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Com: Al Pacino, Catherine Keener, Evan Rachel Wood, Jason Schwartzman, Winona Ryder, Pruitt Taylor Vince, Jay Mohr, Rachel Roberts e Daniel von Bargen.

 

Diretor

Duração

Produção

Andrew Niccol

117 min

2002, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Comédia

New Line Home Enterteinment
21/01/2003 (EUA)

Cotação:

Sinopse

Viktor Taransky (AL PACINO) é um diretor decadente, que já chegou a ser indicado ao Oscar, e acaba de perder sua última chance de voltar a ter sucesso, pois a temperamental estrela Nicola Anders (WINONA RYDER) desistiu de participar de seu filme, Sunrise, Sunset. E junto com ela foi embora a auto-estima de Taransky. Despedido por sua ex-mulher e chefe do estúdio Elaine Christian (CATHERINE KEENER), Taransky perdeu a esperança de recuperar a vida que tinha com ela e a filha do casal, Lainey (EVAN RACHEL WOOD). É aí que aparece o gênio da computação Hank Aleno (ELIAS KOTEAS).

Hank possui uma invenção e está certo de que ela estará nas melhores mãos - com Taransky. Ele faz uma proposta maluca ao diretor que, a princípio, a rejeita, mas acaba sendo convencido a aceitá-la. Hank, então, dá a Taransky um software que mudará sua vida para sempre - fazendo-se apenas alguns ajustes, surge uma estrela da noite para o dia: "SIMONE".

"SIMONE" é a maior fantasia de qualquer diretor, pois, ao contrário de suas colegas de carne e osso, nunca envelhece ou engorda, não fica bêbada e nunca vai precisar de reabilitação. Ela não tem agente, empresário, entourage ou guru religioso, e nunca vai exigir um trailer maior ou um jatinho particular. Ela mesma faz as cenas perigosas, sem precisar de dublê; não tem problemas com a nudez - para ela as roupas são mera opção. Está programada para adorar qualquer roteiro que lhe seja oferecido e não está nem um pouco interessada em dinheiro. O único poder que deseja vem de uma tomada elétrica.

Subitamente, Taransky prova o gostinho do sucesso com que sempre sonhou e tem a estrela mais admirada do mundo sob seu controle. Mas será que tem mesmo?

O intrépido repórter de um tablóide sensacionalista Max Sayer (PRUITT TAYLOR VINCE) está fazendo o possível e o impossível para provar o contrário. E as coisas se complicam ainda mais quando a inocente criação de Taransky passa a querer comandar sua própria vida.

Numa reviravolta (com conseqüências cômicas) jamais imaginada por Taransky, a criação - ou criatura - está prestes a mostrar ao criador o sentido de "Eternity Forever".

As coisas reais nunca pareceram tão boas quanto agora.

Comentários Sobre o Filme

Este filme gerou muita expectativa antes de sua estréia, pois não revelou se a personegem principal, Simone (na verdade, um anagrama de "SIMulation ONE") seria, sendo "guardada a sete chaves", ou seja, fizeram suspense sobre quem faria o papel ou mesmo se seria totalmente criada por computador. Tudo isto para gerar ainda mais curiosidade e enaltecer o tema, o desconhecido que tem carreira feita pelo marketing, tendo ou não talento, enfim, um tema bastante discutido e atual. Ela era conhecida como Anna Green, também uma paródia do "fundo verde" (annamorphic green) utilizado nas inserções cenas em computadores, ou seja, a crítica estava tanto na ficção como na realidade.

O diretor Niccol, que antes havia aborado o tema pelo lado inverso com "O Show de Truman" (a personagem era real e o mundo é que era fictício) preferiu adotar uma linha light, partindo para um humor leve, satírico, o que faz com que a seriedade do tema seja abordada na base do "politicamente correto", mas que nas entrelinhas ele nos mostra as suas verdadeiras críticas. Desde cenas tipo pastelão (a da piscina) ao show a la Christina Aguilera, passando pela cena do hotel ao nome de alguns personagens (Nicola Anders, meio que o inverso do nome do próprio diretor, outros com nome de "Lotus" ou "Hal Sinclair", ligados à informática), até a sátira de utilizar equipamentos ultra sofisticados para a criação da atriz virtual ao mesmo tempo em que em determinada cena utiliza de um disquete extremamente antigo, um dos primeiros modelos. E com um bom final, inteligente.

Al Pacino se sai bem como comediante, segura bem a dosagem do humor e angústia do personagem, sem cair na caricatura. Os coadjuvantes são apenas corretos e a personagem principal, Simone, feita pela modelo Rachel Roberts, realmente não é atriz mais maravilhosa do mundo, mas se sai bem ao tentar, mesmo que por vezes digitalmentes, paracer uma mistura de: "expressividade de uma Audrey Hepburn, a voz de uma Lauren Bacall e a sensualidade de uma Sofia Loren", conforme diz Al Pacino no filme (não de Cameron Diaz Michele Pfeifer, Julia Roberts e Jennifer Lopez, conforma anúncio da distribuidora do filme no Brasil, que, aliás. até este momento em que estou ecrevendo, início de abril de 2003, ainda não estreiou o filme nem nos cinemas, vem adiando desde outubro do ano anterior).

Resumindo, uma história leve, que tem seus momentos engraçados, com uma crítica bem aguçada ao "establhishment" de Hollywood, aplicado também ao famoso "sucesso fácil e fabricado", que tanto vemos por aqui também. É um filme interessante que merece ser visto, sem ser chato ou radical. Na verdade, uma deliciosa comédia, tecnicamente primorosa.

Áudio
Legendas
Vídeo
Região


Inglês (DD 5.1 EX ou DTS 6.1 ES)
Inglês


Anamórfico

Extras

• Documentario "Cyber Stardom": um breve depoimento de todos os envolvidos com o filme falando da produção e da idéia de se existir o componente irreal se misturando ao real, com aproximandamente 8 minutos.

• Documentario"Simulating Simone": com 6 minutos, mostrando o uso do CGI (computação gráfica) no filme e seus efeitos especiais.

• Cenas deletadas: em um total de 19 (todas ótimas, com a mesma técnica qualidade do filme), têm como alternativa o resurso de serem assistidas durante o filme, bastando acionar o controle remoto quando aparece o logotipo do filme, pewrmitindo que vejamos ou não uma versão mais completa do filme. Muito interessante. (Tem um exemplo abaixo)

• Teaser Trailer (em wide anamórfico e com som DD 5.1....)

• Trailer de Cinema (em wide anamórfico e com som DD 5.1....)

• DVD Credits (basta acessar o logotipo da New Line na tela principal)

• Conteúdo em DVD-ROM: acesso ao filme, trailers e, principalmente, o roteiro do filme (pode-se ver o filme com o roteiro escrito ao lado). Além de um genial site onde "Simone" apresenta se portifólio, como se fosse uma tariz real, com livros escritos, wallpapers etc., bem criativos e seguindo a linha da sátira.

Críticas ao DVD

Sinto que por vezes sou insultado por ser brasileiro, pois um filme que teve tal repercussão sequer foi lançado no cinema quando do lançamento do DVD nos EUA (mesmo em não sendo uma obra-prima), vendo uma edição correta e tecnicamente impecável em DVD só porque é importado. Só me resta torcer para que pelo menos a distribuidora no Brasil nos traga a mesma qualidade por aqui. Não é o que o passado comprova, vide a tal da "janela" para locação, onde os DVDs são mutilados e, quando vendidos ao consumidor final, vem "pelados" em relação ao real conteúdo do lançamento americano (e mesmo assim com problemas, como no caso de Blade 2, onde para se aproveitar da tecnologia DTS tinha que ver o filme ou ouvi-lo, não simultaneamente, pois não havia sincronismo entre imagem e som! Me lembrou até as novelas mexicanas dubladanos anos 70).

A qualidade deste (importado) é um exemplo. Menus animados sem exageros, imagem tecnicamente excelente, respeitando o consumidor oferecendo duas opções de formato de tela (standard e widescreen anamórfico), áudio em DD e DTS extremamente bem equilibrados e extras interessantes, sem exageros. Tá, poderia ter uma trilha de áudio com o comentário do diretor. Mas nem tudo é perfeito.

Fica aqui o registro para as distribuidoras que se dizem "pequenas" e as grandes: respeitem mais nós, pobres cinéfilos brasileiros, que, ou levam quase um ano para assistir um filme no cinema ou são "brindados" com versões ridículas de DVDs em termos de qualidade, ainda mais se não tiverem poder aquisitivo para comprar filmes e sim alugá-los. Até quando vão achar que os "tupiniquins" não gostam de qualidade? Que este DVD venha na sua versão nacional pelo menos com dignidade.

Menus, Imagens e DVD-ROM
Por Edinho Pasquale

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