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AS VIRGENS SUICIDAS (The
Virgin Suicides)
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| Sinopse | |
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A Sofia Coppola faz uma surpreendente estréia como diretora, neste "poderoso e sedutor" filme, que se tornou o mais comentado do ano. Em meados da década de 70, numa sonolenta comunidade de Michigan, vivem as irmãs Lisbon, cinco adolescentes cuja beleza encantou um grupo de rapazes vizinhos. Isoladas por seus superprotetores pais (James Woods e Kathleen Turner), elas são como visões na paisagem suburbana, luminosas e inatingíveis. Mas quando o bonitão da escola, Trip Fontaine (Josh Hartnett) convence Lux Lisbon (Kirsten Dunst) e suas irmãs a ir ao baile de formatura, as fantasias românticas dos rapazes ameaçam tornar-se reais - até que são envolvidos em uma espantosa série de acontecimentos que mudará suas vidas para sempre. Baseado no aclamado romance de Jeffrey Eugenides, As Virgens Suicidas é um "assombroso mistério, que retrata com fidelidade um tempo e uma época". Co-estrelando Scott Glenn e Danny DeVito |
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| Comentário | |
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Às vezes o cinema americano mais comprometido comercialmente surpreende, arriscando novidades. É o caso do filme de estréia de Sofia Coppola, As virgens suicidas (The virgin suicides; 1999). A obra inicial da filha do diretor Francis Ford Coppola surpreende pela segurança narrativa da diretora estreante e, mais ainda, pelo especial brilho visual com que está revestido o clima entre austero (um pouco de Ingmar Bergman) e libertinamente jovem (algum tanto de alguns laivos do pai de Sofia, principalmente em suas fitas que tratam de adolescentes). Misturando influências, Sofia é extraordinariamente original em sua visão meio lírica, meio perversa, eternamente secreta e profunda da juventude dos anos 70. O suicídio é um tema amargo do cinema contemporâneo ou clássico. Em Europa 51 (1952), de Roberto Rossellini, é um menino suicida que deflagra o drama interior da personagem vivida por Ingrid Bergman. As mulheres suicidas do francês Robert Bresson em Mouchette, a virgem possuída (1967) e Uma mulher suave (1969) decretam a consciência do espectador, uma no fim da narrativa, outra no início. Gosto de cereja (1997), de Abbas Kiarostami, joga antes com a possibilidade do suicídio: o livre arbítrio para suicidar-se, ou não. Carlos Saura, num de seus filmes menos estimados, Antonieta (1982), referia-se ao suicídio de mulheres no século XX. As garotas de As virgens suicidas são adolescentes perdidas na tumultuada América que se transformava nos anos 70. A luta por ser, diante duma sociedade ainda medieval (os pais são instrumentos da repressão), é acompanhada pelo olho poético da câmara de Sofia: a fotografia esbatida, os cenários elaborados, os figurinos caprichados e minuciosos, a precisa marcação das interpretações, os sinuosos movimentos de câmara que se combinam com uma montagem não menos sinuosa para produzir fragmentos narrativos cheios de beleza, tudo contribui para o alto nível da realização. Do primeiro suicídio (a Cecília que corta os pulsos) até o suicídio coletivo do final (as outras quatro garotas se matam, cada uma à sua maneira, após marcarem encontro com rapazes), As virgens suicidas mantém intacto seu fascínio. Narrado em primeira pessoa pela voz de um dos protagonistas, vivido na tela por Giavanni Ribisi, o filme de Sofia trata da família americana de maneira mais inquietante que o habitual das obras do gênero. A única das virgens que perde a virgindade antes do suicídio vai levar todo o grupo ao gesto final de inconformismo. (por ERON FAGUNDES) |
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| Informações Especiais - Extras | |
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BASTIDORES (23 min., com depoimentos, curiosidades, e tudo mais), trailer, vídeoclip (do AIR com "playground love", muito legal por sinal) e galeria de fotos (com fundo musical). |
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| Críticas ao DVD | |
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Dos EXTRAS, apenas os BASTIDORES estão legendados, bem que "clip" e trailer não fazem falta... Do resto, a qualidade que estamos acostumados com os DVDs da PARAMOUNT. |
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