ATLANTA, Estados
Unidos (CNN) -- As vantagens são muitas: melhor qualidade de som e imagem, um
formato que não precisa ser rebobinado e cujo conteúdo é mais fácil de acessar
e que ainda pode armazenar material extra, como cenas inéditas, comentários
do diretor, jogos etc. Assim é o DVD, o novo eletrônico preferido dos consumidores,
que tendem a abandonar o velho videocassete.
Mas, somente nos Estados Unidos,
95 milhões de lares ainda têm um videocassete, contra 30 milhões que já possuem
um aparelho de DVD. Assim sendo, é natural que as pessoas aluguem três vezes
mais fitas de vídeo do que discos de DVD.
"O formato VHS vai declinar
naturalmente com o crescimento do DVD, mas ainda está longe de ter escrito seu
obituário", diz Bo Andersen, presidente da Associação de Negociantes de Software
de Vídeo (Video Software Dealers Association), a VSDA.
As vendas de aparelhos de
DVD começaram a superar as de videocassetes em setembro passado, mas isso não
quer dizer que as pessoas estejam jogando seus vídeos fora.
Uma das razões para as vendas
dos chamados VCRs (sigla em inglês para o videocassete) continuarem altas: é
muito mais barato gravar em VHS. Os aparelhos que gravam em DVD podem custar
mais de 700 dólares nos Estados Unidos.
Segundo especialistas da indústria,
até que esse quadro se modifique, os VCRs sempre terão um lugar nos lares dos
consumidores.
Sean Wargo, analista da Associação
de Consumidores de Eletrônicos, acha que somente dentro de 10 a 15 anos o público
realmente deixará de usar os videocassetes. Melhor assim. Pior seria se muitos
resolvessem agir como a personagem de Liv Tyler no filme "Que mulher é essa?",
sempre em busca de um namorado que pudesse lhe dar uma casa com um DVD.