O diretor
italiano Franco Zeffirelli arrebatou o mundo do cinema
quando escolheu dois jovens desconhecidos para viver
o amor impossível de Romeu e Julieta. Foi
porém uma jogada de mestre, que resultou em
um dos mais populares filmes de todos os tempos,
aclamado mundialmente e que recebeu quatro indicações
para o Oscar. O clássico romance de Shakespeare é representado
com um visual surpreendente, numa deliciosa e moderna
versão, trazendo nova vitalidade e imaginação à mais
duradoura história de amor já escrita.
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A mais
famosa história de amor de todos os tempos, obra-prima
de William Sheakspeare, já teve inúmeras versões
para o cinema. Ainda nos tempos do cinema mudo, a
primeira versão foi realizada em 1900, seguida por
mais algumas até a década de 20. Em 1936, foi filmada
por George Cukor (com Norma Shearer e Leslie Howard),
sendo a mais bem realizada adaptação para o cinema.
Mesmo as adaptações, ou melhor, os filmes baseados
no mesmo texto, foram também muito bem realizados
como no magistral Amor, Sublime Amor (West Side Story),
ambientada em Nova York e que foi para muitos o melhor
musical da história do cinema.
Este
de Zefirelli foi o de maior sucesso de público, ainda
considerada a melhor versão. Ricamente
realizada nas locações "originais", ou seja, na Itália,
tem uma excelente fotografia, vencedora do Oscar
(R). O filme também ganhou a estatueta pelos excelentes
figurinos e teve as indicações de melhor diretor
e melhor filme, perdendo para Oliver!. A
música tema de Nino Rota é uma das mais conhecidas
de todos
os tempos, juntamente com a do filme O Poderoso Chefão,
também de sua autoria.
A escolha
do elenco foi um golpe de mestre, pois os desconhecidos
Olívia Hussey e Leonard Whiting, respectivamente
com 15 e 17 anos na época, têm um ótimo desempenho,
fato este que levou muitos adolescentes aos cinemas
para ver as duas novas revelações, belas e jovens.
Não tiveram grandes dastaques depois deste filme,
mas ficaram mundialmente conhecidos, talvez até em
demasia. O elenco brilha como um todo, sendo praticamente
a estréia do ótimo Michael York no cinema. Os diálogos
são
muito bem escritos e acessíveis, o texto é bastante
fiel a história original. Apresenta
cenas bastante lembradas, como as do balcão e a breve
nudez dos personagens principais.
Enfim,
um belo filme, bem contado, baseado num dos maiores
textos dos ultimos tempos. Infinitamente superior
à bobagem feita por Leonardo de Capprio nos
anos 90.
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