Com
Al Pacino, Steven Bauer,
Michelle Pfeiffer, Mary Elizabeth Mastrantonio, Robert
Loggia
|
|
|
|
|
|
168
minutos
|
|
|
|
|
|
|
|
SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
|
|
|
|
|
Áudio
|
Legendas
|
Vídeo
|
Região
|
 
Inglês (DD 5.1), Português (DD 5.1), Inglês (DTS 5.1)
|
Inglês, Português
|
|
|
Sinopse
|
Traficante expulso de Cuba e refugiado em Miami mantém
ligação incestuosa com a irmã e
se vicia em cocaína. Refilmagem do clássico
de Howard Hawks, atualizando a história do famoso
gângster.
A ação se passa agora em Miami e o
personagem principal é um imigrante cubano.
Excessivamente violento, com cenas que beiram o mau
gosto, além de longo e com atores caricatos.
Vale pelo cuidado artesanal de Brian DePalma e pelo
carisma de Al Pacino. Muitas cenas de consumo de
cocaína foram cortadas quando do lançamento
nos cinemas brasileiros.
|
Comentários
|
Grande filme de gângsters da máfia de
latinos cubanos em Miami, de Brian de Palma. Chama
a atenção por ser super violento, com
um final apoteótico, ainda mais na época
que foi lançado (1983). O filme funciona por
3 fatores básicos: Al Pacino x Brian de Palma
x Giorgio Moroder.
Al
Pacino, um dos grandes atores americanos vivos, impactua
o filme todo, mostrando
seu imenso talento
de representar, e não só isso, ele
convence como um mafioso meio psicótico devido às
expressões faciais que faz, já mete
medo e impõe força e respeito, tornando
o filme ainda mais violento e verossímel.
Uma das grandes atuações da sua brilhante
carreia, atuação brilhante que se repetiria
mais tarde em 'Perfume de Mulher'.
Brian
de Palma, um grande diretor, discípulo
de Hitchcock, adora travelers de câmera inusitados
e ambientar o filme com uma atmosfera toda própria
de suspense. De longe este não seu melhor
trabalho, mas seu modo de filmar inusitado e meio
original, impõe ao filme uma atmosfera negativa,
'carregada', sinistra, violenta que se necessita
pra traduzir ao tele-espectador a violência
real que é vivenciar neste submundo violento
e cruel.
Giogio
Moroder é um grande compositor. Me
lembro dele como compositor da trilha do Flashdance
(What I'm Feeling, Maniac, Theme of Love, etc) e
ele usou o mesmo tipo de comporsição
neste filme aqui, o que parece ser sua especialidade:
sintetizadores eletrônicos e um som límpido
e simples. A trilha que ele compôs pra esse
filme é simplesmente GENIAL, como 'Tony's
Theme' ou mesmo as canções (compostas
e arranjadas por ele, porém cantadas, a ótima
'She's On Fire' e a sensacional 'Push i to the Limit',
ambos clássicos pop da década de 80
e adoradas até hoje, pois qualidade nunca
envelhece. INCLUSIVE, este filme Scarface serviu
de inspiração para o game GTA 3 (Grand
Thief Auto 3), sucesso absoluto dos consoles e PC's
mundo afora. A inspiração foi TAMANHA
que TODA a trilha do filme está também
incluída na trilha do game GTA 3, que pode
ser ouvida (e mudada) durante o jogo (na seção
80's pop) e isso também contribuiu para o
sucesso do jogo.
As
músicas 'She´s on
Fire' cantadas por Amy Holland e 'Push it to the Limit'
cantado
por Paul Engemann.
Na verdade, estas músicas deram uma atmosfera
tão diferenciada (e anos 80) pro filme como
o rosto emblemático e a atuação
sensacional de Pacino. Acho que o sucesso do filme
até hoje se devem mais por estes 2 fatores.
O diretor parece gostar tanto dessas músicas
que até ela (Push it to the Limit) toca um
trecho INTEIRO direto, sem cortes e ela pura, sem
mixagem dos efeitos incidentais (sons) e diálogos,
como num pseudo-videoclip dentro do filme.
|
Extras
|
Extras (disco 2): TODOS os extras
legendados! Até os
trailers! Parece PIADA (de mau gosto) mas uma Universal
que este ano, na maioria dos seus lançamentos,
só tem lançado DVD 'pipocado' no mercado
(matriz PALmerizada, extras sem nenhuma legenda,
etc.) vem um DVD deste, exemplar, com imagem muito
boa e TODOS os extras legendados, inclusive os trailers!
Será que é por causa do preço
do DVD de
R$ 52,90 ?
-
O Renascimento de Scarface.Interessante
documentário sobre a produção
do filme (que seria uma nova versão de um
filme mais antigo, em P&B), com depoimentos do
produtor, do diretor e de Al Pacino.
-
Interpretando Scarface. Outro
bom documentário sobre a interpretação
de Al Pacino. Apesar de elogiar Pacino, é mais
um extra caprichado. O que é mais interesante
e didático é também falar sobre
a interpretação da maior parte do elenco
principal assim como sua escalação
e vários fatos sobre a vida de alguns atores.
-
A Criação de Scarface. Outro
enriquecedor documentário falando sobre
as dificuldades de filmagem, etc. Como nos outros,
o produtor (sempre interessado e interessante) lidera
o documentário. Depoimentos de vários,
como Oliver Stone (roteirista), Brian de Palma (diretor)
e outros. Todos os documentários bem feitos
e interessantes.
-
Scarface: a Versão para Tevê. Um
dos mais interessantes documentários (na
verdade um featurette, pela sua curtíssima
duração), dizendo a censura que os
filmes (como esse, impróprio para menores
de 18 anos, ou 'R' nos EUA) pode passar para poder
ter permissão de passar nas tv's. Muito interessante
como mostram os cortes que o filme tem que receber
para tal: no som, no linguajar chulo e palavrões
e em algumas imagens mais fortes, editadas (cortadas).
Só peca por ser curto demais.
-
Def Jam Apresenta: As Origens de um clássico
de Hip-Hop.
Alguns podem achar este documentário bom,
alguns podem não gostar (não porque
não seja bem feito e produzido e até não
seja interessante vê-lo), pois pra mim começa
uma 'encheção de linguiça',
porém interessante de ver (mas esquecível).
Bom, é os que os cantores de Hip Hops americanos
(negros e latinos) e alguns atores negros da área
acham do filme e suas impressões dele. Aí começa
o elogia (exagerado?) dizendo que o filme foi um
marco, outros dizem que o filme ensina, uma lição
de vida (pelo menos pra eles, tão perto do
tráfico, máfia e violência),
que mudou a vida deles, etc, etc. A parte chata é porque
pode parecer que, através da visão
(simplista) deles (aparentemente não tendo
muito QI) que eles querem explicar o que não
se precisa de explicação, pra quem
viu o filme. Bom, não deixa de ser interessante.
Até parece aqueles programas de tv que cada
um dá sua opinião de coisas que, pela
simplicidade e OBVIEDADE, não precisariam
de 'explicação' alguma, ainda mais
pelo QI de quem se propõe a 'explicar'. Mas
não deixe de conferir (e até discordar
de mim).
-
Cenas Excluídas.
Interessante. Mas nada que eu vi chamou muito a atenção.
-
Trailer de Cinema
-
Trailer Teaser
|
Críticas
ao DVD
|
Apresentação: Vem
numa 'luva' de papelão
em que o DVD entra por cima ou por baixo, por isso
convém deixa o plástico original pra
o DVD não descer por baixo e cair. DVD duplo,
sem encartes e capa com design feio e simplista.
Menu: animado e ótimo, com uma trilha ótima
tocando de fundo. Com partes do filme e parte desenhadas
de maneira mixada e estilizada.
Imagem: Mesmo o filme tendo quase 3 horas de duração,
os artefatos de compressão são imperceptíveis.
Só se nota em determinadíssimos trechos,
somente na pausa e são pequenos. Enfim, um
bom trabalho de compressão neste título
aqui. Infelizmente existem artefatos de película,
mas são específicos a só determinados
pontos: cenas escuras (algumas tem muito, algumas
tem pouco - o que demonstra que tem determinados
trechos do filme mais bem preservados que outros).
Engraçado que, mesmo com estes artefatos
nas cenas escuras, a imagem está tão
nítida e os artefatos estão menos nítidos
que se percebe pouco em relação à outros
DVD's com o mesmo tipo de problema (que na verdade
existem em todos que usam película e quanto
mais antigo o filme, pior). nas cenas claras os artefatos
se percebem pouco, BEM menos, pois como eu disse
a resolução mais alta do filme se contrapõe
aos artefatos ('bolinhas') que parecem menos nítidos,
mais foscos, o que facilita. Posso dizer que a remasterização
(telecinagem) é boa,
com cores definidas e de média pra alta resolução.
Provavelmente a nitidez só não é melhor
pelo tipo antigo de película, mas mesmo assim
surpreende por parecer ser alta resolução
mesmo. Os níveis de luminância (branco,
contraste) são muito bons e chega a surpreender
pelo idade do filme. As cores estão levemente
esmaecidas, mas creio que seja pela idade do filme
e o tipo de película e processo laboratorial
que se fazia nos anos 80 e a estética usada
pela Universal nos filmes de outrora. O único
problema é que poderia se fazer uma remasterização
'seletiva' + uma restauração 'seletiva',
específica em cima dos trechos escuros do
filme, naturalmente com muitos artefatos de película
e isto (como é tristemente de praxe) não
foi feito. Mesmo assim, os prós superam em
muito os contras. Não creio ter havido restauração,
pois se houvesse, não aconteceriam as bolinhas
e risquinhos que ocorrem no início e no final
do filme (muito pouco em intensidade, quase imperceptível
e só em alguns trechos) e em alguns pequenos
trechos durante o filme (de novo, quase imperceptível).
O negativo então deve ter sido muito bem preservado,
pois conservou 95% da integridade do filme.
Som: O áudio
em português está bom,
mas meio 'abafado', então não é Hi-Fi
(taxa de amostragem de 22Khz, como no CD). Mas mesmo
assim está boa, sem chiados ou distorções
e inteligível. O som, apesar de remixado pra
5.1 e não ter chiados ou distorções,
assim como o português, está um pouco
baixo e não tem taxa de amostragem de um Hi-Fi
(meio "abafado", mas bem melhor, mais nítido
que o dublado em português). Este problema
está melhor demonstrado no final apoteótico,
pois o som das metralhadoras é meio "abafado".
A remixagem nas músicas (uma especialidade
da Universal) está boa, nítida, mas
poderia estar melhor.
Legendas: Durante as músicas se passar as
legendas para inglês, aparecerá, como
num Karaokê as letras da música. Existe
uma segunda legenda em inglês e português
(3 e 4), mas parece não ter efeito, com certeza
não se trata de uma suposta trilha de Comentários
em Áudio existente (infelizmente). As
legendas são brancas com finos contornos
pretos. Boas.
Prós: Imagem do filme muito boa, som DTS e dublagem em
português. Todos os extras legendados
e extras bons (mas nada de super especial).
Quais
os contras? Imagem poderia ainda ter um tratamento melhor, retirando
alguns risquinhos no início e diminuindo
(seletivamente) as cenas escuras com muitos artefatos
de película. O som poderia ser mais límpido,
melhor taxa de amostragem, Hi-Fi (não analisei
a trilha DTS). Poderiam existir comentários
em áudio, um documentário sobre (a
vida dos) gângsters latinos na América,
se destacando e falando da vida de algumas 'lendas',
videoclips das EXCELENTES músicas pop do
filme, como 'She's on Fire' e 'Push it to the Limit'
(aliás, este problemas são MUITO
comuns em DVDs, até de filmes musicais (vide
Footlose e Flashdance) que existem clips deles,
não os incluírem nos extras do DVD
(até porque negociar com as gananciosas
gravadoras não deve ser um tarefa fácil
pra Hollywood)). Faltou também um documentário
ou featurette específico sobre a música
de Giorgio Moroder no filme e talvez algo sobre sua
vida e obra
(o máximo que se tem é ele no piano
tocando o tema de Tony, e falando ao mesmo tempo,
por menos de 1 minuto é só - relapso
demais). Enfim, se tudo isso o DVD não ganhasse
nota máxima estaria completo e perto demais
disso.
Vale à pena
comprar? Definitivamente vale. O filme é muito bom,
um clássico moderno, a imagem está boa
em boa resolução e os extras são
bons, cumprem o seu papel, mas nada excepcionais,
mas valem. Agora por R$ 52,90... Não sei.
Mas que vale adquirí-lo, vale. Acho que se
tivesse a R$ 29,90 ou mesmo a R$ 39,90 o preço
seria mais justo..
|
Menus
|
|
Resenha
publicada em
20/12/2004
|
Por
Manoel & Diego dos Santos
|
|
Seu comentário
|
|