Com: George C. Scott, Karl Malden, Michael Bates, Ed Binns, Stephen Young

Retrato absorvente de um dos maiores gênios militares do século 20, George C. Scott é George Patton, o único general aliado que realmente era temido pelos nazistas. Carismático e extravagante, Patton desenhava seus próprios uniformes, ostentava um revólver de cabo em marfim, e acreditava que havia sido um grande guerreiro em vidas passadas. Ele ludibriou Rommel na Africa e, após o Dia D, comandou tropas em uma campanha sem descanso por toda a Europa. Mas ele era tão rebelde quanto brilhante, e apesar de Patton ter uma incrível visão e perspicácia, sua própria personalidade era um inimigo que ele jamais conseguiria vencer. Filme aclamado pela crítica, Patton recebeu um total de oito prêmios na entrega do Oscar, em 1970, incluindo o de Melhor Filme.

Realmente, apesar dos exageros do filme, o General George S. Patton Jr. era "o" cara. Com certeza, o filme é o retrato de uma pessoa controvertida, que batia e beijava seus soldados. Quando lançado no cinemas lá em 1969, arrecadou ótimas críticas e um grande público, sendo consagrado no Oscar de 1970 como Melhor Filme, além de outros 7 prêmios, incluindo, o de Melhor Ator.

O filme não se refere como morreu Patton, o que informamos que foi em 21 de dezembro de 1945 num acidente de carro. Mas em 1986 saiu um telefilme a respeito do general, "The Last Days of Patton" que retrata exatamente seus últimos dias, inclusive com a atuação do próprio ator George C. Scott. Bem, este sujeito tomou a caracterização do personagem de uma forma impressionante, da qual o marcou para o resto de sua carreira cinematográfica (como referido anteriormente, reencarnou em outro filme o mesmo personagem).

Ultimamente, participava de muitas produções para a TV até a sua morte em setembro de 1999. Voltando ao General, ele foi vital para o comando americano na Segunda Guerra Mundial, antes e depois de assumir o 3º Exército, apesar do seu gênio difícil e egocêntrico, da qual confessava, foi responsável pelas grandes conquistas na Europa e Norte da África. Temido pelos alemães, e detestado pelos seus compatriotas, era avesso à política, da qual atrapalhou suas ambições. Numa rápida procura na internet, pelo o GOOGLE, encontrei mais de 3500 ocorrências envolvendo o seu nome. Suas estratégias militares ainda são comentadas e ensinadas nos quartéis americanos, principalmente, pela sua determinação reconhecida. E o filme retrata muito bem, numa pequena biografia, a trajetória deste grande General nos campos da Grande Guerra.

As cenas de combate são grandes e muito bem feitas, graças a habilidade do diretor FRANKLIN J. Schaffner, o responsável por O PLANETA DOS MACACOS, PAPILLON e MENINOS DO BRASIL. Inclusive, e com certeza, SPILBERG o homenageou em O RESGATE DO SOLDADO RYAN, na cena em que o batalhão, comandado por Tom Hanks, surge no horizonte (pôster do próprio filme). Esta cena pertence a PATTON. Realmente, é um grande filme, da qual, seguramente, poderia dizer hoje que "não se fazem mais filmes de guerra como antigamente"!

DISCO 1, além do filme tem os trailers de cinema de PATTON, O MAIS LONGO DOS DIAS e TORA! TORA! TORA!.

DISCO 2, o documentário "Making of de Patton". O documentário é um tributo ao diretor, incluindo comentários de outros diretores, como Oliver Stone. Ele cita uma passagem muito interessante, sobre o seu filme NIXON, presidente dos EUA na época da guerra do Vietnã. Segundo STONE, o presidente assistiu diversas vezes PATTON, e que se impressionava demais com o personagem do filme, o general.

E que deste filme, utilizou-se da determinação de enviar mais tropas à Ásia para vencer a guerra, apesar das baixas pró-EUA. Segundo ele, dos poucos filmes que influenciaram a história norte-americana. O documentário tem quase uma hora de duração, e inclui bastidores, fotografias, entrevistas com os responsáveis e sobreviventes da produção, comentários recuperados do próprio diretor em áudio e do ator George SCOTT, cenas reais do general PATTON e diversas outras histórias que envolveram o filme.

É muito bom o documentário, à altura do filme. E TUDO É LEGENDADO. Sim, há algumas curiosidades, como o roteiro assinado por nada menos que FRANCIS FORD COPPOLA, em fase de "início" de carreira, e a orientação militar das cenas de batalha pelo próprio General Omar N. BRADLEY, interpretado por Karl MALDEN (diga-se, de passagem, ótima interpretação).

Aliás, é deste general, um dos livros que inspiraram o filme. Claro, não está anunciado na caixinha, mas há a opção de ouvir apenas a trilha sonora isolada no documentário, o que é algo fantástico em se tratando de JERRY GOLDSMITH e o tema de PATTON, utilizado para render o Coronel NORIEGA e na Guerra do Golfo pelos soldados americanos.

Realmente, a FOX se deu o trabalho de realizar um grande DVD, ao legendar os extras e apresentar o filme numa imagem boa e som de alta qualidade. Talvez senti a ausência de notas de produção e filmografia do elenco, o que é uma pena.