Com
Vittorio Gassman, Nino Manfredi, Stefania Sandrelli, Stefano
Satta Flores, Giovannia Ralli
|
|
|
|
|
|
120
minutos
|
|
|
|
|
|
|
|
SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
|
|
|
|
|
Áudio
|
Legendas
|
Vídeo
|
Região
|

Italiano (DD 2.0)
|
Português
|
|
|
Sinopse
|
30 anos na história da Itália (1945-1975)
e vida de três grandes amigos Gianni, Antonio
e Nicola. Da resistência à ocupação
nazista ao engajamento político nos anos 60,
acompanhamos as aventuras, desventuras e desilusões
amorosas de uma geração que sonhava
em mudar o mundo. Com uma linda homenagem a Federico
Fellini, Nós que nos Amávamos Tanto
tem como destaque ainda as atuações
memoráveis de Vittorio Gassman, Nino Manfredi
e Stefania Sandrelli. Um filme para ver e rever muitas
vezes."
|
Comentários
|
O marco inicial do reconhecimento internacional do
cineasta italiano Ettore Scola deu-se com o lançamento
da obra-prima Nós que nos amávamos
tanto (1975). A multiplicidade de influências
estilísticas hauridas por Scola num cinema
de grandes mestres como o italiano é passada
a limpo neste filme; as recordações
evocadas por três amigos que rememoram tudo
desde os anos do fascismo, leva o realizador por
caminhos da memória cinematográfica,
tudo costurado pelo saber do crítico de cinema
que é um dos protagonistas: vemos em cena
a reconstituição, com a presença
do cineasta Federico Fellini e do ator Marcello Mastroianni,
da cena do banho público de Anita Ekberg em
A doce vida (1960), de Fellini; são mostradas
fotografias de O eclipse (1961), de Michelangelo
Antonioni; e, coroando as homenagens, surge o depoimento-entrevista
de Vittorio de Sica, a quem este filme terno é dedicado,
com as inevitáveis seqüências de
Ladrões de bicicleta (1948) assomando na montagem.
O
cinéfilo que em nome dos ideais briga com
o mundo e a família, o advogado interpretado
por um então ascendente Vittorio Gassmann
e o apaixonado que, após perder sucessivamente
a amada para um e outro amigo em tempos diferenciados,
a conquista depois de anos e casa-se com ela, são
personagens fascinantes, dignos ancestrais das criaturas
que Scola colocaria nas telas nos anos seguintes
de sua filmografia. Muito berro italiano, misturas
da singeleza de De Sica com o barroquismo apocalíptico
de Fellini, muita invenção formal no
vaivém narrativo, o método de isolar
uma personagem tornando estáticos os demais
elementos de cena enquanto esta criatura central
expõe por palavras seus pensamentos; a repetição
experimental por três vezes, no início
do filme, da chegada do carro à casa do advogado
(em Fata Morgana, 1968, do alemão Werner Herzog,
a descida do avião em solo africano é filmada
diversas vezes; em Desconstruindo Harry, 1997, de
Woody Allen, a cena duma mulher que apeia dum táxi
e se dirige a uma residência é repetida
exaustivamente).
Em
Um dia muito especial (1977) a parafernália
da cultura cinematográfica de Scola é eliminada:
um estreitamento de cenário e a articulação
da linguagem dramática em torno das possibilidades
interpretativas de Sophia Loren e Marcello Mastroianni
torna as intenções do cineasta mais
objetivas que as características meio secretas
deste Nós que nos amávamos tanto, uma
obra necessariamente empolada. A verdade é que,
embora Scola rodasse depois filmes tão bons
quanto Paixão de amor (1981), Casanova
e a revolução (1982) e O
baile (1983),
ele nunca chegou a atingir a estatura irretocável
de Um dia muito especial e Nós que nos amávamos
tanto, duas obras-primas irremarcáveis.
|
Extras
|
- Entrevista com o Diretor e Elenco: na
verdade trata-se de um documentário chamado “NÓS
QUE NOS AMÁVAMOS TANTO – 30 ANOS DEPOIS”,
de Véronique Barthonneau, mostrando vários
depoimentos importantes e informativos, de Ettore
Scola, da atriz Stephania Sandrelli, do crítico
de cinema italiano Bruno Roberti, do co-roteirista
Furio Scarpelli, com várias imagens do filme,
fotos e imagens de arquivo (até históricos),
nos seus pouco mais de 33 minutos de duração.
Com legendas em Português.
-
Vida e Obra de Ettore Scola: bom texto sobre o Diretor,
com sua filmografia selecionada, num total
de 14 telas.
-
Biografias: dos atores Vittorio Gassman, Stephania
Sandrelli e Nino Manfredi, seguindo a mesma linha
do extra anterior.
-
Ficha Técnica do DVD.
|
Críticas
ao DVD
|
Mais uma obra-prima do cinema italiano, um dos mais
importantes filmes de Scola. A imagem está relativamente
boa, um pouco granulada (principalmente as coloridas)
e o áudio, ao contrário do que informam
algumas lojas on-line, está em 2 canais e
não em 5.1. Os menus são de acordo
com o filme, o principal é animado e sonorizado.
Simples e interessantes. O destaque dor extras fica
no documentário, bem bacana. Um filme inesquecível
para os cinéfilos e sempre importante e interessante
para o grande público. Não perca, a
não ser que você só goste de
besteirol e filmes de ação.
|
Menus
|
|
Resenha
publicada em
28/03/205
|
Por
Eron Fagundes (filme)
e
Edinho Pasquale
|
|
Seu comentário
|
|