Com Angelina Jolie, Ciaran Hinds, Gerard Butler, Noah Taylor, Djimon Hounsou, Til Scheweiger, Christopher Barrie

Lara Croft volta à ação e enfrenta sua mais perigosa missão: recuperar o que a antiga civilização acreditava ser a essência de todos os males, a Caixa de Pandora. Ela precisa percorrer o globo, da Grécia a Hong Kong e Quênia, e mais além, para obter a caixa, antes que seja encontrada por um cientísta maníaco, cujo plano é usá-la para extermínio em massa. Para essa aventura, Lara recruta seu ex-parceiro, Terry Sheridan, um perigoso mercenário, que já havia traído Lara e também o país. Ela sabe que ele é o melhor para essa missão, mas será que dá para confiar?

Não há dúvida de que Lara Croft: a origem da vida (Lara Croft Tomb Raider – the crade or the life; 2003), de Jan De Bont, o segundo filme que traz a heroína beiçuda e brava interpretada por Angelina Jolie com o desembaraço do ridículo necessário à sua personagem, é uma aventurinha rasteira, feita para preencher o entretenimento do vazio do publico contemporâneo. A primeira imagem da fita é um grandiloqüente superplano aéreo (a pasteurização do que Alfred Hitchcock fez, de maneira maravilhosa, em Os pássaros, 1963) em que a câmara percorre uma paisagem urbana para, ao fim da seqüência, deter-se num local, situado no alto, em que há um casamento e as pessoas dançam; a música neutra e distanciada do superplano aéreo é bruscamente substituída, quando a câmara se abeira dos festeiros, pela música-in, descontraída e íntima do ambiente. O filme, em sua maior parte, abdica do realismo ambiental para seguir aquela partitura distanciada que é o próprio signo da aventura fútil.

Creio que mesmo os amantes da aventura cinematográfica em si não lograrão engolir as futilidades propostas de pela realização de De Bont. Como ocorria no primeiro filme de Lara/Angelina, o roteiro inclui questões mitologicamente sofisticadas, como a Caixa de Pandora grega, para tapar o sol com a peneira: esconder sua inenarrável bobagem. (Eron Fagundes)

- Comentários do Diretor Jan De Bont.

- Cenas Inéditas/Alternativas: 7 cenas que podem ser vistas individualmente ou de uma só vez, como ou sem os comentários do diretor. São elas: “Embaizada da Inglaterra, Nairobi” (1 minuto), “Lara É Resgatada por um Submarino” (54 segundos), “MI8 na Mansão de Croft” (1 min.), “Lara Entra na Prisão” (57 seg.), “Terry e Lara” (1:45 min.), “Mah Jong” (2:40 min.), “Final Alternativo” (3:17 min). Ao escolher cada cena é obrigatória a escolha de se quer ou não o comentário, por isso, é mais fácil assistir todos de uma vez.

- Documentários Extras: divididos em cinco temas, mostra os detalhes de produção de cada um, com entrevistas e cenas de bastidores. Os temas são: “Treinamento” (8:55 min), “Veículos e Armas” (4:28), “Dublês” (10:53), “Efeitos Visuais” (11:25) e “Trilha Sonora” (4:42).

- Teste de Gerard Butler: aproximadamente 4 minutos de testes.

- Videoclipe: Korn - "Did My Time" (4 minutos).

- Videoclipe: The Davey Brothers- "Heart Go Faster" (3:35 ninutos).

- Arquivo do Set Original de Cinema: disponível apenas para quem tem DVD no computador.

Um DVD tecnicamente ótimo, com excelente qualidade de imagem, mantendo o formato original de cinema, em widescreen e ótima qualidade de som. Num filme onde os esfeitos especiais são o forte, faltou a trilha em DTS para quem tem um Home Theater. Mas há a dublagem em português, também bem distribuída em 5.1 canais.

Os menus são animados (o inicial e algumas transições) e musicados, bem de acordo com o filme. Os extras (todos legendados, exceto o DVD-ROM), de bom tamanho, com tudo o que se gosta numa produção deste tipo. A embalagem está correta, bem informativa, sem encarte mas com as informações de capítulos (26) no interior da capa (embalagem transparente).

Um DVD tecnicamente quase perfeito, pena que o filme não ajuda em nada. É apenas um passatempo, isto se olharmos apenas como tal, sem levá-lo a sério. Pode divertir.

Este DVD foi gentilmente cedido pela Paramount.