Com: Mia
Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon, Sidney Blackmer,
Maurice Evans e Ralph Bellamy.
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136 min
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Paramount
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09/2002
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Sinopse
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Talvez
o melhor filme de terror já realizado, esta
brilhante adaptação do romance best-seller
de Ira Levin conta a história de um adorável
casal novaiorquino que espera seu primeiro filho.
Como a maioria das mulheres que são mães
pela primeira vez, Rosemary (Mia Farrow) está confusa
e receosa. O diretor Roman Polanski consegue extraordinárias
interpretações de todo o elenco de
astros. Ruth Gordon ganhou um Oscar® por seu
papel, como uma super-solícita vizinha, neste
clássico do suspense.
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Comentários
Sobre o Filme
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UM CRIADOR
DE ATMOSFERAS – Ainda hoje um cineasta em plena
forma de seus recursos cinematográficos, como
se viu no extraordinário O pianista (2002),
o polonês Roman Polanski teve em O
bebê de
Rosemary (Rosemary’s baby; 1968) um de seus
filmes mais aterradores. Ambientado numa Nova Iorque
muito pessoal, recriada com as cores sombrias e nuançadas
da clássica fotografia à americana
de William Fraker, este clássico de Polanski,
inspirado num romance de Ira Levin, mostra como a
vida pacata dum casal pequeno-burguês da grande
metrópole se altera quando o marido faz um
pacto com bruxos e o diabo: para ter sorte em sua
carreira de ator, aceita que sua esposa engravide
do demônio, gerando ao final seu assustador
filhinho demoníaco, cuja elipse de imagem é um
dos achados do cineasta (o terror fica na face da
atriz-personagem que vê seu estranhamente indescritível
bebê).
Se Deus
está morto (nada a ver com Nietzsche)
e Satã reina (quase nada a ver com Goethe),
tudo é possível: o sobrenatural torna-se
natural. Polanski começa sua narrativa com
tensas panorâmicas aéreas de Nova Iorque
e vai concluí-lo com um semelhante plano aéreo
da cidade; entre um movimento e outro todas as personagens
são conquistadas pelo mal, inclusive a resistente
protagonista, que ao cabo aceita assumir a maternidade
do perigoso ser e embala o berço.
É
curioso observar a marca de Polanski em sua direção
de atores. Basta atentar para as semelhanças
entre a caracterização da francesa
Catherine Deneuve como a manicure de Repulsa
ao sexo (1965) e a de Mia Farrow como a grávida de
O bebê de Rosemary: gestos faciais e corporais
muito próximos, as caminhadas pelas ruas tão
patéticas numa quanto noutra. O ator e diretor
John Cassavetes faz um típico americano de
classe média com um brilho incomum. E que
dizer da veterana Ruth Gordon, que faz de maneira
exemplar a boa-malévola vizinha? Tudo neste
filme funciona com bastante maestria.
É
sempre bom rever e reavaliar a permanência
de uma obra cinematográfica que marcou as
discussões de estética fílmica
em determinada época. (por Eron Duarte Fagundes)
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês
(DD mono)
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Português, Inglês e
Espanhol
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Anamórfico
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Extras
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Entrevista
Retrospectiva: com Roman Polanski, Robert Evans (produtor)
e Richard Sylbert (designer de produção).
Comentários desde a escolha do elenco até as
cenas preferidas. Ficamos sabendo, por exemplo, que
o papel de John Cassevetes seria de Jack Nicholson
e Robert Redford. Tempo: 16min.50. Realizado em 2000.
Making
Of: diversos depoimentos, cenas de bastidores e de
trás das câmeras. Imagens antigas
de descontração por parte do elenco e
diretor, muito pessoais, mais um blá-blá desnecessário
e alguns ensaios. Este documentário é original,
realizado à época do lançamento
do filme. Tempo: 23min.
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Críticas
ao DVD
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Apesar
da imagem ser apenas razoável, as cores são
vivas e parecem ser bem mais jovens do que não
deveria ser (1968). As legendas amarelas foram muito
bemvindas. O problema está no áudio
mono, também na versão americana. Poderiam
ter tido o trabalho de remasterizá-lo, talvez
numa edição ‘definitiva’ com
mais extras, por exemplo, o trailer original e -
porque não - com a continuação ‘não
oficial’ que foi vista por meia-dúzia
na TV (O que Aconteceu com o Bebê de Rosemary ou também simplesmente conhecida como Bebê de
Rosemary II, de 1976). Faltou também uma dublagem
para o português, porque ela existe e já foi
ouvida centenas de vezes na TV. Pelo menos todos
os extras são LEGENDADOS. |
Por
Eron Fagundes e Marcelo Hugo da Rocha
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