“Divas nasceram para brilhar, levando suas platéias
ao delírio. E quando um encontro, ainda que
póstumo, entre duas estrelas ocorre, o resultado é o
melhor que a arte tem a oferecer. É esse o caso
de ‘Bibi canta Piaf’ que encanta brasileiros
e estrangeiros desde 1984, quando a primeira dama do
teatro brasileiro, Bibi Ferreira, incorporou o principal
nome da canção francesa, Edith Piaf,
tornando-se um marco do casamento entre a dramaturgia
e a música. O espetáculo reproduz os
cabarés onde Piaf cantou a vida parisiense dos
anos 40. Bibi aparece em cena personificada na frágil
e pequenina aparência da diva francesa. A semelhança
no timbre riscado da voz e no gestual intimista revela
a dimensão do trabalho realizado pela atriz
brasileira em assimilar os trejeitos de Piaf nos mínimos
detalhes. Bibi esteve acompanhada pela Camerata Santa
Tereza, com 19 músicos, e o coral do Núcleo
de canto Elena Zanotti, com oito vozes. A direção
musical, os arranjos originais e a regência ficaram
por conta do maestro Nelson Melim. O espetáculo é entrecortado
com narrações de Nilson Raman, que ainda
divide o palco com Bibi na canção ‘A
quoi a ça sert l'amour’. No DVD, Gustavo
insere imagens raras de arquivo que ilustram a vida
da diva francesa. O diretor optou por abordar todos
os aspectos da trajetória de Piaf, incluindo
a boemia dos cabarés e os problemas com drogas.
Em alguns casos, recorre à superposição
de imagens de Piaf com as de Bibi. O efeito é pura
poesia. O repertório é um recorte da
carreira da cantora francesa, passeia por clássicos,
como em ‘La vie en rose’, ‘Non, je
ne regrette rien’ e ‘L'hymne de la resistance
(Le chant des partisans)’, sem esquecer de preciosidades
desconhecidas do grande público. O DVD ainda
traz três sessões extras. Na primeira,
Bibi conta sua relação com as músicas
eternizadas por Piaf, fala de suas preferências
e até daquelas que menos gosta. Já o
making off apresenta os bastidores do show, mostra
a intimidade dos camarins, Bibi esquentando a voz e
se concentrando para subir ao palco. Por fim, um tributo à memória
do teatro brasileiro desde os anos 30 contado através
do arquivo pessoal de Bibi Ferreira. O material, guardado
pela atriz e diretora, é uma ode por movimentos
e encenações que marcaram a história
do teatro brasileiro moderno. Enfim, Vive la France!
Viva ao Brasil! Viva a suas estrelas!”
Este
show de Bibi Ferreira faz uma homenagem à cantora
francesa Piaf onde Bibi interpreta só músicas
que Piaf cantou na sua carreira.
O
teatro onde foi apresentado é pequeno, com
um palco simples e a iluminação não é das
melhores.
A
filmagem do show traz várias câmeras
mas alguns enquadramentos não me agradaram,
sem contar algumas tremidas.
Bibi
tem ótima voz, muito afinada e canta com
muita entonação acompanhada de uma orquestra
muito boa.
As
músicas são ótimas, boa parte é animada
com bom arranjo e boa letra. Entre elas, há cenas
de ensaio e narrações contando detalhes
da vida de Piaf.
Bibi
canta trechos em português em várias
músicas apresentadas.
Um
dos destaques vai para a linda ‘Belle Histoire
D’Amour’ que emenda com ‘Hymne a
L’amour’.
Uma
das canções mais bonitas de todos
os tempos e que foi composta por Piaf, ‘La Vie
em Rose’ é o melhor momento do show.
A ótima ‘A Quoi a ça Sert L’Amour’ teve
a boa participação do narrador Nilson
Raman, onde os dois encenam o momento em que Piaf apresentou
seu último amor, o marido Théo Sarapo
e os dois cantaram juntos.
O
show termina brilhantemente com Bibi acompanhada de
um coral cantando ‘Non, Je Ne Regrette Rien’,
recebendo muitos aplausos do seleto público.
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Making of: 13 minutos, 2.0. Cenas dos ensaios, da preparação
do palco e iluminação, da preparação
da cantora para o show e da entrada do público.
Entrevista:
30 minutos, 2.0. Bibi conta toda a história
do primeiro convite até quando decidiu que ia
cantar Piaf. É uma entrevista muito boa e trechos
dela foram utilizados nos intervalos das músicas
do show principal.
Uma
vida no palco: 19 minutos. Uma excelente biografia
em vídeo de Bibi Ferreira com narração,
fotos e video.
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