Com Gerard Depardieu, Inés Sastre, Guillaume Canet, André Dussollier

Paris. 1830. No centro da cidade, o famoso detetive Vidocq desaparece enquanto luta para prender o Alquimista, a quem persegue por muitos meses. Seu biógrafo, o jovem Etienne decide vingar sua morte continuando a caça ao bandido.

Baseado no livro de Jean-Christophe Grangé, o mesmo autor de Rios Vermelhos (2000), é mais uma produção ímpar do cinema pop francês. Vidocq é um experiente detetive particular – em pleno século XIX – que está caçando o matador de três ricaços que morreram misteriosamente atingidos por raios. Com uma estrutura narrativa nada linear, contada em diversos flashbacks por vários personagens, é um deslumbre visual meticulosamente impressionante! As imagens parecem reproduções de pinturas de Monet. Não é por menos que o diretor – Pitof – foi responsável pelos efeitos especiais de super produções francesas como Joana D’Arc de Luc Besson (1999) e Astérix e Obélix contra César (1999), além de Alien: Ressurreição (97). O problema dele foi ter assumido também a direção de Mulher Gato (2004).

Para aqueles que apostaram todas as suas fichas e se decepcionaram no fraco Do Inferno (2001), irão se deliciar com a trama de Vidocq – O Mito, que foi um sucesso de crítica e público na Europa, ganhando em importantes festivais como o Fantasporto (Portugal) e no Catalonian International Film Festival (Espanha). No Brasil foi apresentado apenas no Festival Rio BR 2002 e agora lançado direto em DVD. Por fim, a curiosidade: ao contrário de Sherlock Holmes, realmente existiu um famoso detetive francês nos idos de 1800 com nome Eugene François Vidocq, considerado por muitos como o primeiro detetive particular do mundo.

- trailer (legendado)

- texto sobre o elenco (Gerard Depardieu e Guillaume Canet) e do diretor (Pitof). Filmografias.

- outros lançamentos (apenas capa dos DVDs)

Creio que Vidocq – O Mito foi bastante procurado pelos brasileiros que têm o costume de baixar filmes pela Internet, pois era um dos títulos mais oferecidos à venda em VCD. A demora do seu lançamento em DVD até faz sentido para quem não gosta de esperar, mas finalmente, a Europa Filmes fez o favor de apresentar um produto de qualidade induvidosa, apesar da falta de extras e de um áudio em 5.1.

Também não precisava lançar a versão especial que saiu na França em 2 DVDs, mas bem que poderia ter seguido a edição simples que já trazia o áudio em DTS. De qualquer forma, o áudio em 2.0 surpreende pela qualidade como da imagem, essencial para um filme rico em efeitos visuais. Para os esperançosos, a previsão não é nada boa: até hoje espero a edição especial de O Pacto dos Lobos.