Com
Rosanna Schiaffino, Jean Marc Bory, Alexandra Stewart,
Orson Welles, Ugo Tognazzi
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Roberto Rossellini, Jean-Luc Godard, Pier-Paolo
Pasolini, Ugo Gregoretti
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122
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Italiano (DD 2.0)
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Português
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Sinopse
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Rogopag, Relações Humanas é a
memorável reunião de quarto curtas-metragens
de cineastas consagrados:
PUREZA,
de Roberto Rossellini:
As peripécias de uma jovem aeromoça
comprometida, que tenta fugir do assédio de
um executivo americano.
O
MUNDO NOVO,
de Jean-Luc Godard:
Um romance futurista em que o fim do relacionamento
de um casal coincide com o Holocausto nuclear.
A
RICOTA,
de Pier-Paolo Pasolini:
A história de um cineasta (Orson Welles) que
realiza, na periferia de Roma, um filme baseado na
Paixão de Cristo.
O
FRANGO CASEIRO,
de Ugo Gregoretti:
Influenciada por um anúncio, jovem família
parte para o campo, para comprar sua nova casa. Brilhante
crítica à propaganda.
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Comentários
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Rogopag (1962) é mais um destes filmes em
episódios em que os produtores italianos contratavam
diretores de prestígio nos anos 60 para rodar.
Em Histórias extraordinárias os realizadores
Federico Fellini, italiano, Louis Malle e Roger Vadim,
ambos franceses, tinham um ponto em comum: os contos
sobrenaturais do ficcionista norte-americano Edgar
Allan Poe. Em Rogopag o que temos são visões
diferenciadas sobre a sociedade da época segundo
a ótica de quatro cineastas: três são
ainda hoje grandes nomes da história do cinema,
os italianos Roberto Rossellini e Pier Paolo Pasolini
e o francês Jean-Luc Godard; já Ugo
Gregoretti é menos referido hoje em dia. O
título da produção vem dos nomes
dos diretores: Ro de Rossellini, Go de Godard, Pa
de Pasolini, G de Gregoretti.
Na
verdade, nem Rossellini, nem Godard, nem Pasolini
colocam seus episódios entre as melhores coisas
que realizaram; temos a impressão de estilistas
refinados que, no espaço miúdo dos
filmes, não lograram aprofundar suas intenções.
Mas o pior episódio de todos é o de
Gregoretti, bruto e insípido, não tem
nem mesmo a categoria do belo estilo dos outros cineastas.
Pureza,
de Rossellini, trata de um homem de meia-idade que
em suas andanças se deixa fascinar por
uma jovem, Ana Maria, e a filma; a seqüência
final em que o homem mistura seu corpo com as imagens
filmadas da garota é muito bonita. Rossellini
estava no auge de sua capacidade estilística
e sua câmara capta com agudeza o universo existencial
europeu de então; mas faltou aprofundar o
drama da maníaca personagem do homem.
Em
O novo mundo Godard é menos aceleradamente
experimental que sempre foi habitual em seu cinema;
uma relação dum casal em crise e uma
explosão atômica que pode ter modificado
o humor e os sentimentos das pessoas cruzam a narrativa.
Uma cena capital: a mulher diz ao homem: “eu
te ex-amo”. Deixou de amar, mas a sombra do
amor permanece; é uma reflexão sobre
a esterilidade sentimental daquela década,
tratada com mais brilho nos filmes do italiano Michelangelo
Antonioni.
Pasolini
se alonga muito em A ricota, distendendo o ritmo
narrativo. É uma evocação
bíblica ao filmar um diretor (Orson Welles)
que está dirigindo uma produção
da história de Jesus. Seqüências
a cores (cores frias e artificiais, quase teatrais,
como era comum nos primeiros tempos das películas
a cores) se alternam com outras (a maioria) em preto-e-branco.
Pasolini não perde a oportunidade de fazer
propaganda de um de seus filmes de então:
o diretor vivido por Orson Welles está lendo
uma poesia para o jornalista que o entrevista; a
capa do livro contém uma fotografia e o título
Mamma Roma, filme rodado por Pasolini em 1962.
Em
O frango caseiro Gregoretti acompanha obtusamente
a vida duma família italiana em busca dum
bom lugar para residir, até o momento do acidente
fatal. Fazendo referências ao raso mundo televisivo
de então (como suas citações
de Topo Gigio), Gregoretti mostra que está hoje
muito justamente esquecido. O melhor do episódio é a
presença do grande ator italiano Ugo Tognazzi. (Eron Fagundes)
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Extras
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- Os Diretores: biografias bem escritas dos quatro
diretores, com suas filmografias selecionadas (Godard
e Pasolini) ou completas (Rosselllini e Gregoretti).
-
Os Atores: textos sobre Orson Weles e Ugo Tognazzi,
com suas filmografias selecionadas.
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Críticas
ao DVD
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Um filme apenas interessante, numa edição
também bem restrita. A qualidade da imagem
está boa, porém com algumas diferenças
de contraste (devido a própria fotografia
de cada episódio). vale aqui uma informação:
está em widesreen otimizado para TVs wide, ou seja,
anamórfico, o que é um grande mérito da distribuidora.
O áudio
está ok.
Os extras é que decepcionam, apenas textos.
Na verdade, este DVD vale pela curiosidade, mediano
assim como o filme. Mas praticamente inédito
mundialmente no formato. Isso já é alguma
coisa.
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Menus
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Resenha
publicada em
05/01/2005
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Por
Eron Fagundes (filme) e Edinho
Pasquale (DVD)
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Seu comentário
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