Com: Samuel Le Bihan, Vincent Cassel, Émilie Dequenne, Monica Bellucci e Mark Dacascos

Aplaudido por multidões e reverenciado pela imprensa, O PACTO DOS LOBOS se passa em 1764 na região rural de Gévaudan. Um monstro, com uma mandíbula gigante, aterroriza quem se aventure a sair de casa. Ele já estrangulou dezenas de mulheres e crianças. O naturalista, aventureiro e jardineiro real Gregoire de Fronsac (Samuel Le Bihan) e seu fiel amigo Mani (Mark Dacascos) são enviados pela Corte para desvendar o mistério.

Numa brilhante mistura de ação, suspense, aventura, romance e terror, o filme tem fotografia deslumbrante e ótima produção. Os movimentos de câmera nas cenas de luta e o suspense que precede os ataques da fera são perfeitos. Bom filme, que você não define no inicio qual é o gênero, mas muito bem feito. Grande sucesso na França, muito bem recebido pela crítica americana (mas não foi bem de bilheteria por lá).. É mais uma espécie de conto gótico, um gênero tipicamente europeu. Particularmente, achei o filme curioso e muito interessante. Este filme ganhou o Prêmio: César 2001: Vencedor de Melhor Figurino. Se você gosta de filme diferente, alugue, faça uma pipoca e divirta-se, vale a pena!

Muitas vezes caracterizamos o cinema francês como cerebral ou chato mesmo. Percebe-se que com o tempo, até os próprios estão misturando elementos ‘hollywoodianos’ em suas produções. Concordo com aqueles críticos que dizem que o cinema francês está evoluindo. E um destes exemplos, é Pacto dos Lobos. O diretor Christophe Gans já tinha realizado o interessante Lágrimas de um Guerreiro (95) com o ator Mark Dacascos, repetindo a parceria aqui e no The Adventurer, ainda sem título em português e que deverá estrear no ano que vem.

PACTO é um filme que encontramos um apanhado de referências de gêneros tão diversos, como terror e comédia. O que comentar sobre as lutas marciais num filme que passa em pleno século XVIII? Tudo é bastante grandioso, inclusive, o próprio monstro. Os efeitos especiais são primorosos e as locações esplêndidas. Mesmo assim, o filme é mais longo do que necessário. Há pecados na continuidade do roteiro, mas que podem passar desapercebidos nos entusiasmo com as cenas de ação e suspense. É um filme bacana e que serve para desmistificar o ranço do grande público com o cinema francês, mas longe de ser ótimo como o thriller Rios Vermelhos (2001) também com o ator Vincent Cassel, casado na vida real com a maravilhosa Monica Bellucci.

- “O Monstro”, pequena texto contando detalhes sobre a história do filme

- Elenco: texto com fotos

- Diretor: texto

- Making Of: muito bom esse programa, dando detalhes sobre as filmagens e a própria trama, claro que sem entregar o final do filme, que por sinal é muito inesperado, mas bem feito, tem duração de mais de 9 minutos.

- Bastidores: mostrando principalmente como foram feitas as cenas de lutas, como foi coreografado, muito bom, duração de 7 minutos.

- Entrevistas: são 5 entrevistas, vale dar uma boa olhada na de Monica Belluci, muito bom, tem duração de 44 minutos no total.

- Teaser (38 segundos)

- TV Spot – 1:45’

- Trailer de Cinema – 1 minuto

- Outros títulos – capas e trailers de outros filmes

Porém, como nem tudo é nota dez, infelizmente a Europa pisa na bola com esse excelente filme, lançando em DVD em tela cheia, sendo que na R1 (EUA) ele é Widescreen Anamórfico - 2.35:1. Acaba ficando com muita raiva ver todo o material extra em formato widescreen. Na R1 ainda existe como extras cenas deletadas. Este filme tem uma fotografia belíssima e esmerada, que realmente atingiria resultado melhor no formato original que foi feito pelo seu diretor. O som original mixado em Dolby Digital 5.1, simplesmente arrasa, na luta entre Dacascos e soldados, seu subwoofer chega a tremer, de tão bom é o áudio. E respeitando o consumidor, pelo menos tem uma pista de áudio em português, só que em 2.0. A imagem é um caso a parte, está muito boa a transferencia digital, as cenas tem boa definição de cores, nas cenas escuras, não se nota nenhuma granulação.