As sociedades secretas são organizações fraternais que existem por quase dois séculos e têm sido o local de treinamento para futuros presidentes, senadores e industriais. Tornar-se um de seus membro é um privilégio para poucos. O ingresso em uma dessas sociedades é garantia de futuro êxito e os laços entres seus filiados são fortes e duráveis. Este é o sonho do estudioso Luke McNamara, que trabalha na cafeteria de uma escola para jovens abastados e que vê nesta chance a única maneira de deixar para trás seu passado humilde, assegurar seu futuro e ser aceito pela família de sua amada. Convidado para entrar na SKULLS, uma sociedade extremamente secreta e seletiva que abriga os melhores e mais inteligentes alunos, além dos descendentes dos ricos e poderosos, Luke tem a possibilidade de conquistar tudo que deseja, porém, descobrirá que o preço pode ser bastante alto.

Não dava "nada" pelo filme, mas tinha fortes motivos para acreditar nisso: atores desconhecidos, mais uma "historinha" de fraternidades, um diretor já desacreditado, com "cara" de produção para a TV (o que nem sempre justifica este meu preconceito). O que não foi a minha surpresa ter assistido a um suspense acima da média, apesar do final ser muito "padrão". O ator principal, Joshua Jackson, superou a minha expectativa, corrompendo minha muralha de proteção contra atores "geração MTV e Pânico". A trilha sonora, regida por novas bandas de pop/rock, ajuda em muito o desenrolar da trama, inclusive nos momentos românticos do filme. Sendo brasileiro, estas "sociedades secretas" não passam de ficção norte-americana, porque não temos grupos semelhantes por estas bandas, além das seitas religiosas e da rede de maçonaria, e que não são nada "secretas". Por isso, o filme é interessante, por ser novidade para nós a exposição destes assuntos, que segundo a sua introdução, no mínimo 3 presidentes já saíram destas "sociedades secretas"... (brrrr.. que "medão"...).

Menus interativos (bom trabalho da Careware), seleção de cenas (básico), notas sobre elenco e diretor, notas de produção e sinopse (não informadas na caixinha), cenas inéditas (10 no total, mas inexplicáveis do porquê de terem sido excluídas, falha imperdoável), entrevistas (com 8 pessoas da produção e elenco) e MAKING OF (cerca de 15 min.). Quanto às entrevistas, realmente, são bem chatinhas e mal editadas. Entre um "fade" e outro, a imagem começa a ser gerada sem estar devidamente pronto o áudio e a legenda. Penso que deve ser falha do próprio "master". Porém, em relação ao "making of", tudo está bom. É este tipo de programa que descobrimos o "outro lado" da realização de um filme, incluindo ensaios, tomadas, AÇÃO!, CORTA!, enfim, o clima (quase) descontraído de um set de filmagens. Todos os extras estão legendados.

A distribuidora EUROPA FILMES novamente está de parabéns em apresentar todos os extras legendados, e com uma edição quase melhor que a lançada na Região 1, entitulada, "The Collector's Edition" (aqui tem as cenas deletadas com comentários do diretor). Novamente, insisto que os extras sejam melhores divulgados na embalagem do DVD. Porém, vai mais um elogio para a edição nacional: não colocaram o rótulo de EDIÇÃO DO COLECIONADOR, o que virou "moda" em outras distribuidoras. Ah, mais uma perguntinha: aonde ficou o formato Widescreen? Perdeu-se entre as bagagens na alfândega? Porque na edição gringa tem WIDESCREEN...