CHICK COREA – A VERY SPECIAL CONCERT

 

Com: Chick Corea

 

Duração: 57 minutos. Produção: 1982. Distribuidora: Multimedia Group

Cotação:

Músicas

1. L's Bobp – 2. Why Wait – 3. 500 Miles High – 4. Guernica

Comentários

Sua alma inquieta só é comparável a de Duke Ellington, para pegar um exemplo no mesmo universo do jazz. Aos 62 anos de idade, Chick Corea ainda tem fôlego suficiente para testar instrumentos eletrônicos, participar de duetos – sempre com músicos incontestáveis, como atesta sua trajetória – e compor. Talvez sejam exatamente a obstinação e a versatilidade que expliquem o porquê de Chick Corea ser considerado um artista comercial, porém longe da superficialidade. Porque superficial nunca será alguém que, mais do que ter tido parceiros como Miles Davis e Gary Burton, pôde criar o selo próprio e promover a carreira de jovens músicos, muitos, então, fadados ao ostracismo.

Nascido Armando Anthony Corea na cidade de Chelsea, Massachusets, em 12 de junho de 1941, Chick começou a estudar piano logo aos quatro anos de idade. De cara, as influências iniciais foram as dos discos de Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Lester Young, Horace Silver e Bud Powell. As primeiras incursões profissionais se deram nas bandas de Mongo Santamaria, Willie Bobo e Blue Mitchell, nos anos 60. Pouco depois, tocou bebop e standards acompanhando Sarah Vaughan por um ano, até ser cooptado pela banda do mítico Miles Davis, para tocar piano elétrico. Ficou com o autor de Kind of Blue de 1968 a 1970 – exatamente o fértil período de transição para o jazz-rock, tendo participado dos álbuns Filles de Kilimanjaro, In a Silent Way e Bitches Brew.

Depois da inigualável experiência de ter trabalhado com Miles Davis, Chick Corea criou o próprio grupo, Circle, quando tocou com o baixista Dave Holland, o baterista Barry Altschul e o saxofonista Anthony Braxton. Após três anos, Chick mudou radicalmente o estilo na criação do Return to Forever, que se tornou, rapidamente, uma das bandas mais influentes do gênero. O surgimento do Return to Forever representou um marco importante na história do jazz, por incorporar o fusion. A primeira formação teve, além de Chick, Flora Purim nos vocais, seu marido Airt na bateria, Joe Farrell no sopro e Stanley Clark no baixo. Após dois discos com esta configuração, Chick incorporaria o baterista Lenny White e o guitarrista Bill Connors.

Com algumas variações, o RTF chegaria ao fim em 1975, quando, a partir de então, Chick se embrenhou em projetos dos mais ecléticos, envolvendo solos de piano, acústicos e música clássica, com artistas como Herbie Hancock e Gary Burton. Nos meados da década de 80, Chick Corea formou a Elektric Band, outro grupo de estilo fusion. Pouco depois, criou a Akoustic Band, e chegou a reagrupar o RTF, para uma turnê, no início dos anos 80.

Em 1992, Chick Corea conseguiu, junto com o empresário Ron Moss, tornar realidade a criação do próprio selo, a Stretch Records. Por meio dele, foram lançados projetos de Bob Berg, John Patitucci, Eddie Gómez e Robben Ford. O primeiro trabalho de Chick na Stretch foi um tributo ao pianista Bud Powell. Pouco depois, Chick gravou com a St. Paul Chamber Orchestra, tendo Bobby McFerrin como condutor, num trabalho intitulado The Mozart Sessions, pela Sony Classical.
Em 1996, Ron Moss produziu Music Forever & Beyond, box com cinco discos contendo o melhor de Chick desde 1964. No mesmo ano, a Strecht tornou-se subsidiária da Concord Records. No ano seguinte, Chick voltou a gravar com Gary Burton, depois de um intervalo de 20 anos. O resultado foi o álbum Native Sense – The New Duets, lançado pela Stretch Records, que representou o nono prêmio Grammy na carreira de Chick.

Com o desejo de retomar suas performances acústicas no piano, Chick Corea decidiu formar nova banda, em 1998. Surgia a Origin, cuja estréia aconteceu no Blue Note Club, em Nova York. O êxito da empreitada possibilitou o posterior lançamento de Origin – Live at the Blue Note, box com seis discos, contendo três das quatro primeiras apresentações da banda.
Paralelamente, Chick sempre teve a determinação pessoal de escrever, ele próprio, um concerto de piano. Num período de dez anos, ele se apresentou com diversas orquestras em Nova York, Japão e Itália, mas nunca teve a oportunidade de realizar o sonho. Em 1998, foi convidado para atuar em Viena com a Orquestra Filarmônica de Londres para um evento especial. A apresentação, muito elogiada, fez com que Chick, os membros do Origin e a Orquestra Filarmônica de Londres fossem à capital inglesa para, enfim, realizarem a gravação de Piano Concerto No.1.

O DVD Chick Corea – A Very Special Concert traz uma apresentação feita em 1982, durante uma temporada na Califórnia, quando o lendário pianista integrava a banda Return to Forever. O DVD traz quatro dos maiores sucessos do grupo: L’s Bop, Why Wait, 500 Miles e Guernica. Um lançamento imperdível para os amantes do jazz.

Neste show, o palco e a iluminação são bem simples.

A banda é ótima, entendem muito de seus intrumentos, fazendo um grande show.

É um ótimo show para os amantes do jazz. São só 4 músicas, mas são bem longas.

Áudio
Legendas
Vídeo
Região

DD 2.0 e 5.1
nglês e Português
Extras

Artistas: Biografia e discografia (com nome e ano dos discos) dos 4 músicos.

Entrevista com o diretor: 22 minutos onde o diretor fala sobre o show e dá bastante detalhes do momento em que ocorreu.

Galeria de fotos: 15 fotos.

Web Links: links para os sites dos músicos e da gravadora no Brasil.

Outros títulos: ótimos trailers de outros 5 DVDs da gravadora.

Críticas ao DVD

O menu é animado.

O som está excelente, bem distribuído e utilizando bem as caixas surround.

A imagem está muito bem conservada. As cores estão um pouco fortes, mas no geral a imagem é boa.

O DVD foi gentilmente cedido pela Multimedia Group.

Resenha publicada em 08/10/2003
Por Robson Candêo  

 



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