Com: Jack
Nicholson, Louise Fletcher, William Redfield, Danny
DeVito
|
 |
|
|
|
Milos
Forman
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sinopse
|
Repousar
num hospício é melhor do que cumprir
pena na cadeia, certo? Randle P. McMurphy (Jack Nicholson),
um malandro, rebelde e enrolador, simula loucura para
ser internado. Imediatamente seu senso contagiante
de desordem entra em choque com uma rotina entorpecente.
Não dá pra aceitar que seus companheiros
passem o tempo todo dopados quando lá fora
há um campeonato de baseball! É guerra!
McMurphy contra a enfermeira Ratched (Louise Fletcher),
algoz mais fria e monstruosa da história do
cinema. O destino de todos os pacientes está
em jogo. Baseado no aclamado Best-seller de Ken Kesey,
"Um Estranho no Ninho" arrebatou os cinco
principais OSCAR em 1975. Melhor filme, ator, atriz,
direção e roteiro adaptado. Trata-se
de uma marcante e profunda bagunça. Além
do elenco soberbo, contém a brilhante participação
de Danny DeVito e a estréia de Christopher
Lloyd no cinema.
|
Comentários
Sobre o Filme
por Eron Fagundes
|
A
IRREVERÊNCIA SUBJUGADA. Depois de seus inícios
na sua pátria tchecoeslovaca, com alguns filmes
hoje só exibidos em cinematecas (uma bela crônica
da juventude de Praga nos anos 60 em Os amores
de uma loira, 1965), o cineasta Milos Forman
explodiu em Hollywood especialmente com esta bomba
acionada pela mais característica interpretação
de Jack Nicholson em Um estranho no ninho
(One flew over the cuckoo’s nest; 1975), que
conquistou os principais Oscars do ano em que disputou
as estatuetas. Como ocorreu em tudo o que Forman rodou
(seu mais recente trabalho visto por aqui, O
mundo de Andy, 1999, apresentava o pior dos
maneirismos narrativos de Forman, inclusive com uma
direção de ator em que sobressaía
a canastrice de Jim Carey), este clássico às
vezes exageradamente endeusado mistura uma certa personalidade
autoral com algumas concessões à indústria.
De
uma certa maneira a objetividade crítica do
filme ao debruçar-se sobre aspectos da sociedade
americana da época obedecia a um modelo de
cinema que, mesmo valendo-se dos atributos formais
do sistema, queria minar este sistema em sua base
com seu próprio veneno.
O que sobrevive nesta narrativa de loucos é
a gota de irreverência com que Forman disseca
a demência e a repressão da sociedade
ocidental. O manicômio em que a rebeldia da
personagem de Nicholson é internada simboliza
o totalitarismo social e a enfermeira vivida por Louise
Fletcher é o signo ditatorial em ação;
ao cabo a criatura de Nicholson, cuja capacidade de
enfrentamento parecia inesgotável, é
tornada em cordeirinho pelo sistema; surge então
o ato da notável personagem do índio,
que, antes de fugir, mata por asfixia seu amigo ex-rebelde,
pois prefere vê-lo morto a tornar-se a sombra
de si mesmo vagando sob as garras do poder.
Pode-se comparar a trajetória da personagem
de Um estranho no ninho com a do
protagonista de Laranja mecânica
(1971), de Stanley Kubrick: ambos são mal-criados,
marginais, gostam de sexo e enfrentar, e ambos no
fim são subjugados pelo sistema. É claro
que a metáfora de Forman não tem a exuberância
de símbolos de Kubrick. E Forman vai-se adequando
formalmente melhor ao sistema de linguagem de Hollywood.
(por Eron Fagundes)
|
Áudio |
Legendas |
Vídeo |
Região |

inglês (Dolby Digital 2.0). |
Português
e Espanhol. |
|
|
Extras |
Notas
em texto – em inglês: “Cast and
Crew” (bio e filmografia), “Supporting
Players” (idem, dos atores coadjuvantes), “Memorial
to Scatman Crothers”, “A 13 year effort”,
“Casting”, “On Location”,
“Awards”, “Recommendations”
(capas de outros títulos). |
Críticas
ao DVD |
Posteriormente,
foi lançada por aqui, em outubro de 2002, uma
edição especial com 2 discos, trazendo
extras e uma nova remasterização, além
do trailer de cinema, um making of (documentário
com cerca de 50 minutos, incluindo depoimentos à
época do filme), comentários em áudio
(produtores Saul Zaentz e Michael Douglas, e o diretor
Milos Forman) e cenas deletadas (4 no total). Ambas
versões ainda são vendidas. É
aquele negócio quando temos duas versões
do mesmo produto: será que vale a pena pagar
mais para ter os extras da última edição?
No caso, cerca de 20 reais (na loja DVD WORLD).
O
que me incomoda é informar como extra ‘produção/bastidores’,
que ocorreu com diversos títulos da distribuidora
na sua primeira leva de DVDs no país, exemplo,
Blade Runner. É por certo
que dá para interpretar como um ‘making
of’. Há outras omissões nas informações,
como o aspecto do formato widescreen (2.35). De resto,
a imagem é apenas regular e o áudio
fica devendo.
|
Menus |
|
Resenha
publicada em 16/05/2003 |
Por
Marcelo Hugo da Rocha |
|
Seu comentário
|
|