Com: Christian Bale, Matthew McConaughey, Izabella Scorupco

MATTHEW McCONAUGHEY e CHRISTIAN BALE estrelam uma aventura com efeitos especiais chocantes. Quando uma escavação de um túnel em Londres desperta um dragão há séculos adormecido, o inferno vem à tona. Vinte anos depois, Quinn (BALE) é o chefe dos bombeiros que tentar manter uma pequena comunidade a salvo de destas criaturas que dominam o ar, incendiam a terra e se alimentam das cinzas. Chega então Van Zan (McCONAUGHEY), um destemido caçador para exterminar os monstros e salvar a humanidade de uma forma que Quinn nunca viu. Mas só haverá chances de sobrevivência no momento em que eles se unirem.

Acabei não indo assistir nos cinemas, talvez por ter me prendido muito às críticas, coisa que não costumo fazer. E para falar a verdade, não me arrependi. Os críticos estavam certos em afirmar que em REINO DE FOGO encontrávamos uma mistura de MAD MAX com JURASSIC PARK – o que poderia ser bom – mas que acabou sendo muito chato!

O cinema sempre alimentou nossa curiosidade sobre as lendas que giram em torno de dragões. E não é por menos que cientistas ainda procuram provas sobre a sua real existência entre fósseis e desenhos antigos. A mitologia é tão forte, que é desenvolvida entre diversas épocas e religiões, inclusive na católica. Para os cristãos da Idade Média, a Bíblia confirmava a sua existência no Livro de Jó através de Leviatã, um ser que cuspia fumaça. E o combate de São Jorge, santo padroeiro da Inglaterra? Aliás é neste país que há uma crença forte em Dragões, e não é por menos, onde se inicia e termina o filme. Ao contrário das citações cinematográficas acima, acredito que REINO DE FOGO é um INDEPENDENCE DAY sem aliens, substituídos por dragões. É um filme apocalíptico que tinha grandes pretensões, mas que se perde numa estória frágil que nem serve para embalar sonhos infantis.

Não conseguiu arrecadar a metade – nos EUA - do que foi investido para realizá-lo (90 milhões) e muito menos a simpatia dos críticos. Tudo é bastante superficial, inclusive nas sequências de confronto entre humanos e dragões (há uma bem ridícula, quando um comboio é atacado e a câmera fica estática debaixo de um caminhão, apenas focalizando laberadas ao redor...). O dragão animado em SHREK é mais interessante e assustador. Pelo filme, nem perca tempo com este DVD.

MAKING OF: “Dando Vida ao Terror”. Cerca de 17 minutos, com depoimentos, da criação dos dragões, produção, efeitos especiais. Fraco.

FEATURETTE: “Se você não suporta o Calor”. Criação do set, bastidores, da criação do ‘fogo’ (8 toneladas de propano líquido). 30 minutos. Vale a pena.

CONVERSAS COM DIRETOR: depoimentos do diretor. Há cenas de bastidores e ilustrações também. Cerca de 12 min.

TRAILER DE CINEMA.

Os extras são todos legendados (obrigatório). A imagem e o áudio são bacanas, aquela qualidade exigida. O menu é animado, para quem se importa. A distribuidora, BUENA VISTA, tinha o costume de indicar em seus DVDs apenas o item “Bônus Especial” sem nunca especificá-lo. Depois de tanta reclamação, começou a descrevê-los. Apenas fica a dúvida quanto ao aspecto da tela, apesar de informar que é widescreen, a mesma não o indica (2.35). A versão americana é a mesma, exceto pela trilha em DTS. Anuncia-se uma edição luxuosa na Inglaterra para este ano.

Posso dizer que finalmente um filme com dragões, fogo e muitos efeitos especiais que não se passa na era medieval. Como muitos outros que são cansativos e chatos. Eu particularmente acho o filme super de +! (Cicero Reginaldo de Lima)