Com
Woody Allen, Helena Bonham Carter, F. Murray Abraham,
Mira Sorvino, Michael Rapaport
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SOM & IMAGEM |
FILME |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 2.0) e Português (DD 2.0)
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Inglês, Português
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Sinopse
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Sem
muita disposição para encarar os inconvenientes
de uma gravidez e preocupada em não se afastar
de seu trabalho numa sofisticada galeria de arte,
Amanda esposa de Lenny, resolve, com a ajuda de uma
amiga, encontrar um bebê para adotar. O marido,
que inicialmente se opõe à idéia,
logo se vê totalmente apaixonado pela criança,
batizada depois de muita controvérsia com
o nome de Max. Logo cedo, o garoto revela-se brilhante,
divertido e de ótima personalidade. Já na
escola, a diretora sugere que ele entre para uma
turma especial devido ao seu QI elevado. Curioso,
o pai logo fica obcecado com a idéia de descobrir
a identidade do garoto. De maneira pouco ortodoxa,
ele consegue o endereço e chega então
a Linda Ash, uma espirituosa prostituta e ex-atriz
de filmes pornô. |
Comentários
Sobre o Filme
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Ancorado
no cinema refinado e intelectual do francês
Eric Rohmer, o realizador norte-americano Woody Allen
compõe um de seus trabalhos mais criativos
e pessoais, Poderosa Afrodite (Mighty
Aphrodite; 1995), agora em DVD. Valendo-se da estilística
de Rohmer, Allen logra ser profundamente americano,
comunicativamente americano, cativando uma fatia
de público cuja afinidade com o cinema do
espírito não chega a ser grande. Se
em alguns momentos (e mais em outros filmes que neste)
esta adaptação do estilo de filmar à comunicação
contemporânea geram uma pasteurização,
para facilitar a compreensão do público
(o que o crítico chamaria concessão
comercial), a regra aqui é uma personalidade
própria, um humor peculiar.
O
constante recurso do plano-seqüência é utilizado
por Allen de maneira notável. A câmara
se mexe como um olhar doce mas inquieto dentro do
diálogo das personagens; muda o ângulo
do enquadramento, os planos se modificam com os movimentos
de câmara, passa-se dum primeiro plano duma
personagem a um plano geral de todos os que conversam à mesa,
os tipos em cena obedecem a um determinado caráter
de interpretação (a prostituta vivida
por Mira Sorvino é uma composição
tão rigorosa e ao mesmo tempo espontânea
desde a característica vocal quanto algumas
criaturas-intérprete de Eric Rohmer). De fato,
tudo isto está, e num nível mais exigente,
em Rohmer; mas Allen sabe seduzir-nos com uma comédia
enxuta, divertida e, apesar de suas origens de estilo, "original".
O
coro grego que cose a trama, inserindo-se filosoficamente
no desenvolver da história, é um achado
de Allen para conferir à sua história
romântica uma dimensão mais criativa.
A personagem da prostituta ressuscitada para a vida
por um príncipe do mundo real é um
dos clichês do cinema americano atual (em Despedida
em Las Vegas, 1995, de Mike Figgis, a mulher é o
pólo da salvação: terá de
salvar-se para salvar o homem), mas Allen a transforma
num ser mais profundo do que seus similares no imaginário
cinematográfico hollywoodiano.
Poderosa
Afrodite é certamente o melhor
filme de Allen na década e uma de suas narrativas
mais leves e despojadas. Sua desabusada pretensão,
suas imagens em festa o tornam igualmente um dos
mais fiéis exercícios rohmerianos
de filmar. (Eron Fagundes) |
Extras
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Sinopse: texto
desnecessário, o mesmo encontrado na embalagem
Notas
de Produção: 4 páginas
de texto, com algumas informações
interessantes.
Diretor: Pequena
biografia de Allen, com sua filmografia.
Elenco: rápida
biografia e filmografia de grande parte do elenco,
dos atores Woody Allen, Helena Bonham Carter, F.
Murray Abraham, Mira Sorvino, Michael Rapaport, Olympia
Dukakis.
Trailer |
Críticas
ao DVD
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Uma ótima
comédia, indicada a 2 Oscar® (Mira Sorvino
venceu o de Melhor Atriz Coadjuvante e manteve a “escrita”:
depois de ganhar o prêmio, não fez muita
coisa interessante). Tecnicamente, não apresenta
o formato original de cinema, adaptando a imagem
para o formato com proporção 3:4, o
de uma TV convencional. O áudio está em
2 canais e há a dublagem em Português.
Os
menus são simples mas corretos. Os extras,
apenas o trailer e textos (bons). Mas não
muito diferente da versão lançada nos
EUA, ou seja, igualmente razoável.
Um
delicioso filme, não para qualquer público,
que praticamente revelou Sorvino e manteve Allen
como um dos mais importantes cineastas. Vale dar
uma espiada.
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Menus
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Resenha
publicada em 30/01/2004 |
Por
Eron Fagundes e Edinho Pasquale
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Seu comentário
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