PETER PAN (Peter Pan)

 

Com Jason Isaacs, Jeremy Sumpter, Rachel Hurd-Wood, Lynn Redgrave

 

Diretor

Duração

Produção

P.J.Hogan

113 minutos

2003, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Ação, Aventura

Columbia

23/09/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês, Português, Espanhol (DD 5.1)
Inglês, Português, Espanhol
Sinopse

A lenda que você achava que conhecia agora é a aventura que você nunca mais vai esquecer! Imagine um mundo como você nunca viu, onde você nunca tem que crescer ou envelhecer. Este é o mundo de Peter Pan – os ruídos das espadas de rivais lutando, a prancha rangendo do navio Jolly Roger, a sensação sem igual de voar... e o poder mágico de um beijo escondido. Tido como a mais fiel adaptação do livro original, este filme encanta, impressiona e emociona. Peter Pan (Jeremy Sumpter) é um garoto que nunca cresce e que vive na Terra do Nunca juntamente com os Garotos Perdidos e a fada Sininho. Num belo dia Peter Pan visita a casa dos Darling e convence Wendy (Rachel Hurt-Wood), John (Harry Newell) e Michael (Freddie Popplewell) a viajaram com ele para o lugar onde vive. Lá todos enfrentarão a ameaça do temível Capitão Gancho (Jason Isaacs).

Comentários

Crescer é um saco, vamos concordar com Peter Pan, a personagem duma história infantil escrita no início do século XX pelo escocês J.M. Barrie e que, na era de Freud, tem servido para evidentes interpretações psicanalíticas. É claro que uma história há tanto tempo contada e revisitada não pode mesmo apresentar novidades: Pan é o garoto que se recusa a crescer e ter responsabilidades, permanecendo em seu mundo de fantasia e aventuras ingênuas, adorado pela fada Sininho; seu encontro com a maternal Wendy é marcado pela melancólica possibilidade duma relação amorosa em virtude desta recusa.

O australiano P.J. Hogan, ao rodar seu Peter Pan (2003), estava consciente destas limitações e expôs todo o seu esforço nos requintes de produção para dar uma roupagem contemporânea a um enredo que já preencheu e encheu as mentes de todas as pessoas que um dia tiveram infância. O saco é que crescemos, e as facilidades emotivas de um filme alado como este incomodam aqui e ali a quem se dispõe a pôr o raciocínio em marcha; mas é possível, numa leitura mais descontraída, ver a realização de Hogan com os olhos de sua personagem, Peter Pan, os olhos de quem se recusa a crescer e tornar complexo seus pensamentos.

É claro que Peter Pan não chega a ser uma obra satisfatória, apesar de seus caprichos formais. Mas é bem mais interessante que os Harry Potter e os senhores de anéis que atualmente invadem as fantasias das telas. Hogan é menos ambicioso e por isso muito mais sincero. (Eron Fagundes)

 

Não há duvidas de que o antigo desenho da Disney ainda é a melhor adaptação para o cinema desta obra clássica de James Barrie. Mas este novo Peter Pan não chega a fazer feio. Não foi bem nos EUA apenas por uma questão de público-alvo. Em vez de fazerem um filme para crianças, tentaram puxar um pouco a idade para cima, para atrair pré-adolescentes, num estilo meio Harry Potter e a Pedra Filosofal. Ou seja, o filme foi de certa maneira sensualizado (agora há uma visível história de amor entre Peter e Wendy), o que afastou as crianças menores (ou seus puritanos pais norte-americanos). E quem disse que adolescentes (que gostam de se sentir adultos) irão ver uma história tão infantil? Pois esse é o dilema desta produção assinada por Mohamed El Fayed (dono da Harrod's) e dedicada a seu filho Dodi, que morreu junto com a princesa Diana. Quem a realizou foi o australiano P.J. Hogan (O Casamento de Muriel e O Casamento do Meu Melhor Amigo), com a ajuda de sua mulher produtora Jocelyn Moorhouse.

Resta-lhe o mérito de ter acertado mais do que Steven Spielberg quando lidou com o mesmo material (em Hook: A Volta do Capitão Gancho, talvez o pior filme do diretor) e não ter incluído felizmente na fita Michael Jackson (que é confesso fã do personagem). Não sei se por isso, mas fiquei o filme todo com a impressão que existia no ar um clima de pedofilia e também de podofilia (porque há na fita grande quantidade de pés e sujos!). De qualquer forma, fiquei com um certo mal-estar.

Feito com cores brilhantes e efeitos assumidos (como um Mary Poppins atualizado), o filme conta a história da maneira tradicional, inclusive usando aquele recurso vindo do teatro de que o ator que faz o papel do pai (Jason Isaacs) é o mesmo que faz o vilão Capitão Gancho, o que dá dimensões freudianas a sua interpretação. Ele é muito tímido e desengonçado como pai, e típico vilão como o pirata, mas sem caricatura. Seu inimigo crocodilo é em computação gráfica.

Fora disso, pouca coisa muda. Há o flerte entre o casal, ambos interpretados por crianças atraentes. O menino Jeremy Sumpter é um americano de cara gaiata (no palco em geral o papel é sempre feito por mulheres mais velhas) e a garota é Rachel Hurd-Wood, uma mistura de Rosanna Arquette com Gene Tierney. Saffron Burrows é a narradora. Lynn Redgrave faz uma tia, Olivia Williams é a mãe. Tudo dentro do padrão de qualidade britânico.

Também a direção de arte é estilizada mas impecável. Ou seja, um filme bonito de se ver, que se assiste sem problemas, até porque a história é clássica e nunca envelhece (ao contrário, cada vez os homens parecem sofrer mais da Síndrome de Peter Pan, ou seja, não querem envelhecer). (Rubens Ewald Filho)

Extras

Os extras estão divididos por temas:

- A Casa dos Darling

- Final Alternativo: com 4 minutos e 30 segundos. Se é melhor ou pior? Depende de cada um... gosto não se discute, se lamenta.

- Cenas Excluídas: na verdade, há apenas uma, com quase 4 minutos (Sr. Darling na Casa de Cachoro)

- Eu e Minha Sombra: interessante featurette mostrando os bastidores de cenas e depoimentos mostrando como são realizadas os esfeitos especiais da sombra de Peter Pan, com cerca de 1 minutos e meio.

- Na Casa do Cachorro com Nana: bastidores do cachorro Rebel sendo adestrado, com depoimento do seu tratador, além de depoimentos dos atores falando das cenas em que contracenam com ele. Quase 3 minutos.

- A Floresta da Terra do Nunca

- Explore a Floresta: clipe de 1 minutos mostrando bastidores e criação da floresta.

- Sininho - Por Trás do Pó Mágico: interessante documentário sobre o personagem, com depoimentos da atriz e da equipe técnica falando da direção de arte e outros aspectos técnicos envolvidos. 4 minutos.

- Eu Acredito em Fadas: bastidores da cena da dança das fadas, como sempre com depoimentos e bastidores. 1 minuto e meio.

- Princesa Tiger Lily: bastidores nos moldes anteriores sobre o personagem, destacando a cena do diálogo com o Capitão Gancho. 1 minuto.

- O Castelo Negro

- Entre no Castelo: clipe de 1 minuto mostrando a elaboração do castelo e cenas de bastidores.

- Voe Comigo: outro bom featurette com 6 minutos sobre as cenas de vôo dos personagens, mostrando seus efeitos especiais, bastidores etc.

- O Conto das Sereias: preparação das atrizes e cenas de bastidores, com 2 minutos de duração, sobre estes personagens.

- O Navio Pirata

- Embarque no Navio Pirata: clipe de 1 minuto mostrando a elaboração do navio e cenas de bastidores.

- Pelos Olhos do Capitão Gancho: bem humorado documentário sobre o personagem, com cenas de bastidores gravadas pelo ator Jason Isaacs, além de material semelhante realizados sobre os outros peronagens. 6 minutos.

- Os Piratas Vs. Os Garotos Perdidos: bastidores das cenas com os piratas, como sempre com depoimentos e bastidores. 2 minutos.

- A Canção do Pirata Perdido: bastidores da gravação da canção, com pouco mais de 1 minuto.

- A Casa Subterrânea

- Cave Sob a Casa: clipe de 1 minuto mostrando a elaboração da casa e cenas de bastidores.

- O Legado de Pan apresentado por Sarah Ferguson: espécie de making of apresentado pela duquesa, mostrando também um pouco da história de Peter Pan. 11 minutos, bem produzido e interessante.

- As Cenas Excluídas da Duquesa: erros e brincadeiras com Sarah Ferguson. 2 minutos.

- Os Garotos Perdidos no Set de Filmagem: bastidores das cenas com os garotos, como sempre com depoimentos e bastidores. 2 minutos.

- Trailers: do filme, de “A Creche do Papai”, “Hook – A Volta do Capitão Gancho”, “Jumanji”, “Homem-Aranha 2” e “O Pequeno Stuart Little”. O único extras sem legendas. Também pode ser acessado pelo menu principal.

Críticas ao DVD

Tecnicamente um excelente DVD, se não fosse um detalhe: a odiosa idéia de se achar que um produto “infantil” ou “juvenil” tem que ter a imagem em formato standart. É uma pena, pois num filme cheio de detalhes seria muito importante que se tivesse toda a imagem exibida nos cinemas em wide. Com o corte nas laterais se perde alguns detalhes. O áudio está ótimo, em todos os idiomas. Os extras são excelentes, bem produzidos e divididos adequadamente. E legendados, com menus animados. O filme é bem legal, funciona bem em “vídeo”. Um DVD para todas as idades, que vale a pena se ter em casa. Pena a pisada na bola do formato de tela...

Menus
Resenha publicada em 26/06/2004
Por REF e Eron fagundes (filme) e Edinho Pasquale (DVD)

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