TRÓIA (Troy )

 

Com Brad Pitt, Eric Bana, Orlando Bloom, Brian Cox, Julian Glover, Diane Kruger, Peter O’Toole

 

Diretor

Duração

Produção

Wolfgang Petersen

163 minutos

2004, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Aventura

Warner

19/10/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês (DD 5.1 EX) e Português (DD 5.1 EX)
Inglês, Português, Espanhol

Sinopse

Nova versão da clássica obra “Ilíada”, de Homero. Helena (Diane Kruger), a jovem esposa do Rei Menelau (Brendan Gleeson) e tida como a mulher mais bela de todos os tempos, foge com o príncipe Páris (Orlando Bloom) para Tróia, cidade cujas muralhas são consideradas inexpugnáveis. Com a ajuda de seu irmão, o Rei Agamenon (Brian Cox), Menelau reúne a maior frota da história da Grécia e lança um ataque maciço contra Tróia. Porém, mesmo contando com guerreiros como o invencível Aquiles (Brad Pitt) e o Rei de Ítaca, Ulisses (Sean Bean), os gregos encontram no exército troiano, comandado pelo irmão de Paris, Heitor (Eric Bana), um formidável oponente, e não conseguem penetrar nas muralhas da cidade. Isso até que Ulisses veja um dos seus soldados esculpindo um cavalo de madeira de brinquedo...

Comentários

Tróia possui na direção o competente Wolfgang Petersen (O Barco - Inferno no Mar), que apesar de alguns “modernismos” de estilo e concessões comerciais, conseguiu criar um bom filme épico. Petersen optou por uma abordagem mais realista da história e podou por completo a intervenção dos deuses do Olimpo na trama, relegando-os à condição de crenças religiosas. A mãe de Aquiles, que na obra literária é uma deusa, até aparece no filme interpretada por Julie Christie, mas na condição de uma simples mortal. Por outro lado, a eliminação dos deuses abriu espaço às motivações essencialmente humanas da trama, que inteligentemente evita maniqueísmos ao não atribuir as funções de heróis e vilões a ninguém (com a exceção, talvez do arrogante Agamenom). Adicionalmente, foram mudados fatos tido como históricos, como a duração da guerra: o cerco a Tróia, segundo Homero, durou dez anos, mas no filme temos a impressão de que se passaram apenas alguns dias. Outra concessão, esta certamente de grande apelo comercial, foi a escolha de Brad Pitt para interpretar o relutante guerreiro Aquiles que, no intervalo das batalhas onde derrota seus oponentes com movimentos saltitantes, mostra às câmeras seu escultural traseiro enquanto faz amor com alguma beldade grega. E também há a polêmica da partitura musical de Gabriel Yared (que já foi objeto de uma coluna anterior), rejeitada em favor de uma trilha original mais consumível de James Horner. Tróia possui exuberantes cenas de batalhas, que ao contrário dos filmes de O Senhor dos Anéis utiliza locações reais, o que dá maior veracidade às seqüências.

Apesar dos 163 minutos de duração do filme, há tantos personagens que muitos deles não têm chance ou tempo de serem aprofundados, como Ulisses. Outro exemplo é Helena, o elemento catalisador do conflito, que não teve o destaque que devia, limitando-se quase a ser uma figura decorativa. Já Príamo, o Rei de Tróia, propiciou que o veterano Peter O’Toole nos desse um dos melhores momentos do filme, aquele no qual o monarca humilha-se para solicitar a Aquiles a devolução do corpo do seu filho. Brad Pitt até que não se sai mal como Aquiles, mas quem rouba a cena é mesmo Eric Bana, ator em ascensão cujos principais créditos anteriores foram Falcão Negro em Perigo e Hulk. Enfim, o saldo final de Tróia é positivo, mas não podemos esquecer que estamos frente a um superespetáculo de Hollywood, com direito à grandiosidade e defeitos típicos destas produções

Extras

O material suplementar de Tróia está concentrado no disco 2 (não há qualquer comentário de áudio no disco 1), e não é particularmente abundante. Mas, ainda que não possuam a profundidade do material encontrado em outros lançamentos, os extras são um ótimo complemento ao filme e apresentam muitas informações relevantes e curiosidades sobre a produção de Tróia. Todos os documentários estão apresentados em letterbox (exceto Galeria dos Deuses), com áudio em inglês Dolby 2.0 e legendas em português:

- No Calor da Batalha - este documentário de 17 min. é focado na realização das principais cenas de batalha do filme, com ênfase na preparação de centenas de extras e na coreografia dos combates corpo-a-corpo (no confronto de Aquiles e Heitor, Pitt e Bana dispensaram dublês);

- Das Ruínas à Realidade - neste documentário de 14 min., ficamos sabendo como as ruínas da antiga Tróia foram descobertas nos tempos modernos. Acompanhamos também o trabalho dos desenhistas de produção na criação dos sets que vemos na tela, construídos no México e em Malta;

- Tróia: Uma Odisséia de Efeitos - como o nome sugere, este featurette com 11 min. é dedicado aos efeitos visuais especiais que permitiram que 1000 navios gregos e milhares de guerreiros aparecessem no filme com grande realismo. Nele também há um segmento para os efeitos sonoros;

- Galeria dos Deuses – este extra é dedicado àqueles que, como eu, lamentaram a ausência dos deuses do Olimpo no filme. Em um belo cenário 3-D feito em computador, podemos selecionar cada divindade para sabermos a sua história e o papel por ela desempenhado na Guerra de Tróia.

Encerrando os extras, temos um trailer de cinema.

Críticas ao DVD

Este é mais um produto exemplar da Warner, disponível na Região 4 antes mesmo de ser lançado nos EUA e na Europa. E se por um lado não reúne tantos extras como outros DVDs duplos da distribuidora, como Harry Potter e O Senhor dos Anéis, é tecnicamente impecável. Os belos e elegantes menus alternam, na tela, os personagens principais. O filme é apresentado no formato widescreen anamórfico 2.35:1, com uma imagem cristalina na qual não se notam artefatos de compressão. Temos duas faixas de áudio, em inglês e português, ambas Dolby Digital 5.1 de ótima qualidade. Seria esperar demais uma faixa de áudio DTS, já que a Warner teimosamente insiste em ignorar o formato. As legendas estão disponíveis em inglês, português e espanhol.

Menus
Resenha publicada em 02/11/2004
Por Jorge Saldanha

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