VÍCIO MALDITO (Days Of Wine and Roses)

 

Com Jack Lemmon, Lee Remick, Charles Bickford, Jack Klugman, Alan Hewitt

 

Diretor

Duração

Produção

Blake Edwards

117 minutos

1962, EUA

Gênero(s)

Distribuidora

Data de Lançamento

Drama, Romance, Comédia

Warner

21/01/2004

SOM & IMAGEM
FILME
EXTRAS & MENUS
GERAL
Áudio
Legendas
Vídeo
Região

Inglês e Espanhol (DD 2.0)
Inglês, Português e Espanhol
Sinopse

Confira mais uma magnífica obra do diretor Blake Edwards. Vencedor do Oscar de Melhor Trilha Sonora e mesmo diretor de "As confusões de Um Sedutor", "S.O.B", "Victor ou Victória" e "A Corrida do Século". Um relações públicas de São Francisco é um bebedor " Social " ... Que nunca para de se socializar. Sua esposa vivaz começa a beber para fazer companhia a ele. Eles vivem pelos bons tempos. Mas eventualmente os bons tempos ficam ruins. Quando o filme de Blake Edwards baseado no romance de J.P.Miller chegou ás telas, fez os críticos delirarem, foi um grande sucesso e brilhou como um destaque nas carreiras de suas duas estrelas indicadas ao Oscar, Jack Lemmon e Lee Remick. Vício Maldito recebeu um total de 5 indicações ao Oscar e um Oscar de Melhor Canção Original para Henry Mancini/Johnny Mercer.

Comentários Sobre o Filme

Saudosismos à parte, como é bom assistir a um filme onde a estória e, principalmente a atuação dos atores e da equipe técnica, tais como direção, roteiro e fotografia, eram o aspecto mais relevante de um filme. Sem grandes pirotecnias, apenas uma excelente estória a ser contada que nos prende desde seu início até o seu final.

O tema, ainda atual, mostra com uma certa densidade a relação entre um casal, um compelido a beber e o outro, tentando acompanhar para poder mostrar os seus sentimentos. Hoje o tema talvez seja substituído por outros elementos químicos, como as drogas (aqui o digo sem puritanismos), mas mostra até onde a força de um amor pode levar.

O sempre magnífico Jack Lemmon nos dá a leveza e ao mesmo tempo a densidade de quem está envolvido nesta situação, no caso o alcoolismo, e não o admite. Até que ele percebe que não está sozinho, com diálogos fantásticos que nos levam a duvidar de quem é a “culpa” (note as aspas). Qual o seu início? Como admitir? Como manter uma relação amando os defeitos e razões aparentemente convincentes? Como salvar a quem não se pode admitir a culpa de algum tipo de erro?

Bom, esta resenha não quer discutir o âmago da questão, mas ela é tão magistralmente apresentada que não deixa de nos levar a refletir. Afinal, este não pode ser o papel principal de um filme? Ou apenas estórias inverossímeis e cheias de efeitos especiais devem “entreter-nos”, já que o mundo está assim? E a questões básicas? Sim, neste caso sou saudosista. Nada como uma bela história que nos faz refletir apenas com os conceitos básicos de um bom cinema. Ah, também gosto de uma boa ação cheia de explosões, mas nada como um bom par de verdadeiros atores e de uma direção (em pensar que Edwards teve sua reputação em cheque por acharem que ele só sabia realizar comédias... E ele se utilizou até de um processo de hipnose numa das cenas com a excelente Lee Remick, diz a lenda) competente para realmente nos tocar e fazer pensar na vida.

Extras

- Comentário em Áudio: do Diretor Blake Edwards, infelizmente não legendado. Para os cinéfilos, uma falta grave.

- Entrevista: com Jack Lemmon realizada durante as filmagens. Na verdade, não se tem a presença do entrevistador, talvez por causa dos direitos autorais. Mas ele dá algumas boas respostas sobre o filme mesmo assim. Com 5 minutos.

- Trailer: original de cinema, sem legendas.

Críticas ao DVD

Um DVD que tecnicamente tem uma excepcional imagem em preto e branco, uma excelente fotografia e muito bem digitalizada, mantendo todo o clima e contrastes do filme original. O áudio está apenas competente, em mono (para quem tem home-theater, está apenas no canal central) e com a dublagem apenas em Espanhol.

Os menus, estático, mas competentes. Os extras, bons, mas para o grande público falta a legenda em Português. Há um erro GRAVE na embalagem, pois nela é informada a dublagem em Português, o que não corresponde à verdade. Ela está em Espanhol, além da imagem não estar em Letterbox. Há a informação na embalagem da divisão de capítulos, 27.

Um grande filme, se não fosse estes pequenos erros nos extras e na embalagem mereceria uma nota máxima. Assista e veja que uma boa história pode ser contada com simplicidade e, principalmente, com talento, algo tão esquecido ultimamente.

Menus
Resenha publicada em 29/03/2004
Por Edinho Pasquale


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