PODEROSA AFRODITE (Mighty Aphrodite)

 

Com Woody Allen, Helena Bonham Carter, F. Murray Abraham, Mira Sorvino, Michael Rapaport

 

Diretor

Duração

Produção

 

minutos

2002, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia

Europa Filmes

17/09/2003

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 2.0) e Português (DD 2.0)
Inglês, Português
Sinopse

Sem muita disposição para encarar os inconvenientes de uma gravidez e preocupada em não se afastar de seu trabalho numa sofisticada galeria de arte, Amanda esposa de Lenny, resolve, com a ajuda de uma amiga, encontrar um bebê para adotar. O marido, que inicialmente se opõe à idéia, logo se vê totalmente apaixonado pela criança, batizada depois de muita controvérsia com o nome de Max. Logo cedo, o garoto revela-se brilhante, divertido e de ótima personalidade. Já na escola, a diretora sugere que ele entre para uma turma especial devido ao seu QI elevado. Curioso, o pai logo fica obcecado com a idéia de descobrir a identidade do garoto. De maneira pouco ortodoxa, ele consegue o endereço e chega então a Linda Ash, uma espirituosa prostituta e ex-atriz de filmes pornô.

Comentários Sobre o Filme

Ancorado no cinema refinado e intelectual do francês Eric Rohmer, o realizador norte-americano Woody Allen compõe um de seus trabalhos mais criativos e pessoais, Poderosa Afrodite (Mighty Aphrodite; 1995), agora em DVD. Valendo-se da estilística de Rohmer, Allen logra ser profundamente americano, comunicativamente americano, cativando uma fatia de público cuja afinidade com o cinema do espírito não chega a ser grande. Se em alguns momentos (e mais em outros filmes que neste) esta adaptação do estilo de filmar à comunicação contemporânea geram uma pasteurização, para facilitar a compreensão do público (o que o crítico chamaria concessão comercial), a regra aqui é uma personalidade própria, um humor peculiar.

O constante recurso do plano-seqüência é utilizado por Allen de maneira notável. A câmara se mexe como um olhar doce mas inquieto dentro do diálogo das personagens; muda o ângulo do enquadramento, os planos se modificam com os movimentos de câmara, passa-se dum primeiro plano duma personagem a um plano geral de todos os que conversam à mesa, os tipos em cena obedecem a um determinado caráter de interpretação (a prostituta vivida por Mira Sorvino é uma composição tão rigorosa e ao mesmo tempo espontânea desde a característica vocal quanto algumas criaturas-intérprete de Eric Rohmer). De fato, tudo isto está, e num nível mais exigente, em Rohmer; mas Allen sabe seduzir-nos com uma comédia enxuta, divertida e, apesar de suas origens de estilo, "original".

O coro grego que cose a trama, inserindo-se filosoficamente no desenvolver da história, é um achado de Allen para conferir à sua história romântica uma dimensão mais criativa. A personagem da prostituta ressuscitada para a vida por um príncipe do mundo real é um dos clichês do cinema americano atual (em Despedida em Las Vegas, 1995, de Mike Figgis, a mulher é o pólo da salvação: terá de salvar-se para salvar o homem), mas Allen a transforma num ser mais profundo do que seus similares no imaginário cinematográfico hollywoodiano.

Poderosa Afrodite é certamente o melhor filme de Allen na década e uma de suas narrativas mais leves e despojadas. Sua desabusada pretensão, suas imagens em festa o tornam igualmente um dos mais fiéis exercícios rohmerianos de filmar. (Eron Fagundes)

Extras

Sinopse: texto desnecessário, o mesmo encontrado na embalagem

Notas de Produção: 4 páginas de texto, com algumas informações interessantes.

Diretor: Pequena biografia de Allen, com sua filmografia.

Elenco: rápida biografia e filmografia de grande parte do elenco, dos atores Woody Allen, Helena Bonham Carter, F. Murray Abraham, Mira Sorvino, Michael Rapaport, Olympia Dukakis.

Trailer

Críticas ao DVD

Uma ótima comédia, indicada a 2 Oscar® (Mira Sorvino venceu o de Melhor Atriz Coadjuvante e manteve a “escrita”: depois de ganhar o prêmio, não fez muita coisa interessante). Tecnicamente, não apresenta o formato original de cinema, adaptando a imagem para o formato com proporção 3:4, o de uma TV convencional. O áudio está em 2 canais e há a dublagem em Português.

Os menus são simples mas corretos. Os extras, apenas o trailer e textos (bons). Mas não muito diferente da versão lançada nos EUA, ou seja, igualmente razoável.

Um delicioso filme, não para qualquer público, que praticamente revelou Sorvino e manteve Allen como um dos mais importantes cineastas. Vale dar uma espiada.

Menus
Resenha publicada em 30/01/2004
Por Eron Fagundes e Edinho Pasquale


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