Com
Brad Pitt, Eric Bana, Orlando Bloom, Brian Cox, Julian
Glover, Diane Kruger, Peter O’Toole
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163
minutos
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SOM & IMAGEM |
FILME |
EXTRAS & MENUS |
GERAL |
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Áudio
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Legendas
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Vídeo
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Região
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Inglês (DD 5.1 EX) e Português (DD 5.1 EX)
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Inglês, Português, Espanhol
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Sinopse
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Nova versão da clássica obra “Ilíada”,
de Homero. Helena (Diane Kruger), a jovem esposa
do Rei Menelau (Brendan Gleeson) e tida como a mulher
mais bela de todos os tempos, foge com o príncipe
Páris (Orlando Bloom) para Tróia, cidade
cujas muralhas são consideradas inexpugnáveis.
Com a ajuda de seu irmão, o Rei Agamenon (Brian
Cox), Menelau reúne a maior frota da história
da Grécia e lança um ataque maciço
contra Tróia. Porém, mesmo contando
com guerreiros como o invencível Aquiles (Brad
Pitt) e o Rei de Ítaca, Ulisses (Sean Bean),
os gregos encontram no exército troiano, comandado
pelo irmão de Paris, Heitor (Eric Bana), um
formidável oponente, e não conseguem
penetrar nas muralhas da cidade. Isso até que
Ulisses veja um dos seus soldados esculpindo um cavalo
de madeira de brinquedo...
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Comentários
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Tróia possui na direção o competente
Wolfgang Petersen (O Barco - Inferno no Mar), que
apesar de alguns “modernismos” de estilo
e concessões comerciais, conseguiu criar um
bom filme épico. Petersen optou por uma abordagem
mais realista da história e podou por completo
a intervenção dos deuses do Olimpo
na trama, relegando-os à condição
de crenças religiosas. A mãe de Aquiles,
que na obra literária é uma deusa,
até aparece no filme interpretada por Julie
Christie, mas na condição de uma simples
mortal. Por outro lado, a eliminação
dos deuses abriu espaço às motivações
essencialmente humanas da trama, que inteligentemente
evita maniqueísmos ao não atribuir
as funções de heróis e vilões
a ninguém (com a exceção, talvez
do arrogante Agamenom). Adicionalmente, foram mudados
fatos tido como históricos, como a duração
da guerra: o cerco a Tróia, segundo Homero,
durou dez anos, mas no filme temos a impressão
de que se passaram apenas alguns dias. Outra concessão,
esta certamente de grande apelo comercial, foi a
escolha de Brad Pitt para interpretar o relutante
guerreiro Aquiles que, no intervalo das batalhas
onde derrota seus oponentes com movimentos saltitantes,
mostra às câmeras seu escultural traseiro
enquanto faz amor com alguma beldade grega. E também
há a polêmica da partitura musical de
Gabriel Yared (que já foi objeto de uma coluna
anterior), rejeitada em favor de uma trilha original
mais consumível de James Horner. Tróia
possui exuberantes cenas de batalhas, que ao contrário
dos filmes de O Senhor dos Anéis utiliza locações
reais, o que dá maior veracidade às
seqüências.
Apesar
dos 163 minutos de duração do filme, há tantos
personagens que muitos deles não têm
chance ou tempo de serem aprofundados, como Ulisses.
Outro exemplo é Helena, o elemento catalisador
do conflito, que não teve o destaque que devia,
limitando-se quase a ser uma figura decorativa. Já Príamo,
o Rei de Tróia, propiciou que o veterano Peter
O’Toole nos desse um dos melhores momentos
do filme, aquele no qual o monarca humilha-se para
solicitar a Aquiles a devolução do
corpo do seu filho. Brad Pitt até que não
se sai mal como Aquiles, mas quem rouba a cena é mesmo
Eric Bana, ator em ascensão cujos principais
créditos anteriores foram Falcão Negro
em Perigo e Hulk. Enfim, o saldo final de Tróia é positivo,
mas não podemos esquecer que estamos frente
a um superespetáculo de Hollywood, com direito à grandiosidade
e defeitos típicos destas produções
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Extras
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O material suplementar de Tróia está concentrado
no disco 2 (não há qualquer comentário
de áudio no disco 1), e não é particularmente
abundante. Mas, ainda que não possuam a profundidade
do material encontrado em outros lançamentos,
os extras são um ótimo complemento
ao filme e apresentam muitas informações
relevantes e curiosidades sobre a produção
de Tróia. Todos os documentários estão
apresentados em letterbox (exceto Galeria dos Deuses),
com áudio em inglês Dolby 2.0 e legendas
em português:
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No Calor da Batalha - este documentário
de 17 min. é focado na realização
das principais cenas de batalha do filme, com ênfase
na preparação de centenas de extras
e na coreografia dos combates corpo-a-corpo (no confronto
de Aquiles e Heitor, Pitt e Bana dispensaram dublês);
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Das Ruínas à Realidade - neste documentário
de 14 min., ficamos sabendo como as ruínas
da antiga Tróia foram descobertas nos tempos
modernos. Acompanhamos também o trabalho dos
desenhistas de produção na criação
dos sets que vemos na tela, construídos no
México e em Malta;
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Tróia: Uma Odisséia de Efeitos -
como o nome sugere, este featurette com 11 min. é dedicado
aos efeitos visuais especiais que permitiram que
1000 navios gregos e milhares de guerreiros aparecessem
no filme com grande realismo. Nele também
há um segmento para os efeitos sonoros;
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Galeria dos Deuses – este extra é dedicado àqueles
que, como eu, lamentaram a ausência dos deuses
do Olimpo no filme. Em um belo cenário 3-D
feito em computador, podemos selecionar cada divindade
para sabermos a sua história e o papel por
ela desempenhado na Guerra de Tróia.
Encerrando
os extras, temos um trailer de cinema.
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Críticas
ao DVD
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Este é mais um produto exemplar da Warner,
disponível na Região 4 antes mesmo
de ser lançado nos EUA e na Europa. E se por
um lado não reúne tantos extras como
outros DVDs duplos da distribuidora, como Harry
Potter e O Senhor dos Anéis, é tecnicamente
impecável. Os belos e elegantes menus alternam,
na tela, os personagens principais. O filme é apresentado
no formato widescreen anamórfico 2.35:1, com
uma imagem cristalina na qual não se notam
artefatos de compressão. Temos duas faixas
de áudio, em inglês e português,
ambas Dolby Digital 5.1 de ótima qualidade.
Seria esperar demais uma faixa de áudio DTS,
já que a Warner teimosamente insiste em ignorar
o formato. As legendas estão disponíveis
em inglês, português e espanhol.
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Menus
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Resenha
publicada em
02/11/2004
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Por
Jorge Saldanha
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