NÓS QUE NOS AMÁVAMOS TANTO (C´Eravamo Tanto Amati)

 

Com Vittorio Gassman, Nino Manfredi, Stefania Sandrelli, Stefano Satta Flores, Giovannia Ralli

 

Diretor

Duração

Produção

Ettore Scola

120 minutos

1974 , Itália

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama, Clássico

Versátil

10/03/2005

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Italiano (DD 2.0)
Português

Sinopse

30 anos na história da Itália (1945-1975) e vida de três grandes amigos Gianni, Antonio e Nicola. Da resistência à ocupação nazista ao engajamento político nos anos 60, acompanhamos as aventuras, desventuras e desilusões amorosas de uma geração que sonhava em mudar o mundo. Com uma linda homenagem a Federico Fellini, Nós que nos Amávamos Tanto tem como destaque ainda as atuações memoráveis de Vittorio Gassman, Nino Manfredi e Stefania Sandrelli. Um filme para ver e rever muitas vezes."

Comentários

O marco inicial do reconhecimento internacional do cineasta italiano Ettore Scola deu-se com o lançamento da obra-prima Nós que nos amávamos tanto (1975). A multiplicidade de influências estilísticas hauridas por Scola num cinema de grandes mestres como o italiano é passada a limpo neste filme; as recordações evocadas por três amigos que rememoram tudo desde os anos do fascismo, leva o realizador por caminhos da memória cinematográfica, tudo costurado pelo saber do crítico de cinema que é um dos protagonistas: vemos em cena a reconstituição, com a presença do cineasta Federico Fellini e do ator Marcello Mastroianni, da cena do banho público de Anita Ekberg em A doce vida (1960), de Fellini; são mostradas fotografias de O eclipse (1961), de Michelangelo Antonioni; e, coroando as homenagens, surge o depoimento-entrevista de Vittorio de Sica, a quem este filme terno é dedicado, com as inevitáveis seqüências de Ladrões de bicicleta (1948) assomando na montagem.

O cinéfilo que em nome dos ideais briga com o mundo e a família, o advogado interpretado por um então ascendente Vittorio Gassmann e o apaixonado que, após perder sucessivamente a amada para um e outro amigo em tempos diferenciados, a conquista depois de anos e casa-se com ela, são personagens fascinantes, dignos ancestrais das criaturas que Scola colocaria nas telas nos anos seguintes de sua filmografia. Muito berro italiano, misturas da singeleza de De Sica com o barroquismo apocalíptico de Fellini, muita invenção formal no vaivém narrativo, o método de isolar uma personagem tornando estáticos os demais elementos de cena enquanto esta criatura central expõe por palavras seus pensamentos; a repetição experimental por três vezes, no início do filme, da chegada do carro à casa do advogado (em Fata Morgana, 1968, do alemão Werner Herzog, a descida do avião em solo africano é filmada diversas vezes; em Desconstruindo Harry, 1997, de Woody Allen, a cena duma mulher que apeia dum táxi e se dirige a uma residência é repetida exaustivamente).

Em Um dia muito especial (1977) a parafernália da cultura cinematográfica de Scola é eliminada: um estreitamento de cenário e a articulação da linguagem dramática em torno das possibilidades interpretativas de Sophia Loren e Marcello Mastroianni torna as intenções do cineasta mais objetivas que as características meio secretas deste Nós que nos amávamos tanto, uma obra necessariamente empolada. A verdade é que, embora Scola rodasse depois filmes tão bons quanto Paixão de amor (1981), Casanova e a revolução (1982) e O baile (1983), ele nunca chegou a atingir a estatura irretocável de Um dia muito especial e Nós que nos amávamos tanto, duas obras-primas irremarcáveis.

Extras

- Entrevista com o Diretor e Elenco: na verdade trata-se de um documentário chamado “NÓS QUE NOS AMÁVAMOS TANTO – 30 ANOS DEPOIS”, de Véronique Barthonneau, mostrando vários depoimentos importantes e informativos, de Ettore Scola, da atriz Stephania Sandrelli, do crítico de cinema italiano Bruno Roberti, do co-roteirista Furio Scarpelli, com várias imagens do filme, fotos e imagens de arquivo (até históricos), nos seus pouco mais de 33 minutos de duração. Com legendas em Português.

- Vida e Obra de Ettore Scola: bom texto sobre o Diretor, com sua filmografia selecionada, num total de 14 telas.

- Biografias: dos atores Vittorio Gassman, Stephania Sandrelli e Nino Manfredi, seguindo a mesma linha do extra anterior.

- Ficha Técnica do DVD.

Críticas ao DVD

Mais uma obra-prima do cinema italiano, um dos mais importantes filmes de Scola. A imagem está relativamente boa, um pouco granulada (principalmente as coloridas) e o áudio, ao contrário do que informam algumas lojas on-line, está em 2 canais e não em 5.1. Os menus são de acordo com o filme, o principal é animado e sonorizado. Simples e interessantes. O destaque dor extras fica no documentário, bem bacana. Um filme inesquecível para os cinéfilos e sempre importante e interessante para o grande público. Não perca, a não ser que você só goste de besteirol e filmes de ação.

Menus
Resenha publicada em 28/03/205
Por Eron Fagundes (filme) e Edinho Pasquale

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