O grupo pernambucano Nação Zumbi surgiu
na década de 90 e foram lançados pelo
cantor Chico Science, com quem gravaram dois álbuns
(o primeiro em 1994) e conquistaram fama aqui e lá fora. Após a morte de Science em 1997, eles continuaram
o trabalho e mostraram que conseguiriam continuar bem
sem o seu líder.
“Atenção! Muita calma nessa hora: o que
você tem em mãos não é um
DVD qualquer. Trata-se de ninguém menos que
a Nação Zumbi, a banda mais poderosa
e influente surgida nos trópicos desde os mutantes,
flagrada ao vivo, pela primeira vez, em dez anos de
constante inovação e evolução
sonora - 100% made in Brasil. Afiada como a navalha
do malandro Madame Satã, a tropa de todos os
baques propaga clássicos da primeira safra do
mangue beat (Da Lama ao Caos, Banditismo Por Uma Questão
de Classe), Estandartes Afrociberdélicos (Macô,
Manguetown), Hits da Rádio S.Amb.A (Quando a
Maré Encher, Zumbi/Zulu), e muita coisa do excelente
Nação Zumbi de 2002 (Prato de Flores,
Blunt of Judah). Não se trata de propaganda
enganosa: Esse Maracatu pesa mesmo uma tonelada.”
O
show foi gravado no Directv Music Hall em São
Paulo com 23 câmeras, trazendo vários ângulos
e deixando a filmagem bem dinâmica. Há uma
câmera no microfone do vocalista captando um
close dele e outra no braço da guitarra.
O
palco é legal, com uma decoração
original, imitando os prédios de Recife ao fundo
e na frente com um grande rádio gravador no
centro. A iluminação é um pouco
escura e eu particularmente prefiro algo com uma luz
mais forte.
O
som da banda mistura a guitarra com a batida do maracatu
(que um tambor típico de Pernambuco) no estilo
mangue beat. Eles tocam muito bem, com uma ótima
batida.
O
vocalista principal tem uma voz do tipo grave e, apesar
de não ser das melhores, dá bem
conta do recado. Há algumas poucas músicas
em que outros membros da banda fazem o vocal.
O
público é de fãs que cantam
e pulam o show inteiro que é por sinal, bastante
animado.
Entre
algumas músicas há cenas curtas,
algumas de montagem do palco, outras da turnê,
mas que não acrescentam nada, justamente por
serem bem curtas.
Um
dos destaques vai para a música ‘Carimbó’ filmada
em Preto e Branco com ótimos solos e grande
batida musical.
‘
Purple Haze’ é um antigo sucesso de Jimi
Hendrix que foi muito bem executada pelo grupo.
A
música ‘Meu Maracatu Pesa uma Tonelada’ traz
uma guitarra mais pesada e é mostrada com a
imagem tremida para dar um efeito diferente.
O
antigo sucesso ‘Manguetown’ é a
música que encerra bem o show, antes da banda
voltar para o bis.
No
retorno da banda ao palco, um pout-pourri com duas
músicas mais pesadas, ‘Da Lama ao Caos’ e ‘Ponta
de Lança Africano’.
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