14
de fevereiro de 2006
Assisti
este filme no Festival de Cannes de 2004, na sessão
paralela mas oficial Un Certain Regard,
com o charme da presença do vencedor do Oscar® Sean Penn que deu até entrevista coletiva
(o que não sucede normalmente quando é fora
de concurso).
O filme é uma daquelas vitímas do 11
de setembro, ou seja, estava já sendo rodado
quando houve o atentado e então decidiram
adia-lo.
O
diretor é um certo Niels Mueller que escreveu
o roteiro de Um Jovem Sedutor (“Tadpole” -
2002), ou seja um novato.
O mais interessante é o título intrigante,
já que todo mundo sabe que o presidente americano
Nixon não foi assassinato.
Mas se inspira em fatos reais, a história
do sujeito que tentou um seqüestro de avião
durante os dias de crise do presidente Nixon, quando
ele estava sendo investigado por Watergate.
Um
filme que ganhou prestigio pela presença
de Penn criando a figura de um psicopata atormentado
(ele esta num meio termo não tão caricato
quanto em seus piores dias, nem brilhante como em
21 Gramas. Aliás sua parceira naquele
filme Naomi Watts, também está no filme
como sua mulher, numa participação
pequena).
O
filme é apenas isso, um sujeito caminhando
progressivamente para a loucura, até realizar
o seqüestro, que termina mal.
Não tem cara de telefilme (para onde normalmente
vão esses temas).
Mas também não tem nada de muito político,
com todo o paralelo possível entre Nixon e
governantes atuais.
De qualquer forma, é uma nota de rodapé da
história, num filme que pode ser visto depois
em DVD.
Por
Rubens Ewald Filho