Com: Vin Diesel, Samuel L. Jackson, Asia Argento

Xander Cage (Vin Diesel) é um aventureiro radical que, até então, tem sido considerado intocável pela lei. Mas quando o desfigurado agente da NSA Gibbons convence Cage a se infiltrar em uma impetuosa facção do crime organizado russo, esse novo tipo de agente secreto (apelidado de XXX) violentamente derrota os inimigos da justiça nesse turbinado e eletrizante filme do aclamado diretor de Velozes e Furiosos.

O filme começa e termina com um nome apenas: VIN DIESEL. É a nova aposta dos produtores de filmes 'sem-cérebro' que já tiveram em seu círculo, nomes confirmados como STALLONE, SCHWAZENEGGER, Steven SEGAL, Kurt RUSSEL, Bruce WILLIS e centenas de outros que se deram bem num ou noutro filme de ação e sumiram do mapa. Realmente, nem sei se 'aposta' é o termo correto, porque o cara já alcançou um status que muitos daqueles que citei suaram a camiseta para chegar à casa dos 15 milhões de dólares por filme. E tudo começou no papel de bandido em VELOZES E FURIOSOS (2001), cujo galã era para ser Paul WALKER (e que vai assumir sozinho, talvez agora tenha mais sorte, a continuação).

Antes disso, tinha sido mais um da tropa do Tom HANKS em RESGATE DO SOLDADO RYAN (1998) e na boa ficção científica PITCH BLACK (2000), que repetirá o mesmo papel em RIDDICK (2004), título homônimo do seu personagem. Em Triplo X, ele está como o diabo gosta: recrutado para ser agente 'especial', o cara deita e rola com cenas impressionantes de pura adrenalina. Tem gente que comparou com o agente britânico 007, mas as similitudes se restringem apenas às sequências exageradas, como da moto que literalmente 'voa' sobre tudo e todos. Ou nas cenas de skydiving, também.

Tudo é muito exagerado em Triplo X, para um roteiro que precisa apenas fazer os links corretos para dar espaço a VIN DIESEL mostrar seus músculos, e porque não, simpatia. Para um ator que já foi indicado a melhor performance dramática no famosos festival de SUNDANCE pelo pequeno STRAYS (97), não fica difícil lançar frases de efeito no meio de explosões e artilharia pesada. Tem-se o exemplo de outro ator (ator?) musculóide, Dwayne "The Rock" Johnson, que fez o REI ESCORPIÃO (2002) e que é um milhão de vezes pior do que VIN DIESEL, e que, se não me engano, deve ter cursado a mesma escola de composição dramática com o gaúcho Ricardo Macchi (o mesmo da Casa dos Artistas e de novelas globais).

Enfim, Triplo X é um bom divertimento, barulhento e completamente inverossímil, mas quem se importa? Para os produtores, arrecadou uma fábula nas bilheterias (só nos EUA, mais de 150 milhões de dólares) e a continuação está marcada para 2004, ou seja, a série está aberta até conseguir pagar o salário de VIN DIESEL, merecidamente...

· Comentários do diretor: interessantes e devidamente legendados!

- O Diário do Diretor: divididos em duas partes (mas que devem e podem ser assistidos de uma vez só), uma chamada de "Pré-Produção (EUA)" e outra de "Pós-Produção (Praga), não obedece este critério de divisão, mas é extremamente interessante, pois mostra que realmente o diretor quis fazer: um filme de ação. Ponto. O enfoque do diário é como foram realizadas as cenas e seus efeitos especiais, mostrando alguns aspectos interessantes (gravação com diversas câmeras, o uso da computação gráfica apenas para planejar a cena etc.) e, apenas no final do segundo documentário, motra um pouco da edição, trilha etc. (a verdadeira Pós-Produção). Mas diverte e mostra detalhes informativos para quem gosta do gênero.

- Extras: "Planejando Velocidade - Os Veículos de Triplo X" (documentário de 6m55s onde o diretor de arte e o desenhista de produção mostram a preparação desde a preparação CGI até a construção dos veículos cridos para o filme); "Projetando o Mundo de Triplo X" (com 15m35s, compara este filme de ação com os praticantes de x-Games, dando enfoque adivinhem a que? As cenas de ação, é claro...); "Diesel Motorizado" (não confundam o trocadilho do título: é sim um filmete sobre Vin Diesel e suas habilidades, bem como a equipe e colegas de estúdio dizendo como é bom trabalhar com ele. 6m50s)

- Criação de Esfeitos Especias: Novamente mostrando como foram feitas 3 cenas de ação ("Criando a Avalanche na Montanha", 1m10s; "Criando uma Avalanche", 1m18s; Explosão da Cabana, 38s) , com ou sem o comentário do diretor, tendo a opção de se assistir a todas as cenas em sequência.

- Cenas Inéditas: 10 cenas que não entraram no filme, com legendas nos diálogos e com a opção de se ter o comentário do diretor, mas sem legendas. Também se pode assistir em sequência.

- Video Clipe: "Adrenaline", com Gavin Rossdale (4m19s)

- Filmografias: lista selecionada de filmes do diretor, do roteirista e dos atores

- Trailers de Cinema: do próprio filme (1m30s) e dos filmes "Anger Menagement" (1m40s, o novo filme de Adam Sandler e Jack Nicholson) e "Drakness Falls" (2m). TODOS SEM LEGENDAS.

Todos os extras estão legendados em português, exceto quando indicado.

Pra quem gosta de ação, o filme e os extras são um prato cheio. Os extras, neste sentido, são ótimos e completos.

Os menus animados são também cheios de ação, muito bem realizados.

O áudio está perfeito mas a imagem... está bem fraca. Por vezes está borrada, não sei se por problemas de autoração, taxa de compressão ou mesmo um master de qualidade inferior. Já em outras cenas a imagem está boa, ou seja, bem inferior aos lançamentos da produtora. Por vezes se tem a impressão de que a qualidade das imagens nos extras está bem melhor. E apenas com a opção de "Tela Cheia" (Standard, 1.33:1). Parece que agora o "mercado" pede isto, mas nós não. Acho que um filme como este perde muito com este formato, dá pra notar nos extras, onde algumas cenas são mostradas em wide e dá pra se perceber o quanto das imagens são excluídas. Severia ser lançado pelo menos nos dois formatos. Por isso, além da falta de algumas poucas legendas, o DVD não merece nota maior, apenas no máximo uma nota 3...

Este DVD foi gentilmente cedido pela Columbia Tristar Home Enterteinment.