Com Sigrid Alegría, Álvaro Rudolphy, Patricio Contreras, María Izquierdo, Boris Quercia, Cecilia Amenábar, Francisco Pérez-Bannen, Javiera Díaz de Valdés

"Mostrar em um tom humorado e descompromissado o que todos pensam e vivenciam, mas que ninguém se atreve a falar. É exatamente isso que o diretor chileno Boris Quercia propõe em seu primeiro longa. Ao retratar a história de Luisa, uma professora de último ano de ensino fundamental que terá a delicada tarefa de abordar, junto aos pais e demais professores, a educação sexual entre seus alunos, o cineasta mostra que as histórias mais próximas da vida cotidiana são aquelas que mais atraem e encantam o público. Luísa leva uma vida sexual repleta de surpresas, assim como os pais de seus alunos. Envolvida em um ardente romance com Jorge, pai de um aluno, a professora terá que rever seus conceitos ao discutir o tema “educação sexual” em sala de aula. Mas a escola é apenas uma extensão do que se aprende em casa. É neste contexto que outros pais de alunos entram nessa hilariante trama. Emilio e Macarena enfrentam um momento muito difícil na relação. Ela sofre de um terrível bloqueio psicológico e não permite que ele a toque mais. Emilio entra em um estado de profunda frustração, podendo ocasionar ainda mais surpresas. Por outro lado, Álvaro, outro professor do colégio, desfruta do seu permanente estado de promiscuidade. Apesar de ser um marido exemplar e muito apaixonado por sua mulher, que dará a luz ao seu segundo filho, é nas suas amantes que encontra a verdadeira satisfação. SEXO COM AMOR se destacou em festivais internacionais. Trata-se de uma comédia que não só faz rir, mas também mostra uma reflexão sobre a maneira com a qual vivemos nossos amores. "

É bom que pela primeira vez em anos, desde Johnny Cem Pesos, um filme chileno esteja chegando às nossas salas de cinema e lojas e aos nosso mercado de vídeo.

E o mais curioso é que se trata de uma fita comercial, campeã de bilheteria por lá, Sexo com Amor, de Boris Quércia. No fundo, apenas uma porno-chanchada, bastante liberal para um país moralista (nudez feminina freqüente, temática forte). Tecnicamente banal (excesso de closes, trilha musical inexpressiva, elenco apenas razoável) o filme tem um roteiro até competente.

São três casais, unidos pelo fato de que seus filhos estão na mesma classe e escola (onde se discute se deve ou não haver aulas de educação sexual). Assim, um deles é um escritor que faz o elogio do sexo com amor (assunto apenas pincelado para dar um tom mais sério à fita) e que está em crise com a esposa e tendo um caso com a professora de sexo, que por sua vez tem um caso com um pintor (o problema é quando ela engravida).

Outro casal é um galinha, incapaz de ser fiel à esposa que está grávida, mas que morre de ciúmes quando ela arranja um amigo gay. E um terceiro, um açougueiro que tem problemas de cama com a esposa (ambos tentam resolvê-lo, através da masturbação e do adultério em família). Depois de conhecermos os personagens, as piadas correm mais fáceis e, por vezes, fazem rir. Nada mais. (Rubens Ewald Filho)

- Trailer (sem legendas)

- Galeria “da” Foto: isso mesmo, com este “descuido da nossa língua”... 35 fotos com cenas do filme, com um trecho de música em “looping”, ou seja, se repete apenas um trecho ao longo de todos os quase 3 minutos.

- “Atrás das Cenas”: mais uma vez o título errado com uma seqüência de imagens, hora apenas musicadas, hora com depoimentos e cenas de bastidores, sem um “fio condutor”, parece que colocadas aleatoriamente nos seus 32 minutos de duração. E sem legendas.

É uma pena que, depois de tanto tempo, uma produção chilena chegue aqui com esta qualidade. A imagem está em letterbox, ou seja, mantém o formato original do cinema, mas não se adapta a quem tem TV neste formato. Até aí, “tudo bem”. Mas a qualidade... tem boas cores, mas alguma granulação e excesso de compactação, provocando, em algumas partes, como no início (é notório nos créditos iniciais), os famosos “quadradinhos” na imagem. O áudio, apenas em Espanhol em 2 canais. Mas o pior é a legenda em português, com muitos acentos agudos (incompreensíveis) em várias palavras com a letra “a”. Aliás, chega até a ser curioso! Os menus são até que simpáticos, animados, porém com muitos erros gramaticais. Os extras são fracos. Como de hábito (na verdade, isso não ocorria há algum tempo), não há legendas em nenhum deles (não informado na embalagem). Se você fala Espanhol (ou portunhol...), pode compreender alguma coisa. Enfim, um simpático filme de “nossos irmãos” do Chile, com o DVD com o mesmo descaso de algumas produções nacionais. Mas como sempre digo, não deixa de ter a sua importância para quem gosta de conhecer o cinema de outras culturas e povos.