Sim, esta pode ser mais uma referência ao filme Matrix
Revolutions, que tive a oportunidade de assistir hoje, dia
31 de outubro de 2003, numa sessão para a imprensa.
Vamos à explicação. A análise pode
ser dividida para dois públicos: os que gostaram do
filme porque não esperavam nada além do que foi
exibido e os que o detestaram, por diversas razões.
Para os que não esperam muito deste filme (pois já viram
o Matrix Reloaded, sim, é uma verdadeira continuação,
como os antigos seriados....começa onde parou o anterior), é um
divertimento e tanto. E só. Dá pra ver mais um
milhão de efeitos especiais, muito barulho (confesso
que por vezes até me incomodou) e a esperada luta final,
bem previsível. Há a continuidade do fraco roteiro
do segmento anterior e um final simpático. Mas nada
apocalíptico. Conforme o esperado, repito.
O filme passa rápido, ou seja, é apenas entretenimento,
tem um bom ritmo. As cenas de luta diminuíram em quantidade
para ganhar alguma qualidade, a cena da invasão das
máquinas (já prevista no filme anterior) é tão
cheia de efeitos e computação gráfica
que ficou um pouco longa e exagerada, mas dá até para
os mais aficionados “torcerem” por um ou outro
personagem.
O grande trunfo continuam sendo os efeitos especiais. Mas estão
aquém do Reloaded, mesmo a esperada luta na chuva.
O roteiro (apesar do bom ritmo já citado), que mantém
uma certa coerência em relação ao Revolutions,
continua fraco. Com uma ou outra surpresa, é mais ou
menos aquilo que já havia sido insinuado, com algumas
concessões, como exemplo o que acontece com Neo na luta
na nave, não posso revelar para não estragar
algum interesse na estória (aqui também dá pra
se ter uma dica do que é no Animatrix) e o lema “o
amor vence tudo”, meio que iniciado no anterior. Mas
tudo se pensarmos apenas neste novo filme nas duas partes finais
(Reloaded e Revolution). Esqueça qualquer semelhança
com alguma criatividade que possa ter havido no primeiro filme.
Para os que esperam muito desse filme, achando que vão encontrar “a
luz da sua vida”, esqueçam. Como disse aos demais,
se sua expectativa for muito filosófica ou de grandes
reviravoltas, nem perca o seu tempo. Todos os que pensaram
assim, o odiaram.
Há um último aspecto interessante, que recorre
ao título da matéria. Há várias
citações (ou “homenagens”) de diversos
filmes, como 2001 Uma Odisséia no Espaço, Alien,
Blade Runner (garotada, prefiram este. Se ainda não
viram, tem o mesmo conceito final deste último Matrix,
mas com mais conteúdo e qualidade), enfim, vale dar
uma olhadinha no filme e tentar reconhecer todas elas.
Resumo final desta primeira impressão: um filme para
não se levar a sério, pura diversão, sem
grandes filosofias, dentro dos padrões dos grandes “blockbusters”.
E claro que dá uma brecha (na verdade, um rombo) para
uma continuação. Termino como comecei: muito
barulho por nada.
Edinho Pasquale
Ps. Nem dá muito pra falar mais detalhes da estória,
pois é tão previsível que pode irritar
a todos fazer qualquer revelação. E que me desculpem
os fãs da "trilogia" por esta brincadeira final: agora
dá pra entender o porquê do mistério em volta dos Irmãos Wachowski:
medo de apanhar!
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