Quando Rich Bower (Oli "Power" Grant) decide deixar para trás sua vida de crime e reinventar-se como empresário de hip-hop, ele se confronta pela primeira vez com os destrutivos interesses do mundo branco. A documentarista Sam Doanager (Brooke Shields) e seu fascinantemente perverso marido (Robert Downey Jr) entram em cena quando seguem um grupo de adolescentes ricos da cidade que instigados por Rich Bower e sua turma, acabam envolvidos pelo estilo hip-hop. Participações especiais de Claudia Schiffer (modelo internacional, que participou também do filme "Prêt-A-Porter") e Mike Tyson, interpretando ele mesmo.

A cena inicial, duas mulheres, digo, meninas brancas se beijando e nas preliminares com um cara negro numa praça, é o tom do resto do filme. É o questionamento do comportamento dos "white" em assimilar e seguir a cultura dos "black". Se o filme era para chocar, ficou somente nas intenções. E creio, eu, que o motivo é simples: moramos no Brasil. Se você parar para pensar, quais são as músicas que tocam no seu rádio? Axé, samba, hip-hop, rap, funk, pagode, mpb (Djavan, Milton Nascimento, Gilberto Gil, etc.)... Nunca fomos ou tivemos um só ritmo, muito menos cultura (graças a Deus). Para os norte-americanos, talvez tudo seja "world music", ou "exótico", mas para nós... Enquanto ao filme, não há enredo, apenas idéias jogadas na tela, algumas querendo agredir, outras, apenas pretensiosas, não vale a pena. Brooke Shields tá patética no papel que lhe deram. Melhor sorte para modelo Claudia Schiffer, mais audaciosa do que os comerciais que grava. E Tyson? Mais simpático do que no ringue.

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