UM ESTRANHO NO NINHO (One Flew Over The Cuckoo's Nest)

 

Com: Jack Nicholson, Louise Fletcher, William Redfield, Danny DeVito

 

Diretor

Duração

Produção

Milos Forman

133 minutos

1975, EUA.

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Ddrama

Warner Home Vídeo

Dezembro/1998

Cotação:

Sinopse

Repousar num hospício é melhor do que cumprir pena na cadeia, certo? Randle P. McMurphy (Jack Nicholson), um malandro, rebelde e enrolador, simula loucura para ser internado. Imediatamente seu senso contagiante de desordem entra em choque com uma rotina entorpecente. Não dá pra aceitar que seus companheiros passem o tempo todo dopados quando lá fora há um campeonato de baseball! É guerra! McMurphy contra a enfermeira Ratched (Louise Fletcher), algoz mais fria e monstruosa da história do cinema. O destino de todos os pacientes está em jogo. Baseado no aclamado Best-seller de Ken Kesey, "Um Estranho no Ninho" arrebatou os cinco principais OSCAR em 1975. Melhor filme, ator, atriz, direção e roteiro adaptado. Trata-se de uma marcante e profunda bagunça. Além do elenco soberbo, contém a brilhante participação de Danny DeVito e a estréia de Christopher Lloyd no cinema.

Comentários Sobre o Filme
por Eron Fagundes

A IRREVERÊNCIA SUBJUGADA. Depois de seus inícios na sua pátria tchecoeslovaca, com alguns filmes hoje só exibidos em cinematecas (uma bela crônica da juventude de Praga nos anos 60 em Os amores de uma loira, 1965), o cineasta Milos Forman explodiu em Hollywood especialmente com esta bomba acionada pela mais característica interpretação de Jack Nicholson em Um estranho no ninho (One flew over the cuckoo’s nest; 1975), que conquistou os principais Oscars do ano em que disputou as estatuetas. Como ocorreu em tudo o que Forman rodou (seu mais recente trabalho visto por aqui, O mundo de Andy, 1999, apresentava o pior dos maneirismos narrativos de Forman, inclusive com uma direção de ator em que sobressaía a canastrice de Jim Carey), este clássico às vezes exageradamente endeusado mistura uma certa personalidade autoral com algumas concessões à indústria.

De uma certa maneira a objetividade crítica do filme ao debruçar-se sobre aspectos da sociedade americana da época obedecia a um modelo de cinema que, mesmo valendo-se dos atributos formais do sistema, queria minar este sistema em sua base com seu próprio veneno.

O que sobrevive nesta narrativa de loucos é a gota de irreverência com que Forman disseca a demência e a repressão da sociedade ocidental. O manicômio em que a rebeldia da personagem de Nicholson é internada simboliza o totalitarismo social e a enfermeira vivida por Louise Fletcher é o signo ditatorial em ação; ao cabo a criatura de Nicholson, cuja capacidade de enfrentamento parecia inesgotável, é tornada em cordeirinho pelo sistema; surge então o ato da notável personagem do índio, que, antes de fugir, mata por asfixia seu amigo ex-rebelde, pois prefere vê-lo morto a tornar-se a sombra de si mesmo vagando sob as garras do poder.

Pode-se comparar a trajetória da personagem de Um estranho no ninho com a do protagonista de Laranja mecânica (1971), de Stanley Kubrick: ambos são mal-criados, marginais, gostam de sexo e enfrentar, e ambos no fim são subjugados pelo sistema. É claro que a metáfora de Forman não tem a exuberância de símbolos de Kubrick. E Forman vai-se adequando formalmente melhor ao sistema de linguagem de Hollywood. (por Eron Fagundes)

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

inglês (Dolby Digital 2.0).
Português e Espanhol.

Extras

Notas em texto – em inglês: “Cast and Crew” (bio e filmografia), “Supporting Players” (idem, dos atores coadjuvantes), “Memorial to Scatman Crothers”, “A 13 year effort”, “Casting”, “On Location”, “Awards”, “Recommendations” (capas de outros títulos).

Críticas ao DVD

Posteriormente, foi lançada por aqui, em outubro de 2002, uma edição especial com 2 discos, trazendo extras e uma nova remasterização, além do trailer de cinema, um making of (documentário com cerca de 50 minutos, incluindo depoimentos à época do filme), comentários em áudio (produtores Saul Zaentz e Michael Douglas, e o diretor Milos Forman) e cenas deletadas (4 no total). Ambas versões ainda são vendidas. É aquele negócio quando temos duas versões do mesmo produto: será que vale a pena pagar mais para ter os extras da última edição? No caso, cerca de 20 reais (na loja DVD WORLD).

O que me incomoda é informar como extra ‘produção/bastidores’, que ocorreu com diversos títulos da distribuidora na sua primeira leva de DVDs no país, exemplo, Blade Runner. É por certo que dá para interpretar como um ‘making of’. Há outras omissões nas informações, como o aspecto do formato widescreen (2.35). De resto, a imagem é apenas regular e o áudio fica devendo.

Menus
Resenha publicada em 16/05/2003
Por Marcelo Hugo da Rocha   

 



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