Maria
Bethânia Vianna Telles Veloso, nasceu em 18/06/46
em Santo Amaro da Purificação, Bahia.
Gostava de cantar desde criança e seu sonho
era ir aos palcos, talvez como atriz, talvez como
bailarina e acabou como cantora.
Em 1960, foi estudar em Salvador e passou ao lado
do irmão Caetano a freqüentar o meio
artístico e sua estréia foi três
anos depois na peça “Boca de Ouro”,
de Nelson Rodrigues, como cantora.
Ficou
famosa após ser convidada por Nara Leão,
para substituí-la no espetáculo ‘Opinião’,
no Rio de Janeiro. A música ‘Carcará’ deixou-a
famosa conseguindo neste ano de 1965 gravar seus
primeiros discos, um compacto e um LP.
Bethânia é uma das mais famosas cantoras
da MPB e não precisou do sucesso de seu irmão
Caetano para se firmar. Muitas músicas ficaram
marcadas na sua voz e este DVD é uma prova
do seu carisma e sucesso.
“Com
direção musical de Jaime Alem,
Bethânia inclui autores freqüentes em
seu repertório, nestas três décadas
e meia – Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto
Gil, Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Roberto
e Erasmo, Gonzaguinha, Sueli Costa, Djavan, Dorival
Caymmi. De Caymmi é a música-título ‘Maricotinha’,
gravada por Antonio Carlos Jobim em seu último álbum,
Antonio Brasileiro (94), e título do disco
anterior de Maria Bethania, lançado em 2001. ‘Sábado
em Copacabana’ é um samba pré-bossa
nova, assinado por Dorival e Carlos Guinle, que remete às
imagens narradas pela própria Bethania, sobre
o momento de sua vinda de Salvador para o Rio, em
1965, quando percorria o circuito de boates do bairro.
Dentre
os sucessos de todos os tempos na voz de Bethânia,
estão ‘Álibi’, que deu
título ao disco lançado pela cantora
em 1978 e promoveu impulso decisivo à carreira
de Djavan; ‘Fera Ferida’, de Roberto
e Erasmo, hit do disco ‘As Canções
que Você Fez Pra Mim’; ‘Anos dourados’,
de Chico Buarque e Tom Jobim, gravado anteriormente
no disco ‘Dezembros’ (1988); ‘Festa’ foi
um dos primeiros sucessos de Luiz Gonzaga Júnior,
celebrado por Bethânia no disco ‘Pássaro
proibido’ (76). O samba ‘Opinião’,
de Zé Kéti, lançou a cantora
nacionalmente, em 1965, quando Bethânia substituiu
Nara Leão no espetáculo homônimo,
um dos mais influentes musicais da vida brasileira
moderna.
De
Caetano, Bethânia interpreta ‘O quereres’ e ‘A
voz de uma pessoa vitoriosa’ (com letra de
Waly Salomão); Três décadas de
Chico Buarque são passadas a limpo em ‘Apesar
de você’, ‘Rosa dos ventos’ (anos
60), ‘De todas as maneiras’, ‘Sob
medida’ (anos 70); em ‘Negue’,
entrega a boca molhada e a dor-de-cotovelo de Adelino
Moreira; Mata a sede na saliva em ‘Todo amor
que houver nessa vida’, de Cazuza e Frejat.
O
canto de Bethânia oferece a mesma generosidade
a gerações posteriores, provando que,
para a cantora, não existe crise de criatividade
na MPB. Bethânia mapeia o Brasil para as gerações
mais recentes. Dentre as músicas de seu álbum
anterior, ‘Maricotinha’, Bethânia
recria ‘toda a beleza que há’ no ‘Canto
de Dona Sinhá’, da mato-grossense Vanessa
da Mata; Relê os pernambucanos Lenine e Dudu
Falcão (‘Nem sol, nem lua, nem eu’);
os mineiros Ana Carolina e Totonho Villeroy (‘Pra
rua me levar’); reafirma o talento da gaúcha
Adriana Calcanhoto (‘Depois de ter você’)
e do paraibano Chico César (‘Dona do
dom’); Gravadas ao vivo, as canções
ganham em intensidade e emoção, características
que impulsionam o compositor Gilson (‘Casinha
branca’, ‘Seu jeito de amar’) à dimensão
de um Caetano, de um Chico, de um Roberto.
Recitados
por Maricotinha, povoam o imaginário
poético de Bethânia os versos de Fernando
Pessoa, Ferreira Gullar, José Vicente, Lya
Luft, Sophia de Mello Breyner, Natalia Correa. Liderada
por Jaime Alem (arranjos, regência, teclado,
violão), a banda é formada por João
Carlos Coutinho (piano e sanfona), João Castilho
(guitarra), Rômulo Gomes (baixo), Marcio Mallard
(violoncelo), Bernardo Bessler e Ricardo Amado (violinos),
Carlos Bala (bateria) e Reginaldo Vargas (percussão).
A direção geral é de Fauzi Arap.”
O
show foi feito em um palco simples de um bom tamanho.
A iluminação, também simples, é focada
praticamente apenas na cantora, quase não
dando para ver a banda e deixando a imagem um pouco
escura.
O
público é ótimo e aplaude
muito, afinal é um grande show, com boas músicas,
interpretadas por uma ótima cantora.
Bethânia é uma das grandes vozes da
MPB, e faz um show cantando com muito sentimento.
Ela não precisa de produções
de palco, roupa ou dançarinos, somente sua
voz é o que basta para o show ser memorável.
A
banda é ótima e traz vários
tipos de instrumentos, como violino e acordeon. O
maestro que trabalha com Bethânia há um
bom tempo, faz um ótimo trabalho.
A
seleção das músicas é das
melhores e traz grandes sucessos da MPB. Também
são intercalados entre as músicas textos
de famosos como Fernando Pessoa, Edu Lobo e Chico
Buarque.
É
um grande show que vai agradar aos apreciadores da
boa MPB. Shows como esse são mais do que bem
vindos.
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