08
de maio de 2005
Em
7 de maio de 1945, a Alemanha oficializou a sua rendição
incondicional. Praticamente, terminava a 2a Guerra
Mundial provocada pela arrogante ideologia difundida
por Adolf Hitler que se suicidou em 30 de abril de
1945. A forma como governou o seu país e a
cumplicidade e apoio que encontrou entre os alemães
e muitos líderes de outras nações
(Mussolini, Franco, Getúlio Vargas, por exemplo),
permitiram a morte de cerca de 6 milhões de
judeus e o sofrimento de ciganos, gays e ainda de
muitos que se engajaram nas tropas aliadas. Inclusive
brasileiros.
Não podemos esquecer esse opressivo período
de 12 anos. Aliás, jamais esqueceremos, se
depender do cinema. Felizmente, existem inúmeros
filmes que trazem com realismo episódios dessa
fase. Neste mês em que se evoca o fim dessa
trágica página da História, dicas
de 12 DVDs que permitem lembrar ou conhecer relatos
emocionantes das agruras impostas pelos nazistas e
as lutas dos que os combateram. Os filmes estão
em ordem alfabética (sem considerar os artigos)
e tem o nome da distribuidora em parênteses
no final de cada nota. Mas, claro, existem mais. É
só procurar.
AMÉM
(idem, 2002), de Costa-Gavras. Com Ulrich Tukur, Mathieu
Kassovitz. A complacência da Igreja Católica
com os nazistas em drama extraído de uma peça
de Rolf Hochhuth. A obstinada luta de um jovem padre
para conseguir que o Papa Pio XII interfira contra
o genocídio dos judeus. (Casablanca).
OS
DEUSES VENCIDOS (The Young Lions, 1958), de Edward
Dmytryk. Com Marlon Brando, Montgomery Clift, Dean
Martin. Em preto e branco, o filme mostra três
trajetórias paralelas durante a 2ª Guerra:
a de um militar alemão, de um judeu americano
e de seu amigo cantor. As histórias se interagem.
(Fox)
UM DIA MUITO ESPECIAL (Una Giornata Particolare, 1977),
de Ettore Scola. Com Sophia Loren, Marcello Mastroianni.
Na Roma de 1936, o encontro entre ma frustrada mãe
de família e um radialista homossexual revela
o horror do nazi-fascismo, enquanto o povo festeja
a visita de Hitler à Mussolini. (Versátil)
OS
FILHOS DA GUERRA (Europa, Europa, 1990), de Agnieska
Holland. Com Marco Hofschneider. A odisséia
de um adolescente judeu que, para escapar da perseguição
nazista, se faz passar por católico e acaba
até entrando para a juventude hitlerista. (Editora
Europa).
O GRANDE DITADOR (The Great Dictator, 1940), de Charles
Chaplin. Com Chaplin, Paulette Godard. A notável
paródia que Chaplin fez sobre Adolf Hitler
em uma época onde ainda se hesitava atacar
ou provocar o ditador alemão. O discurso do
protagonista e a dança com o globo mundial
são antológicos. (Warner)
INSURREIÇÃO (Uprising, 2001), de Jon
Avnet. Com Leelee Sobieski, Jon Voight, Hank Azaria,
Radha Mitchell, Donald Sutherland. Compacto de excelente
minissérie que encena o episódio verídico
da luta de um grupo de judeus no Gueto de Varsóvia,
em 1943. (Warner)
A
LISTA DE SCHINDLER (Schindler’s List, 1993),
de Steven Spielberg. Com Lian Neeson, Ben Kingsley,
Ralph Fiennes. Ganhador de vários Oscar, inclusive
o de melhor filme, relata a verídica história
de um industrial católico que, durante o governo
nazista, salvou a vida de centenas de judeus. (Universal)
O
LONGO CAMINHO PARA CASA (The Long Way Home, 1997),
de Mark Jonathan Harris. Narração de
Morgan Freeman. Documentário premiado com o
Oscar da categoria sobre os sobreviventes do Holocausto
que, entre 1955 e 1958, estavam confinados em outros
campos de concentração enquanto aguardavam
o direito de viver em certos países (Versátil).
O
PIANISTA (The Pianist, 2002), de Roman Polanski. Com
Adrien Brody, Thomas Kretschman. Uma obra-prima de
Polanski, laureada com a Palma de Ouro em Cannes e
o Oscar de diretor. Brody, que também ganhou
o Oscar, é o pianista que enfrenta impressionantes
adversidades para escapar da morte durante a ocupação
da Polônia pelos nazistas. (Europa)
ROMA,
CIDADE ABERTA (Roma, Cittá Aperta, 1946), de
Roberto Rossellini. Com Aldo Fabrizi, Anna Magnani.
Apontado como o carro-chefe do néo-realismo,
este clássico em preto e branco retrata a luta
da resistência italiana contra os nazistas que
ocupavam a capital da Itália. (Versátil)
UM
SINAL DE ESPERANÇA (Jakob the Liar, 1999),
de Peter Kassovitz. Com Robin Williams, Alan Arkin.
Por causa do astuto A Vida é Bela, este drama
foi um fracasso. Mas emociona a saga de um judeu no
Gueto de Varsóvia, em 1944, que entende errado
uma transmissão radiofônica. Ele espalha
a iminente vitória dos aliados. Diante das
reações, procura sustentar a mentira.
(Columbia)
VIAGENS
(Voyages, 1999), de Emmanuel Finkel. Com Liliane Rovére,
Shulamit Adar. As difíceis relações
familiares entre personagens diversos que têm
em comu alguma ligação com o Holocausto.
O filme começa com uma visita a um antigo campo
de concentração e passa por Israel onde
uma judia russa busca velha amiga. (Movie Star)
Por
Alfredo Sternheim