, com sua metragem muito curta
(93 minutos) e um final que tem cara de refeito,
o filme certamente teve seus problemas de realização.
E tem um problema grave de que não consegue
se recuperar: Nicole Kidman não combina nada
com seu parceiro aqui Matthew Broderick, que é mais
baixo do que ela. Não há a menor química
entre eles. E isso atrapalha a fita que é uma
refilmagem muito modificada de um famoso livro de
Ira Levin, o mesmo autor de O Bebe de Rosemary (com
quem tem semelhanças de estrutura).
Houve
uma versão anterior que nunca passou em nossos
cinemas e apenas na televisão como Esposas
em Conflito (1975, com Katharine Ross) do
qual vi apenas trechos e que levava a história
a sério, como suspense, culminando com a descoberta
de que as esposas eram robôs (aqui já assumem
que o público imagina isso, dando a dica até no
trailer). Essa versão sai mês que vem
em DVD pela Paramount. Depois disso, a história
foi refeita para a teve americana, diversas vezes
(A Vingança das Esposas de Stepford,
80; As Crianças de Stepford, 87; Os
Maridos de Stepford, 96 e A vida
de Stepford, 2001). Dirigido pelo especialista
em comédia Frank Oz (que fez parte dos Muppets
e dirigiu Os Safados e Será que Ele é?),
o filme assume que o espectador já vem disposto
a se divertir com a idéia de que os homens
no fundo são tão machistas que adorariam
a idéia que as mulheres lhes fizessem suas
vontades, lhe tratassem como mestres e senhores.
Ou seja, que fossem robôs. Aqui, o ponto de
partida é mais ou menos esse (claro que a
intenção é mostrar que muitas
mulheres mesmo não sendo realmente robôs,
se comportam como tal na vida real). Isso numa comunidade
rica de subúrbio chamada Stepford para onde
se muda o casal Nicole e Matthew.
O
roteiro de Paul Rudnick, faz questão de colocar
logo de cara a figura de super executiva de Nicole
que é a diretora de uma grande rede de teve
especializada em reality shows. E que sofre um atentado.
(Reparem como Nicole é também excelente
comediante, logo na primeira entrada dela, por seu
andar, já dá para sacar que ela esta
fazendo humor). Perde tudo e magoada muda-se para
o interior. E assim conhece aquela estranha comunidade
de loiras burras controlada pela matriarca Glenn
Close (uma pena como ela continua caricata e fazendo
Cruela de Vil) e o marido dela cientista (o sempre
sinistro e competente Christophen Walken). Não
demora para Broderick ser absorvido pelos colegas
e ser seduzido para também fazer uma operação
na cabeça de Nicole (o filme é muito
rápido e no DVD deve ter muita cena cortada)
colocando um chip para ela ficar boazinha. Para provocar
piadas, o filme dá também a dupla um
outro casal de alivio cômico, Bette Midler
(que representa as judias) e Jon Lovitz. E o toque
moderno, claro que inventado por Rudnick que é gay
assumido, há também integrado no grupo
um casal gay (e um deles, é o pior, um gay
republicano!). Para rir de tudo isso, é preciso
estar preparado para se divertir o que não é tão
fácil. Ultimamente, tenho visto as pessoas
cada vez mais travadas para comédias e, muitas
delas nem perceberam, por exemplo, que Mean
Girls/Garotas Malvadas é também
uma sátira, ainda que menos pretensiosa. Essas
se abstenham do filme.
Eu,
apesar de alguns defeitos, gostei muito de Nicole
e me diverti com a fita. (Rubens Ewald Filho)
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Extras
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- Comentários do Diretor Frank Oz: devidamente
legendado, com boas e interessantes informações,
um extra para os apreciadores da direção
no cinema.
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Um Mundo Perfeito - O Making Of de Mulheres Perfeitas: um bem realizado e tradicional documentário,
com boas informações genéricas
e edição. Traz as entrevistas, curiosidades
e muitas cenas de bastidores, nos seus quase 20 minutos.
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Stepford - Os Arquitetos: seguindo a linha do anterior,
desta vez com 6 minutos, boas curiosidades focadas
no roteiro e produção do filme.
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Stepford - A Definição: depoimentos
do elenco e equipe técnica do que significa
o “lugar perfeito” para os homens. Bem
bacana. Com quase 4 minutos.
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As Mulheres Perfeitas: mais um pequeno documentário
bem produzido, desta vez com o tema “mulheres
perfeitas”. Com 10 minutos, segue o padrão
dos demais documentários curtos (featurettes).
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Os Maridos de Stepford: para finalizar a série
de featurettes, o tema da vez é um bem humorado
confronto sobre os homens que desejam, no filme,
a mulher perfeita. Com 8 minutos.
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Stepford - Cenas Cortadas/Ampliadas: são 6 cenas, algumas bem interessantes que
até mereceriam entrar na edição
final do filme. Podem ser vistas individualmente
ou de uma vez só, em seqüência.
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Stepford - Erros de Gravação: um
clipe de 4 minutos e meio repleto de “falhas
nossas”.
Divertido.
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Trailers: Teaser e Trailer de Cinema.
Todos
os extras estão legendados em Português,
Espanhol e Inglês.
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Críticas
ao DVD
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Dá gosto de ver o capricho de alguns DVDs
lançados pela Universal, com o selo da DreamWorks.
Tecnicamente impecável, idêntica à versão
americana, sob todos os principais aspetos: excelente
imagem no
formato
de
cinema, com
boa taxa de compressão sem desgastes ou compressões
muito aparentes, áudio em 5.1 canais nos três
idiomas, bem distribuídos e abrangentes. Os
menus são simpáticos, na sua maioria
animados. Os extras são de ótimo tamanho
para quem aprecia os detalhes de uma produção
de cinema. E todos legendados. A embalagem não
tem erros, fica apenas faltando um encarte com informações
sobre a divisão dos capítulos. Há um
pequeno erro de grafia ("arquitectos") no menu de
extras, mas nada relevante. Ah se
todos os lançamentos
da distribuidora (e, porque não, das demais)
fossem assim. Um filme que não é fácil
para todo o tipo de público, bem irônico,
merece ser ao menos locado. Para os fãs e
colecionadores de filmes interessantes (e da ótima
Nicole Kidman), um produto imperdível.
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Menus
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Resenha
publicada em
03/06/2005
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Por
REF (filme) e Edinho Pasquale
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