Com
Guy Williams, June Lockhart, Mark Goddard, Marta Kristen, Angela Cartwright,
Billy Mumy, Jonathan Harris, Bob May, Dick Tufeld
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1481
minutos
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SOM & IMAGEM |
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EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês e Português (DD 2.0 mono)
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Inglês, Portuguêsl
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Sinopse
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No então futurista 16 de outubro de 1997, é lançada
a primeira missão de colonização
terrestre rumo a Alpha Centaury. A bordo da espaçonave
Júpiter 2 está a família de
colonizadores composta pelo Professor John Robinson
(Guy Williams, que já fora o Zorro da Disney),
sua esposa Maureen (June Lockhart) e seus filhos
Judy (Martha Kristen), Penny (Angela Cartwright)
e o caçula Will (Billy Mumy). Completando
a tripulação, que permaneceria em animação
suspensa durante os cinco anos da viagem, estava
o piloto, Major Donald West (Mark Goddard). Os problemas
da nave iniciam quando o sabotador Dr. Zachary Smith
(Jonathan Harris) esconde-se a bordo, e programa
o Robô de exploração para destruir
os controles de navegação e de suporte
de vida oito horas após o lançamento.
Smith não consegue sair antes da partida e
seu peso extra tira a nave do curso, levando-a direto
para uma chuva de meteoros. Depois de reanimar a
tripulação e de o Major West desviar
a nave dos meteoros, Smith se lembra de que também
teria que desativar o Robô. Mas é tarde
demais, o Robô danifica os controles e o Júpiter
2 ruma em hiper-velocidade para os confins da galáxia.
Após o encontro com uma nave alienígena
aparentemente abandonada, o Júpiter 2 cai
no planeta desconhecido no qual permaneceria até o
início da segunda temporada.
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Comentários
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Em meados da década de 60, o produtor e diretor
Irwin Allen (1916 - 1991) já era um nome de
peso em Hollywood, tendo em seu currículo
um documentário premiado com o Oscar (The
Sea Around Us, 1953) e grandes aventuras escapistas,
como O Mundo Perdido (The Lost World, 1960) e Cinco
semanas em um Balão (Five Weeks in a Balloon,
1962). No início dos anos 70, Allen conquistou
a alcunha de "Mestre do Desastre" por filmes-catástrofe
de sucesso, como O Destino do Poseidon (The Poseidon
Adventure, 1972), e Inferno na Torre (The Towering
Inferno, 1974). Contudo, para os que cresceram na
frente de uma TV nos anos 60 e 70, ele sempre será lembrado
como o criador das séries de ficção
científica Viagem ao Fundo do Mar,
Perdidos no Espaço, Túnel do Tempo e Terra
de Gigantes.
Em
1964, a série Viagem ao Fundo
do Mar, baseada no filme homônimo de Allen
lançado em 1960, que por sua vez era livremente
inspirado em 20.000 Léguas Submarinas de Júlio
Verne, já era um grande sucesso. De olho no
caixa, a Fox encomendou a ele o projeto de uma nova
série, e mais uma vez inspirado na literatura
e aproveitando a euforia decorrente da corrida espacial,
Allen produziu um piloto de uma hora repleto de ação,
que era uma espécie de versão futurista
do clássico "Robinson Suíço",
de Johann David Wys. O piloto foi aprovado pela Fox,
que deu sinal verde para a produção
de um show semanal. Mas os executivos, sentindo que
faltava conflito dramático na trama, pediram
a inclusão de um vilão na série.
Allen então decidiu refazer a história,
com a inclusão de dois personagens que teriam
uma importância crucial no programa: o traiçoeiro
sabotador Dr. Zachary Smith (Jonathan Harris) e o
Robô de exploração (Bob May,
com voz de Dick Tufeld). No dia 15 se setembro de
1965, Perdidos no Espaço estreou na CBS com
o episódio "O Clandestino Teimoso",
escrito por Shimon Wincelberg e dirigido por Tony
Leader. Nos cinco primeiros episódios, Allen,
um mestre em utilizar cenas de arquivo, economizou
uma boa grana reaproveitando praticamente todo o
material produzido para o piloto.
Esta
primeira temporada da série, filmada em preto e branco, é considerada
por muitos como a melhor das três que foram
produzidas. Principalmente em seus episódios
iniciais a ênfase era na aventura, na sobrevivência
e nos ardis de Smith para eliminar os Robinsons.
Também neste primeiro ano temos o único
episódio em duas partes de toda a série,
o memorável "O Estranho Colecionador",
onde Michael Rennie (o Klaatu do clássico
O Dia em que a Terra Parou, 1951) interpretava um
alienígena cuja função era colecionar
formas de vida de todo o universo. Em outros episódios
houve a participação de atores convidados
como Warren Oates, Torin Thatcher, Albert Salmi e
um então pré-adolescente Kurt Russell.
Ajudando a tornar a série um grande sucesso,
habituais colaboradores de Allen, como Paul Zastupnevich
(figurinos) e L. B. Abbott (efeitos especiais) integravam
a equipe. O tema musical, além das trilhas
de alguns episódios, foi composto pelo então
iniciante John Williams (à época, "Johnny"),
hoje o principal compositor de trilhas de cinema
em atividade.
A
partir da segunda temporada a série
passou a ser filmada em cores, porém a aventura
cedeu lugar ao humor camp (influência de outro
grande sucesso da Fox na época, Batman, que
era exibido em uma rede concorrente no mesmo horário)
centrado nas figuras do garoto Will, do Robô (“Perigo!
Perigo!”) e do cada vez mais covarde e hilariante
Dr. Smith. Esta é a fase pela qual a série é mais
lembrada, graças à atuação
inesquecível de Harris como Smith. No total
foram produzidos 83 episódios no período
de 1965 a 1968, e após o cancelamento prematuro
do programa, foram feitas várias tentativas
de trazer Perdidos no Espaço de volta. Mas
foi somente após a morte de Allen, em 1991,
que as negociações realmente foram
adiante, o que resultou no filme de 1998. Infelizmente
o filme fracassou por não conseguir resgatar
o fascínio, o clima e o humor da série
original. Vista hoje sob os padrões contemporâneos
de conhecimento científico, produção
e efeitos especiais, Perdidos no Espaço pode
parecer ultrapassada e ingênua - mas o espectador
tem que avaliar a série na perspectiva da época
em que foi produzida.
Assim
fazendo, será mais
fácil constatar o porquê do programa
ter se tranformado em um dos maiores clássicos
televisivos de todos os tempos, possuindo muitos
fãs até hoje. Estes, revendo aos episódios
da primeira temporada, poderão voltar às
suas infâncias e relembrar os momentos de aventura
e deslumbramento que viveram pela primeira vez, há mais
de trinta anos, com a família Robinson.
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Extras
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Há somente um par de extras presentes no box,
e um deles é uma curiosidade irresistível
para os fãs: o episódio piloto inédito
que Allen produziu para vender a série, ainda
sem Smith e o Robô. Batizado de "No Place
to Hide" (Sem Lugar para se Esconder), o piloto
(o mais caro até então produzido, tendo
custado mais de meio milhão de dólares)
mostra o lançamento da nave espacial dos Robinsons,
então chamada Gemini 12, rumo a outro sistema
solar. Durante o vôo a nave passa por uma chuva
de meteoros que a desvia de sua rota; danificada,
ela faz um pouso forçado em um planeta desconhecido.
Naquele mundo inóspito, a família de
colonizadores enfrenta uma série de ameaças,
como um cíclope gigante, um terremoto e uma
tempestade em alto-mar. Como trilha sonora do piloto,
foram utilizadas partituras compostas pelo lendário
Bernard Herrmann para antigos filmes da Fox, como
O Dia em que a Terra Parou, Viagem
ao Centro da Terra e Rochedos
da Morte.
O
outro extra disponível é um
featurette promocional, narrado pelo próprio
Irwin Allen (com legendas em português), que
a CBS criou a fim de atrair anunciantes para a série.
Ele mostra somente cenas do piloto, e é interessante
principalmente por podermos conhecer o marketing
usado à época pela rede de TV.
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Críticas
ao DVD
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O box possui oito discos, acondicionados em suportes
de plástico azul envoltos pela embalagem de
cartolina, com os 29 episódios da primeira
temporada, que há décadas não
são exibidos na TV aberta, cada um com a duração
aproximada de 49 minutos:
Disco
1: 1. O Clandestino Teimoso -
2. A Nave Fantasma -
3. Ilha No Céu -
4. Terra De Gigantes
Disco
2: 1. Mar Revolto -
2. Hepgood Esteve Aqui -
3. Um Estranho Amigo
4. Invasores da 5ª dimensão
Disco
3: 1. O Estranho Oásis -
2. Os Seres Eletrônicos -
3. A Lâmpada De Aladim -
4. A Mini Espaçonave
Disco
4: 1. O Cão Desaparecido -
2. O Ataque Das Plantas Monstruosas -
3. Volta À Terra -
4. O Estranho Colecionador - Parte 01
Disco
5: 1. O Estranho Colecionador - Parte 02 -
2. O Pirata Do Céu -
3. O Fantasma Do Espaço -
4. A Gurra Dos Robôs
Disco
6: 1. O Espelho
Mágico -
2. O Desafio -
3. O Marcador Do Espaço -
4. Sua Majestade Smith
Disco
7: 1. Os Semeadores Do Universo -
2. Nem Tudo Que Reluz... -
3. A Civilização Perdida -
4. Um Passeio À Sexta Dimensão
Disco
8: 1. A Voz Do Espírito -
2. No Place To Hide
A
imagem é em tela cheia (1.33:1), com legendas
em português e inglês. As opções
de áudio são inglês e português
(todos Dolby Digital 2.0 Mono, exceto no piloto inédito,
que tem áudio somente em inglês, com
opção de legendas em português).
O áudio original em inglês apresenta
qualidade superior, mas o grande atrativo para nós,
brasileiros, é a inclusão da dublagem
em português feita nos anos 60 pela AIC - São
Paulo, com destaque para o excelente trabalho do
comediante Borges de Barros (o mendigo da Praça
da Alegria) como o Dr. Smith. Barros imortalizou
sua voz com o inesquecível bordão "Nada
tema, com Smith não há problema",
e aqueles inesquecíveis insultos ao Robô,
tipo "Sua lata de sardinha enferrujada".
O próprio Jonathan Harris elogiou a dublagem
de Barros, quando o conheceu em sua visita ao Brasil
em 1969. Infelizmente, devido ao tempo, a qualidade
do áudio em português não é perfeita.
Quando
a série ainda passava no canal pago
Fox, nos anos 90, já era fácil de perceber,
em muitos episódios, que seu estado de conservação
não era bom - volume baixo, alto nível
de ruídos, falta de sincronia e até mesmo
perda de áudio em alguns trechos. Por tudo
isso a Fox até cogitou de lançar o
box-set no Brasil sem esta dublagem histórica,
mas graças à mobilização
e o auxílio de fãs como o nosso amigo
Elias de Lucena, a distribuidora remasterizou também
o áudio em português, minimizando seus
maiores problemas.
Quanto
ao vídeo, mais uma
vez considerando-se a idade do material, não
se poderia exigir mais da Fox. Estes episódios
provavelmente nunca foram vistos com qualidade melhor.
A imagem em preto e branco é via de regra
limpa, com pontos de sujeira e alguma granulação
apenas eventualmente surgindo na tela.
Portanto,
de um modo geral e considerando que estes episódios
foram filmados há quase quarenta anos, a qualidade
do vídeo é mais do que satisfatória,
bem superior à dos VHS lançados nos
EUA em 1998. A Fox, que já dispunha no mercado
brasileiro das melhores coleções em
DVD, consolida sua posição e já anunciou
o lançamento da segunda temporada de Perdidos
no Espaço no Brasil, o que deverá ocorrer
até o final do ano. Que isso sirva de exemplo
a outras distribuidoras, principalmente à Paramount,
que nos deve a Série Original de Jornada
nas Estrelas.
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Menus
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Resenha
publicada em
25/07/2004
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Por
Jorge Saldanha
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Seu comentário
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