Assistir a um filme
através dos olhos de
uma menina de 13 anos é como viajar aos meus
tempos de adolescência. Foi assim a minha impressão
ao ver, o primeiro longa nacional de ficção,
de Helena Solberg (diretora do documentário
Babana is my business, disponível
em DVD nos EUA),
Vida de Menina, rodado todo na histórica cidade
de Diamantina.
Baseado no romance
dos diários de Helena Morley,
uma menina que viveu em Diamantina no final do séc
XIX, e relatou fatos de sua vida durante sua adolescência,
Vida de Menina é um filme atípico do
que se vem fazendo nos últimos tempos no cinema
brasileiro.Ele até me fez lembrar de algumas
produções mais antigas como Inocência (1983), e Meu
Pé de Laranja Lima (1970).
A protagonista,
Ludmila Dayer vive Helena, filha de um inglês garimpeiro, interpretado pelo
ator Dalton Vigh, que sente as alegrias, tristezas,
mágoas, comum de qualquer adolescente, mas
que cativa de forma especial, simples e emotiva ao
longo do filme. Além de retratar dois períodos
muito importantes na história do Brasil, como
a Abolição da Escravatura, e a Proclamação
da República.
Ganhador de seis
Kikitos no 32° Festival de Cinema
de Gramado, incluindo melhor filme, Vida
de Menina só chegou ao circuito nacional depois de uma
ano do prêmio, distribuído pela Europa
Filmes como uma ótima diversão
familiar nos cinemas.
Ainda no elenco
Daniela Escobar na pele da mãe
de Helena, Ligia Cortez, e Maria de Sá, como
a avó da adolescente.
por Clarissa Kuschnir